Droga não era pra ser assim

Capítulo 15

Droga não era para ser assim

Richard - Pedro chega onde eu estou e me pergunta no meu ouvido:

— O que você fez para a garota que ela está indo embora no começo da festa?

— O que pergunto meio atordoado?

— Isso mesmo que você ouviu, ela está se despendido das amigas e vai embora.

— Droga, não era para ser assim.

Obrigado pela informação, Pedro, estou saindo agora.

Ele assente com a cabeça e saio para o estacionamento.

Ana- Estou indo em direção ao um ponto de táxi que tem logo em seguida e um carro para ao meu lado, e reconheço o carro, ele abre a janela e diz: 

— Entra aí que eu te levo.

— Obrigada Richard, mas não é necessário!

— Droga, Ana, agente precisa conversar, entra no carro!

— Penso por alguns segundos e finalmente entro no carro, porque também acho que agente precisa conversar.

— Tudo bem, Richard, estou aqui, o que você quer falar?

— Ana, se é a minha presença que está te incomodando na festa, eu saio e você pode ficar lá, afinal é aniversário da sua amiga!

— Foi por isso que me fez entrar no carro Richard?

— Não! Suspiro, a gente precisa conversar, mas confesso que não sei bem o que dizer!

Como chegamos a isso?

Ela vai falar e a interrompo, tudo que não quero é que ela saia agora.

Vamos fazer assim, que tal irmos a um restaurante, jantamos e conversamos um pouco, o que você acha?

Estou convidando você para ir a um restaurante para você saber que não tenho segundas intenções, só quero conversar um pouco com você e acho que precisamos disso!

— Tudo bem, Richard!

Ele abre um daqueles sorrisos que me deixa tonta, ele assente com a cabeça e liga o carro, vamos ver o que ele tem a dizer

— Você tem algum restaurante da sua preferência?

— Não, você pode escolher!

— Tudo bem então!

Levo ela em um restaurante que raramente vou, porque prefiro barzinho e restaurantes de boates, mas acho que esse é mais apropriado para levar ela e passar uma seriedade maior.

Chegamos no restaurante, abro a porta do carro e a ajudo a descer, tenho que me controlar para não a beijar ali mesmo, a proximidade com ela, o cheiro abaunilhado que exala dela mexe com todos os meus sentidos e é preciso muita força de vontade para não a beijar.

Dou um passo para trás para dar espaço, ela segue em frente e saio logo atrás e não resisto o impulso de colocar a mão nas costas dela a conduzido para o restaurante, ela me olha e finjo que não entendo e continuamos em frente.

Já no restaurante puxo a cadeira para ela, por sorte não tem muita gente, então escolhi uma mesa em um canto afastado de todos para que pudéssemos conversar mais a vontade, eu poderia ter pedido uma cabine, mas acho que ela não iria gostar, então preferi ficar aqui mesmo!

— Então Richard, o que precisamos conversar?

— Você não prefere jantar primeiro Ana?

Você não comeu nada do aniversário de Lara e eu também não, vamos fazer nossos pedidos e então vamos conversando, pode ser?

Ela assente com a cabeça e pega o cardápio.

Faço o mesmo e escolhemos nosso jantar!

Ela pediu peixe grelhado, uma porção de arroz, saladas verdes e uma taça de vinho.

Eu pedi um bife, nhoque, uma porção de arroz e salada verde, também com acompanhamento de uma taça de vinho.

Enquanto esperamos por nosso jantar, eu a olho dentro dos olhos e vejo nos olhos dela o quão ferrado eu estou!

Me desculpe Ana, pelo meu comportamento nos últimos tempos, eu realmente não sei porque agi assim!

Ela vai dizer algo, mas nosso jantar chega.

Começamos a jantar e ela parece estar pensativa, mesmo eu estando tenso em não saber o que esperar dela, estou feliz por estar aqui com ela, e me surpreendo com isso, pois estamos só jantando e trocando algumas palavras, mas está sendo o suficiente para me deixar feliz.

De repente ela larga os talheres e me olha nos olhos, fico apreensivo, nervoso, porque tenho medo do que ela vai perguntar, eu não me preparei para isso.

— Então Richard você estava dizendo que não sabe o motivo do seu comportamento, a qual comportamento você se refere? Ao de uma hora você fazer questão de me levar em casa, ser gentil, pegar meu número e dizer que vai ligar e eu nunca receber uma ligação sua?

Ou de sair me beijando quando bem intende e depois sumir novamente?

Escuto ela falar e percebo em sua voz o quão chateada ela está.

— Desculpa Ana, Eu não queria chatear você!

— É mesmo Richard! E o que você queria?

— Passo a mão em meu rosto. Eu não sei como responder essa pergunta.

— Eu não sei Ana, eu...

Eu não sei o que estou sentindo e isso me assusta, olha Ana, vou ser sincero com você, eu nunca tive uma relação séria com ninguém, ou melhor, tive uma que achei que era seria na minha adolescência, desde então eu tenho fugido de relacionamento sério e desde que conheci você, eu não sei Ana, eu não sei o que pensar, só o que sei é que quero estar com você, quero sentir você seus lábios, seu corpo como nunca quis com ninguém e isso me assusta.

Ela fica me olhando como se eu fosse um bicho de sete cabeças.

Fala alguma coisa Ana!

— O que eu vou dizer Richard, o que posso dizer após ouvir você!

— Sei lá, Ana, diga o que você pensa, o que você sente!

— O que eu penso Richard? Eu penso que você é um cretino mimado e sem noção, o que eu sinto?

Eu sinto que sou uma idiota por ter te achado um cara legal um dia.

Levanto pronta para sair e ele fala:

— Ana, por favor, não vai embora assim, eu tô fazendo tudo errado, espera um pouco, tá, por favor?

— Sento de novo e ele continua.

— Ana, eu sei que fiz tudo errado desde o começo e sinceramente não sei como consertar, mas sei que não quero mais ficar longe de você, então por favor, não me afasta assim!

Ela fica me olhando nos olhos e eu não consigo acreditar que estou implorando para uma mulher ficar comigo assim.

Droga o que estou fazendo?

Respiro fundo procurando controlar minhas emoções e quando olho para o lado vejo a última pessoa que eu gostaria de ver agora e ela está vindo para nossa mesa.

Droga, tinha como ficar pior!

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