CAPÍTULO 2

Das piores coisas que eu já imaginei que poderia acontecer em minha perfeita vida, ser expulso de casa nunca esteve nas minhas cogitações.

Sou orgulhoso demais para querer usufruir dos bens do meu pai, então peço para o Erick me deixa em frente à um posto 24, e movimentado e a possibilidade de eu ser a saltado e baixo e dar tempo o suficiente para pensar para onde ir no dia seguinte.

Sempre tive muitos amigos, mais não amigos no qual poderia me abrigar por uma noite. Na verdade ja tive sim a Teresa éramos melhores amigos, até eu dar em cima do namorado dela e claro ele contou a ela e ela me deixou.

Verdade seja dita a maioria dos gays assumidos, não querem ficar com gays. Esnobam, evitam e quando ver um hétero achar bonito, quer pegar, quer dar talvez sejam os hormônios.

Vejo pessoas olharem em minha direção ao me sentar no passeio da calçada com algumas malas. Quem não repararia após sair de um HB20 cheio de malas?

Sei que essa decisão não será revogada, meu pai sempre foi turrão e se aproveitou pelo fato da casa ser sua e me mandou embora, sabendo que eu não tenho para onde ir. E nada nesse mundo se compara a uma convivência com os pais.

Tive a impressão de ter ouvido meu celular tocar e logo pensei na mamãe, mais não foi e se meu celular tivesse tocado não seria minha mãe mesmo.

O frio já me atingiu e não tem nenhuma roupa quente na mala. Sento com os braços cruzados sobre a perna e só consigo chorar. Se eu tivesse guardado o diário eu não estaria nessa situação.

A bateria do meu celular já está em 21℅ não irá nem levar essa noite. Alguns homens passam ao meu lado o que faz o medo tomar conta de mim, já não tenho nada se eles levarem minhas roupas e celular eu estarei perdido.

O fedor de cachaça, misturado com cigarro só aumentava a cada centímetro que eles se aproximavam o medo se amplia justamente naquele momento as ruas ficaram vazias, nem um carro passava e logo me vejo cercado por dois homens.

Minha sorte é quando surge um Aston Martin preto, que assustar os dois homens que correm assustados.

Nesse momento da minha vida eu me arrependi de escolher quem eu sou. Talvez se eu tivesse seguido conselhos de como fingir ser hétero, fingir tem uma namorada, beijar uma garota na frente dos meus pais, me afastar de gay, tudo isso talvez poderia ter evitado de eu estar onde eu estou jogado na rua.

Mais se eu tivesse optado por ocultar quem eu sou de verdade, eu não teria vivido o que eu vivi e meus pais não teriam descoberto quem eu sou. Eu nunca iria querer me livrar das mordomias que eu tinha, eu não seria feliz da maneira que eu sou se eu fingisse ser outra pessoa.

E nem mesmo estando de cara com um estranho, que não sei quais suas intenções comigo, me faz querer tentar ser o que eu não sou.

As luzes do farol me impedi de enxergar o homem que estar saindo de dentro daquele carro. São apenas segundos, mais que passar um turbilhão de coisas em minha cabeça e nesse turbilhão de coisas uma dela e correr.

Pego a mochila que contém as coisas mais importantes dentro e tento correr, mais não sou rápido o bastante quem estar atrás de me puxar pela mochila e impedi que eu possa correr. O pânico tomar conta de mim, eu não tinha coragem de olhar para trás e ficar cara a cara com esse desconhecido.

Minha única saída era soltar meus bracos da alça da mochila, mais logo ele segura a gola da minha camisa. No meio de todo medo viro tentando acertar-lo com um soco esquerdo, mais não é meu forte e ele consegue segurar meu punho. Imediatamente tento acerta com a mão direita, assim como o primeiro ele conseguir se esquivar e segurá a mão esquerda, na qual meu pai pisou e apenas com um aperto, toda a dor que havia parado de sentir vem a tona.

- Se eu não me esquivo você teria me machucado. - Falou ele soltando as minhas mãos

- Bem que eu queria ter te machucado. - Digo e tento dar o soco mais dessa vez ele pegar meu braço e em fração de segundos ele consegue bloqueia e ficar atrás de mim, me segurando contra minhas costas.

- Se você tentar me dar um soco mais uma vez, eu vou jogar você no porta mala até você pedir desculpas. - Falou ele no meu pé de ouvido e conseguir sentir peito que aparentemente era muito definido roça nas minhas costas.

- Você pode me soltar? - Grito me balançando fazendo com que ele me soltar mais foi em vão.

- Fique calmo Harry eu não vou te machucar garoto.- Como ele sabe meu nome? piso em seu pé que faz ele gritar alto e me soltar.

- Como você sabe meu nome? quem é você?

- Nossa, não sabia que eu estava mudado assim em relação a última vez que nos vimos sou eu Nicolas melhor amigo do seu pai e seu padrinho.

- Eu não tenho padrinho. Você nunca exerceu seu papel, nem se quer uma bala você me deu, nem quando estava doente você foi me visitar.

- Você queria o quê? Que eu te desse um carrinho de plástico, quando você iria ganhar um de controle remoto? Que te presenteasse com um mini game quando você iria ganhar um play 2? - Falou ele me puxando pelo braço e fazendo olhar nos fundos do seus olhos azuis.

- Amor! Você poderia ter dado isso. - Gritei dando as costas para ele, não acredito que nessa situação estou brigando com alguém no meio da rua.

- Não me der as costas. - Falou ele me puxando para perto dele. - Eu amei você antes mesmo de você nascer, seu pai e eu fizemos um trato de que ambos seria padrinho do filho um do outro, quando você nasceu chorando em meus braços eu fiquei todo bobo o menino mais lindo de olhos azul que eu já vi. Mais no seu aniversário de quatro anos eu havia comprado um brinquedo que espirrava água, eu queria brincar com você, sair correndo por aqueles jardim, mais quando eu vi que seus pais haviam comprado quarenta presentes para você eu decidir que não era o padrinho ideal...

- Quarenta e um presente seria melhor que quarenta. - Foram as únicas palavras que eu conseguir falar, a verdade seja dita bens materiais sempre encheram meus olhos, mais talvez um pouco de simplicidade é amor na minha vida teria me feito uma pessoa melhor.

- Não vamos ficar falando sobre o passado uma hora dessa, vamos para casa.

- Eu não tenho casa. - As palavras saíram frias e lentas e feriram mais que uma faca penetrado em meu peito.

- Não vamos para a sua, iremos para a minha.- Falou ele abrindo a porta do seu belíssimo carro fazendo sinal para eu entrar.

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Comments

Sofi ♥️

Sofi ♥️

Poxa,amigo, talarico não dá,aí, você vacilou feio,pô, tomara que você tenha melhorado 🤦🏼‍♀️🙎🏼‍♀️

2024-08-15

0

_mandioca ><

_mandioca ><

eeh,aí fica difícil tbm né!

2024-08-10

0

🌟OüTıß🌟

🌟OüTıß🌟

óbvio,perder uma amizade maravilhosa só por causa q vc queria fazer merda?
não foi ela q te deixou,foi vc q deixou ela

2024-06-12

1

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