Passo semanas decidindo sobre ligar para o Well ou não.
Acabo por marcar algo na minha próxima folga. Clara e Luna mereciam uma explicação. Elas me ajudaram nos piores momentos da minha vida. E eu sumi sem dizer nada.
Depois daquele episódio com o senhor Toffel eu o evitava com todas as artimanhas.
Ele viajou e passou alguns dias fora. Aquela Mulher que agora sei o nome: Emily, vem aqui algumas vezes. Aparentemente eles não tem nada sério. Mas por que estou especulando isso?!
Acordo e faço as minhas higienes e como todos os dias prendo o cabelo e vou para a cozinha. Assim que entro me deparo com Henrry sentado à mesa e olhando um jornal.
— Bom dia garota do café
Diz ele sem sequer tirar os olhos do jornal, e como ele sabia que era eu? Mas que coisa ele me chamar assim.
— Bom dia senhor do café.
Decido provocar. Quando ele ouve isso tira o jornal e olha para mim arqueando uma das sobrancelhas e dando um sorriso. E que sorriso. Tomara que eu não tenha olhado demais.
— Bom dia garota. Já tomou café?
Para minha alegria Olivia entra na cozinha me fazendo voltar a realidade.
— Vou tomar agora Olivia.
E em seguida pego uma xícara e um prato me servindo. Quando vou sair ele me chama.
— Você pode se sentar aqui mesmo.
— É menina, você sempre toma seu café aqui.
— Acho que não é apropriado.
— Deixe de ser boba. Vá.
Contrariada eu me sento.
— Aproveitando... Olivia eu posso tirar minja folga amanhã?
— Claro querida.
Ela diz e sai. Me deixando em tensão pura.
Henrry agora colocou o jornal dobrado perfeitamente ao seu lado, e leva a xícara de café até a boca, seus olhos me encaram por cima da xícara, mas espera, se estou dizendo tantos detalhes é por que estou olhando demais.
Minha bochecha cora. E minha respiração fica ofegante.
Tomo o café rapidamente e peço licença. Ele segura o meu pulso. Eu olho para ele.
— Tenha um bom dia garota do café.
— O Senhor também.
Eu falo quase gaguejando.
Saio da cozinha e vou para minhas atividades. O dia passa rápido.Já é noite. Amanhã eu vou rever minhas amigas queridas. Depois de um banho eu me deito e sem demorar eu durmo.
...♡...
Depois de fazer minhas higienes, tomar café e me arrumar chamo um taxi e vou até o Central Park. Combinamos de nos encontrar la.
De longe vejo Clara, Luna e Well. E assim que elas me veem saem correndo para me abraçar.
— Liz!!! Ah meu Deus como senti sua falta.
— Não foi só você Clara! Ah amiga, eu amo tanto você!
— Eu senti a falta de vocês também.
— É bom te ver!
— Será que sobre um abraço para quem reuniu vocês?
Diz Well se aproximando.
— Com certeza! Vem tirar uma casquinha também!
Clara o chama.
— Liz eu te proíbo de sumir assim de novo.
—: Eu não vou...
Depois de me soltar do abraço delas eu abraço Well.
— Vem vamos dar um passeio.
— Da para acreditar que estamos juntas, reunidas de novo?! eu amo isso!
Luna fala eufórica. Nos sentamos no banco.
— Nenhuma aula é mais a mesma sem você Liz... Não tenho mais você para ficar no meu pé sobre os trabalhos.
— É verdade Clara, esta um porre.
— Gente... vocês nao acham que a Liz seria perfeita para a propaganda que me chamaram para fazer?
— Mais que perfeita.
— Você devia topar Liz.
— Não sei do que se trata mas é não... Eu estou me saindo bem em me manter no anonimato quero continuar assim. E então... temos o dia todo o que vamos fazer?
— Voto para cinema. Tem um filme otimo em cartaz.
— Ta ai... uma coisa que nunca mais eu fiz.
— Primeiro nós almoçamos e depois vamos ao cinema. Pode ser ?
— eu ia falar isso. Estou morta de fome.
— Uma coisa que não mudou Luna.
Eu falo e começamos a rir. Fazia tempo que não me sentia tão leve assim. Ah como é bom.
Colocamos o papo em dia, em nenhum momento elas me julgaram por ter feito o que fiz. Mas elas estavam felizes por me ver bem.
Depois de andar, nós almoçamos, vamos ao cinema e rápido chega a hora de cada uma ir embora.
Eu me despeço delas e entrego o meu novo número para elas. Queria elas de volta na minha vida.
Elas e o Well vão embora e eu espero o táxi. Sinto uma mão no meu pulso.
— Well, ja disse que...
Ao me virar toda a empolgação vai embora, dando lugar ao pavor. Edward segurava o meu pulso.
— A vadiazinha estava esperando outro macho?!
Ele diz apertando ainda mais o meu pulso.
— Sabe... eu soube o que aconteceu com você. Quis se fazer de vítima... Mas aposto que gostou da suruba sua vadia.
— Larga meu braço ou eu...
— Ou o que? Sabe agora que você já está arrom*bada... Podemos terminar o que começamos... Te mostro que sou bem melhor que os dois filhas da puta que te comeram.
De repente parece que eu estava revivendo tudo de novo.
Avisto um taxi me solto e saio correndo. E olho ele fazendo um gesto obsceno para mim, mas precisamente pegando no p@u dele.
Choro compulsivamente. Próximo de chegar peço para parar o carro. Esta caindo uma chuva. Decido ir andando até em casa para esfriar a cabeça e quem sabe essa chuva levar toda essa dor.
Pago o taxi e desço. A chuva vai ficando mais forte e se mistura com as minhas lágrimas. O vento frio faz meu queixo bater. Avisto o portão a segurança libera minha entrada. Continuo andando por aquele lugar enorme. Abafando os gritos dentro de mim. Meu corpo todo treme. Vou andando a te entrar no jardim e continuo andando enquanto a chuva cai ainda mais forte.
Quando ele disse aquelas coisas, parecia que eu sentia a mão daqueles desgraçados em mim novamente. Ah que dor.
O frio é como um anestésico. Pouco a pouco vou sentindo o meu corpo trêmulo. Me sento ali ao relento, enquanto a chuva continua caindo sobre mim, um vento frio soprava forte. Minhas mãos estavam roxas. A respiração ofegante. Sinto uma tontura e em seguida nada mais eu vejo.
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Atualizado até capítulo 73
Comments
Allana Lopes
pela misericórdia, ela não tem paz não?!
2024-03-29
5
Cacá
aí o vincent saberia bem como resolver isso
2024-01-31
6
Cacá
desgraçado
só por ver a vingança do Henry
2024-01-31
1