Liz arruma as poucas coisas que tem. Ela sai sem rumo. Perdeu o emprego e muito breve a bolsa.
Para ela não restava ali o que recuperar. Os olhares de pena... A sensação de ser um peso, e até mesmo a culpa por estar prendendo Well. Ele poderia ser alguém muito bom. Mas não era responsabilidade dele e nem justo ele ficar preso a alguém que não tinha mais perspectiva de futuro.
O que estava pensando?
Eu queria deixar essa parte triste da minha vida para trás. Embora todos os meus medos, dores e traumas estivessem juntos na mala.
Fui em direção a estação de trem e vou até em direção oposta de aquilo tudo. Mudei o chip do celular, exclui todas as minhas redes. Queria ser invisível.
Com o dinheiro que lhe sobrou ela aluga um minúsculo kit-net no subúrbio.
Arruma minhas coisas e ms jogo na cama de solteiro, dormir era algo torturante. Assim que fechava meus olhos a minha mente me levava para aquela noite. A risada, as mãos os olhos. Dia após dia vivia a mesm coisa. A mesma dor. Não via sentido numa vida miserável como essa.
Me revirei, até que sou vencida pelo sono, um sono agitado e que não descansava o meu corpo, era apenas o lembrete da exaustão de viver dentro desse trauma.
....♡....
— Liz! Chegamos...
—Trouxemos um cup cake para você.
Dizem elas. Ao entrar no quarto ela veem um bilhete na cama.
* Desculpe Clara, Luna e Well ...*
— O que isso queria dizer?
Luna vai até o guarda roupa e vê que Liz levou tudo dela.
Elas ligam várias e várias vezes para o celular de Liz. Mandam mensagem. Nada. Apenas silêncio.
Elas ligam para Well e contam que Liz havia ido embora. Eles procuram pelos arredores. Depois de muito relutarem decidem que o melhor a fazer é dar um tempo a ela. E esperar que ela volte.
....♡....
...* Um ano e meio depois *...
Estava levando a vida como conseguia. De dia trabalhava em uma cafeteria. A noite num restaurante. Não tinha amigos, não me comunicava com ninguém. Apenas trabalhava e volta para meu kit-net.
Sentia saudades da Luna e da Clara. Mas não conseguia voltar. Não conseguia lidar com aquilo.
Os pesadelos ainda me perturbavam. Eu nunca ia superar.
Criei uma barreira em volta de mim para lidar com a dor. Se ninguém se aproximasse ninguem mais iria me ferir. Nem me identificava mais com aquela Liz sorridente e alegre. Agora er séria, fria e frustrada. Essa Liz era apenas tristeza e ressentimentos. Tudo me foi tirado A família, os sonhos, a dignidade. Eu não me permitiria mais ser destroçada, magoada e ferida.
Estava recolhendo as as xícaras na mesa e abastecendo outras. Uma cafeteria de luxo. Homens engravatados e intocáveis vem aqui. Por vezes ja lidei com algum babaca querendo se aproveitar. O que quase me rendeu uma demissão depois de jogar café quente " sem querer " no colo do babaca. Mas precisei me desculpar com o gerente e ele deixou passar.
De vez em quando ficava pensando em quem havia ajudado ela naquela noite. Ela ouvia de longe algumas palavras. Foi aquela pessoa que pagou suas despesas médicas. Será que algum dia ela teria possibilidade de agradecer?
De repente a cafeteria paralisa. Ouço as meninas dizerem: Henrry esta aqui. Quanta agitação. Reviro os olhos e continuo atendendo as mesas enquanto elas disputam quem fará o café cremoso do tal Henrry.
Termino de atender a mesa que estava servindo e ao me virar esbarro num homem enorme, o café cai todo na minha roupa e respinga nele, a chaleira cai da minha mão com o susto do café quente.
— Merda!
Eu falo mais alto que deveria
— Deveria olhar...
— Oh meu Deus!
o meu gerente me corta antes que eu fale mais. —Me desculpe Senhor Henrry...
Senhor Henrry? Eu que ganhei um litro de café quente no coro! E ele se desculpa com o que me atrapalhou?!
— Você está bem?
Ele pergunta calmamente.
— O que acha?! Apenas um litro de café fervendo.
— falo bufando de raiva e dor.
— Liz! Vá para cozinha
Pego a chaleira e vou para cozinha a passos largos.
— Merda, merda, merda!
Falo pegando um pano frio e colocando no meu colo para aliviar o desconforto.
— Hoje você roda Liz... Sabe quem você destratou?
Diz a minha colega, nada amigável do trabalho
— Ninguém menos que Henrry Toffel.
Ela completa.
— Eu nem sei quem ele é. Ele me fez derrubar um litro de café quente em mim.
— Mas que porr@ foi aquela Liz?!
O gerenre esbraveja.
— Senhor...
— Você está demitida Liz... É muito impulsiva. Esse ambiente não é para você.
— Eu preciso desse emprego senhor...
— Devia ter pensado nisso antes de fazer cena por um café.
Liz sabia que não adiantaria argumentar. E ela não ficaria se humilhando. Ela apenas tira o avental, recebe a sua semana, junto a uma gorjeta alta do cara que derrubou café nela. Ela revira os olhos e sai do café em direção ao seu kit-net. Mas passa na farmácia antes.
Ela precisava dos dois empregos para se manter. Tira a blusa e olha a vermelhidão do seu colo. Toma um banho e em seguida passa a pomada no local aonde esta vermelho. E se joga no sofá. Ela descansa até dar o horário de sair novamente pra o seu outro emprego.
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Atualizado até capítulo 73
Comments
Solange Araujo
Caramba essa garota 👧 nasceu só pra sofrer ☝️
2024-04-24
2
Diva
Luta em cima de luta
2024-01-27
0
Diva
É coisa, viu?
A sorte é que o nosso Troféu é um idiota, mas é o nosso idiota
2024-01-27
0