| Impune

Dias depois Liz recebe alta. Seu corpo ja havia se recuperado. Ja sua mente estava em colapso. Nunca mais seria a mesma.

Luna e Clara ajudavam Liz como podiam. E quando elas chegam na República havia uma festa silenciosa dedicada a Liz. Todas as meninas a abraçam. Liz chora com aquela solidariedade. E após agradecer ela vai para o quarto.

E assim passam os dias. Liz estava sempre deitada no quarto. Clara e Luna fazem ela comer e tomar banho. Até ajudavam ela a pentear os cabelos. Liz tinha perdido o brilho no olhar. E acordava muitas vezes aos gritos a noite. Ela sentia muita gratidão pelo que Clara e Luna estavam fazendo.

As investigações estavam a todo vapor. Mas quando o nome do filho do Reitor foi citado as coisas mudaram de ânimo. Quando se meche com gente poderosa, as coisas empacam.

Algumas cartas chegavam ate Liz... anônimas. Algumas com ameaças outras contando sobre meninas que passaram o mesmo. Clara e Luna não deixavam essas cartas chegarem a Liz. Ela estava totalmente fragilizada.

Well continuava insistindo para ver Liz. E ela continuava negando.

Ela se sentia suja, indigna. E Well merecia alguém melhor.

Well combinou com as meninas de ver Liz. Ele prepara uma surpresa para ela. Ele entra no quarto com flores e chocolates.

— Por que esta me evitando Liz?

Liz apenas continua com seu olhar vago. Well se aproxima e lhe da um abraço. E por certo tempo Liz se deixa abraçar e lágrimas rolarem pelo seu rosto.

— Well eu sinto muito...

Ela chorava sem parar. Well fica ali consolando ela. Ele sabia que o seu coração estava em pedaços. Ele queria cuidar dela.

Ele fez cafuné em seus cabelos até ela adormecer em seu colo. Clara e Luna suspiram aliviadas. Era a primeira vez em dias que a expressão de Liz ficava suave.

Os dias passaram. Clara disse que todas as despesas médicas de Liz havia sido paga por alguém que se manteve no anonimato.

Liz não conseguiu retornar ao estágio. Tinha crises de pânico ao sair de casa. Até os trabalhos da faculdade ela tem fazi em casa, Luna conseguiu um laudo que comprovada o estado psicológico dela, e obrigou os professores a assistênciar da forma que poderia.

Infelizmente as investigações empacaram no momento que Philip foi citado. A mídia foi diminuindo as falas. e a universidade fez questão de abafar tudo. Impunidade. Essa é a palavra. Eles sairiam impunes, enquanto eu levava uma vida destroçada.

Felizmente arrecadação me possibilitou não trabalhar agora. Ainda tenho uns meses para me reorganizar. A pergunta era como?

Como seguir em frente?!

Um mês depois no noticiário que faz meu estômago embrulhar e me faz ter um surto.

..." Acusações retiradas por faltas de provas"...

Eu gritava sem parar. Eu era a prova. Um laudo cheio de indícios do que houve. Material genético. Uma cirurgia reparadora devido ao estrago que aqueles filhos da put@ fizeram.

Mas para eles não havia provas?

Eles iriam seguir fazendo as mesmas coisas. Enquanto as vitimas juntavam seus pedaços para reconstruir.

Clara e Luna tentam me segurar. Estava fora de mim.

Por fim elas me dão um calmante e eu pago entre gritos e choro.

Os dias se seguem e eu volto para a escuridão. Não deixo Well se aproximar. Não quero que ele me veja assim. Em um dia enquando Clara e Luna estavam na faculdade eu peguei todos os remédios e tomei.

Só queria que acabasse. Que aquela dor parasse.

Acordo para minha infelicidade no hospital. Clara e Luna me acharam desacordada no chão do quarto e varias cartelas de remédios.

Elas brigam comigo e choram. E eu me sinto pior. Estou sendo um estorvo para elas.

E ali eu tomo uma decisão.

Retornamos para casa, as meninas tiram tudo que elas consideram perigoso. Me obrigam a responder as suas mensagens enquanto estavam na faculdade. Quando estava bem, fiz uma pequena mala.

Me desculpem Clara, Luna e Well. deixo escrito em um bilhete.

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