Clara e Luna ficam no meu pé o tempo todo. Elas me conhecem. Sabe não estou bem. Até minhas notas estão caindo. Esses dias fui chamada na sala do diretor que me pressionou dizendo que deveria manter as notas ou perderia a bolsa. Me sinto andando no escuro. Sem direção. Sinto falta dos meus pais.
Começo a evitar Clara e Luna. Não posso deixar que elas saibam.
— Liz... Ei! Espera
Era Well, correndo atrás de mim.
— Oi Well...
— Eu quero saber quando você vai aceitar meu pedido para sair...
— Esta tudo tão complicado agora... Me desculpe Well...
— Tudo bem... mas saiba que não vou desistir fácil.
Ele me da um beijo na bochecha e sai. E quando olho para frente Edward esta la. Me vigiando. Fico pálida. Ele apenas se vira e sai. Sinto alguem pegar no meu ombro. Dou um grito
— Opa, calma...
Solto o ar que prendi. Era Clara e Luna.
— Quem não deve não teme... Liz o que está acontecendo?
Clara pergunta
— Nada meninas... só estava distraída... E olha preciso ir para o estágio... Beijo nos falamos depois.
Saio correndo para o estagio. Trabalhando, mas com a cabeça longe. Nem vejo a supervisora falando comigo. Meu coração gela ao receber uma mensagem da minha tia que so voltava amanhã.
Eu demoro de voltar para casa. Demoro com o intuito de chegar e quem sabe ele ja esta dormindo. Por que eu iria apenas pegar minha coisas e sair de lá.
Abro a porta devagar. Seria cômico de não fosse trágico. Entro silenciosamente e vou direto para o quarto e me tranco. Tomo um banho e pego uma bolsa. Começo a colocar algumas coisas dentro, quando sinto uma mão na minha perna. Dei um grito com aquele susto.
O desgraçado estava am baixo da minha cama. Eu levanto em um pulo e tento correr. Quando chego na porta ele me segura e bate minha cabeça. Eu me debato.
— Quem era aquele bastardo que estava tocando no que era meu?
— Me solta... Me solta!
— Eu disse para você se comportar...
Ele me coloca de bruços na cama,com uma das suas pernas em minhas costas, me impedindo de me mexer e ate mesmo repirar era difícil. Eu choro, é como se fosse lançada para fora dali.
— Não... não faz isso... -Eu imploro ouvindo a risada dele.
— Acha que vai a algum lugar? Não vai. Eu vou trancar tudo. E volto para gente brincar.
Ele sai do quarto me deixando ali, Minha cabeça dói. Eu olho e vejo uma hematoma inchado na testa. Mas o que estava doendo mais era meu coração. Eu tomo outro banho me esfregando toda.
No dia seguinte quase não tenho forças para levantar. Tento tampar o hematoma com maquiagem.
Eu estava trancada e minha esperança é que tia Lena chegasse. Ele não poderia me manter mais ali.
Faço minhas higienes e arrumo algumas coisas em uma pequena mala. A porta estava aberta, olho e não o vejo. Vou andando sairia nem que fosse pela janela.
Edward aparece na cozinha. Com um olhar sinistro e um sorriso sarcástico.
— Aonde pensa que vai com esses trapos? Acha que eu não vejo você todas as noites? Mal consegue dormir... pensando quando finalmente eu vou entrar no seu quarto.
— Você é doente.
— Por que se fazer de dificil?
Ele diz se aproximando. Eu jogo o café quente que estava na mesa no seu corpo e saio correndo. Todas as portas estavam trancadas. Ele me agarra e me leva até o quarto dele.
— Pare... pare... por favor...
Eu chorava e gritava. Alhue.Eu deveria ouvir.
— Eu vou te dar o que quer.
— Para! Para!
Eu me debatia. Ele rasgou a minha roupa e se esfregava em mim, afogando a cabeça em meu pescoço. É quando ouço a porta bater com um estrondo.
Era tia Lena. Eu saio correndo e me jogo nos pés dela.
— Que porra esta acontecendo aqui?
Ela gritou. Eu chorava de soluçar. Edward se senta na cama.
— Sua sobrinha vem me tentando a um bom tempo. Hoje acordou e veio aqui enquanto ainda estava dormindo. Disse que precisava disso antes de ir embora.
— É mentira! É mentira.
— Ah Liz... assuma seus erros. Lena, se você não chegasse... eu teria feito besteira. Me desculpe.
Lena da alguns passos para trás. Ela estava vermelha.
— Liz, saia da minha casa.
— Tia... Eu jamais faria isso. Acredite em mim. Por favor!
— Você me conhece Lena. Sabe que eu não faria nada do que ela esta tentando pintar.
— Saia da minha casa sua vadia. Você esta por sua conta.
Os gritos da minha tia eram como uma faca. Ela não podia ser tão cega. Ou ela não queria ver?!
Eu me levanto e vou para o quarto. Ouvia tia ena chorar na sala, enquanto Edward fazia seu teatro. Filho da puta.
Pego as minhas coisas e paro em frente a Lena.
— Tia...
— Não me chame assim. Não sou nada sua.
Ela se levanta e me pega pelo braço me jogando rua a fora. Edward ri na entrada da casa.
Ando com a minha pequena bolsa de livros e roupas e vou até uma praça.
Ligo para Clara que após ver o meu estado vem ao meu encontro. Ela me leva até a República e me coloca no seu quarto.
— Meu Deus Liz, o que aconteceu?
Luna pergunta, eu desabo no chão e choro sem parar
Clara e Luna tentam me confortar.
Depois de muito choro eu finalmente conto para elas tudo que estava acontecendo. Elas choram junto comigo.
— Eu não tenho para onde ir...
— Você fica aqui na República. Eu e Luna conversamos e vamos ajudar você. E nem pense em dizer nada.
Ela me abraça enquanto Luna preparara um colchonete para mim.
Tomo um banho e me deito. A noite acordo assustada várias vezes. Mas Clara e Luna me ajudam.
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Atualizado até capítulo 73
Comments
Vera Lucia Ribeiro De Carvalho
o maior cego é aquele que não quer ver
2024-12-26
0
Claudia Lopes
essa tia dela e sega ou o que aff 🙄
2024-08-16
1
Wessia Belarmino
ela devia ter saído antes.
2024-08-02
0