Capítulo 19

Ravier chegou na casa dos seus pais e já viu o carro de Daniel, respirou fundo e pensou que teria pelo menos seu irmão ao seu lado. Ele reuniu toda a sua coragem e entrou na casa.

_ Boa noite papai, mamãe, falou ele os vendo na sala de visitas.

_ Boa noite filho, como está? Perguntou Alfredo.

_ Bem papai e vocês? Perguntou ele vendo sua mãe com um semblante fechado.

_ Como podemos estar bem Ravier, depois da palhaçada que você aprontou. Gritou Laura levantando-se.

_ Pelo jeito Brenda já veio dar o show dela né, falou ele sentando-se no sofá.

_ Show Ravier, você deixou a sua noiva dois dias depois do noivado e queria que ela aceitasse tranquilamente, você só pode estar brincando, gritou Laura.

Raviet respirou fundo, a sua mãe estava realmente brava e ele não queria discutir com ela, pois em todos os anos da sua vida a obedeceu.

_ Mamãe eu não amo Brenda, e não posso continuar com esse noivado, sinto muito. Falou ele reunindo toda a sua paciência.

_ Amor vem com o tempo, Brenda te ama e isso é o suficiente, não aceito o término desse noivado, você irá ligar para sua noiva e dizer que se arrependeu, falou Laura aproximando de Ravier.

Ravier sorriu, a sua mãe só podia estar ficando louca.

_ Eu não vou fazer isso, não irei casar-me devido a um capricho da senhora, falou Ravier com a voz alterada pela primeira vez.

_ Você vai sim, e vai agora, eu criei um homem e não um moleque, Brenda está sofrendo por sua causa.

_ Mamãe eu não vou fazer isso eu te amo, mas preciso viver a minha vida, não sou um bicho de estimação que a senhora decide o futuro.

Nesse momento Laura deu um tapa no rosto de Ravier. Ela estava muito nervosa.

_ Laura chega disso, falou Alfredo interferindo na discussão de mãe e filho.

Ravier pôs a mão no rosto, ele estava incrédulo, a sua mãe nunca havia levantado a mão para ele e isso o feriu profundamente.

_ Na hora que a senhora voltar o juízo, eu volto nessa casa, falou Ravier virando-se para sair da casa.

_ Volta aqui Ravier, eu não aceito essa mulher a qual está apaixonado, gritou Laura.

Ravier parou e olhou para sua mãe.

_ Não precisamos da sua aceitação. Falou ele saindo.

Daniel que presenciou tudo, não estava acreditando no que a sua mãe estava fazendo.

_ Isso foi desnecessário mamãe, falou ele indo atrás do irmão.

Laura caiu sentada no sofá chorando, ela não permitiria que o seu filho ficasse com nenhuma outra que não fosse Brenda.

_ Isso foi horror Laura, ravier tem direito de escolher com quem irá casar, saiba que não estou do seu lado, falou Alfredo saindo da sala.

Daniel alcançou Ravier que já estava no carro.

_ Ravier espera cara, você está muito nervoso para dirigir. Falou Daniel preocupado com o irmão.

Ravier respirou fundo, estava realmente nervoso, mas iria dirigir com cuidado.

_ Não se preocupe eu estou bem, falou ele.

_ Tem certeza mano, se quiser eu te levo.

_ Estou bem sim! Também não vou para casa, estou indo ver a Carol, fica com a mamãe, sei que não está sendo fácil para ela, falou Ravier ligando o carro.

_ Ela vai superar, não se preocupe, vai ver a sua gata, diz que mandei um beijo para ela, falou Daniel voltando para dentro de casa.

Ravier foi embora precisava ver Carolaine para sentir-se bem, só ela teria o poder de acalmá-lo nesse momento.

Ao chegar perto da casa dela ele mandou uma mensagem.

" Oi, estou aqui na sua porta, você poderia vir aqui?"

Carolaine estava terminando de ajudar a mãe com o jantar, quando recebeu uma mensagem, ao ler sorriu ao ver que era de Ravier.

_ Mamãe, eu vou sair um pouco, falou ela tirando o avental.

_ A onde vai filha, está na hora do jantar. Falou Rosa.

_ Vou dar uma volta, estou sem fome, depois como alguma coisa, falou ela dando um beijo na mãe e saindo.

Carolaine chegou na porta e viu Ravier encostado no carro. Então ela foi em direção a ele.

_ Oi, que surpresa boa, aconteceu alguma coisa? Perguntou ela ao ver o semblante triste dele.

_ Estou precisando do seu abraço, falou ele.

Carolaine não perguntou mais nada, somente o abraçou forte, Ravier se aconchegou nos braços dela e se permitiu relaxar.

_ Podemos dar uma volta, ou estar ocupada? Perguntou ele.

_ Podemos sim, falou ela.

Eles entraram no carro e Ravier foie direção ao parque, precisava desabafar com Carol, mas queria um lugar neutro, ele passou todo o trajeto segurando a mão dela, ele sentia-se bem junto a ela.

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