Capítulo 7

Ao chegar na empresa, posso ver a Carla me olhando, mas não diz nada. Logo após os outros também vão me olhando torto, conforme eu passo por eles.

— Carla por um acaso eu estou cagada? Estou com alface no dente, porque as pessoas estão me olhando tanto? — Pergunto enquanto sento em minha mesa.

— Tá rolando um boato de que você está grávida do seu irmão, é verdade?

— Mas como vocês souberam disso? — Pergunto preocupada, não era para ninguém saber disso ainda.

— Então, é verdade? — Carla me olha como se eu tivesse falado uma atrocidade.

— Sim, mas não do jeito que vocês estão imaginando, eu sou barriga solidaria dele. Ou mais conhecido como barriga de aluguel. — Explico.

— Ah! Ele te pagou para isso?

— Não, claro que não. Eu estou fazendo isso porque eu o amo, ele quer ser pai antes dele deixar essa vida. E minha cunhada não pode ser mãe. — Explico mesmo querendo meter a mão na cara dela.

— Isso não é egoísmo da parte dele não? Me desculpa te falar, mas ele vai morrer. E vai deixar um filho para trás?

— Isso não é da minha conta e muito menos da sua. — Perco o resto da minha paciência.

Já estou ficando de saco cheio com isso, todo dia tenho que me explicar.

— E você não disse quem contou isso a vocês, eu iria esperar o tempo certo.

— Foi sua cunhada que contou para a Mel, as duas são amigas. E você sabe que se caiu no ouvido da mel, todo mundo fica sabendo.  

Agora está explicado porque as pessoas estão me olhando, eles devem estar pensando besteira. Porque com certeza a Brenda resolveu contar a versão dela, deve ter falado que eu dormi com o meu irmão, que praticamos incesto. Não duvido de mais nada.

...........

Depois do expediente fui até a casa do meu irmão, onde ele fazia carinho na minha barriga e eu estava encantado como ele já amava um ser tão pequeno, ele conversava como se realmente o embrião pudesse escutar, achava incrível.

Minha cunhada me perguntou dos sintomas que eu estava sentindo, e graças a Deus só tive alguns enjôos, mas ainda não tinha se tornado nenhum bicho de sete cabeças. E esperava que continuasse assim.

Logo após lancharmos juntos, vim embora para a casa, meu namorado, agora noivo chegou e ficamos de chamego no sofá.

Tomamos banho juntos, adorava o jeito que ele cuidava de mim, Biel sempre foi carinhoso, cuidadoso, protetor, ele tinha todos adjetivos que eu gostava em um homem e cada vez mais eu me via amando esse homem incrível.

Ao anoitecer resolvemos passear na praia, amava ouvir o barulho das ondas, e ter meus pés na areia.

Fora que a praia ficava linda a noite, a lua refletia sobre o mar, podia se ouvir o barulho das pessoas que conversavam nos quiosques.

Andando de mãos dadas com o Biel, fomos até um dos quiosques da praia.

Pedimos uma porção de camarão, e caranguejos.

— Você soube que sua irmã foi fazer fofoca lá no meu trabalho? — Pergunto para o meu namorado que me olha sem entender, enquanto pega um camarão e passa no molho.

— Como assim?

— Ela foi até a mel, dizer que eu estava grávida do meu irmão. Imagina o que as pessoas não estão pensando de mim? Sério, eu te amo, amo a Brenda mas se ela continuar a falar da minha vida por aí, eu vou desconsiderar ela como minha amiga. Ok, é confuso e não está entendendo, tudo bem, nem todo mundo tem a mente aberta como a minha, mas agora inventar mentiras já é demais.

— Calma, eu vou conversar com ela, ta bom? — Eu concordo.

— Então o que você acha de pararmos de falar sobre a minha irmã e focarmos em comer esses camarões que estão divinos?

— É pra já.

Pego um camarão colocando na boca e estão muito gostosos mesmo. O caranguejo também estava uma delícia. Depois de comermos sentamos na praia e apreciamos o brilho da lua.

Biel aproveita e me abraça, e sempre que pode desce as mãos para minha bunda.

— Para amor!

— O que eu posso fazer, se você é uma delícia e eu sou fascinado no seu bumbum. — Biel me responde e logo após me beija.

E nesse beijo sinto o seu amor por mim, retribuo o beijo segurando em sua nuca.

— Vamos para casa? — Biel pergunta beijando o meu pescoço.

— vamos! — Em questão de segundos ele se levanta e sai me puxando para o seu carro. Mal posso esperar para chegar em casa.

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