Capítulo 20

Logo após acordar Davi desceu para tomar café e se junta às meninas.

Davi - Depois vamos para o rio?

Anne - Não, tá chovendo.

Davi - O que isso tem a ver? O rio é água igual chuva.

As meninas se olham e começam a rir da resposta dele.

Anne - Você é cheio de argumentos, menino.

Maria - Verdade, risos...

Davi - Vou lá pedir meu pai, volto já!

Maria - Quer ver como o seu João Lucas não vai deixar?

Anne dá de ombros, minutos depois o menino volta cabisbaixo.

Davi - Ele não deixou!

Anne - Oh meu Deus, que coisa mais fofa.

Ela puxa o menino lhe dando um abraço e um beijo cheio de carinho.

...

Depois do almoço Davi foi para sala assistir filme com a Anne, pega as cobertas e ficam enrolados, pois lá fora continuava a chover forte.

João Lucas estava resolvendo os perrengues da soja pelo telefone, estava bastante bravo e sem paciência falando no escritório.

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João Lucas - Incompetentes, cadê o Júlio? Como assim ele não pisou aí.

Ele finaliza a ligação batendo na mesa e levando a mão no queixo, tenta umas ligações para o celular do Júlio, mas sem sucesso.

João Lucas - Era só o que me faltava, não tem como eu deixar esse negócio ser administrado pelos os outros, isso não vai dar certo.

Batidas na porta.

João Lucas - Entre.

Carmen - Trouxe um cafezinho.

João Lucas - Estou pensando seriamente em tirar o Júlio da frente dos negócios da soja..

Carmen - Porquê filho?

João Lucas- Falta de compromisso com o trabalho!

Eles ficam conversando mais um tempo no escritório, às horas se passaram muito rápido e já eram 17h da tarde, Davi foi para o quarto jogar no tablet, João Lucas foi lá chamá-lo para andar a cavalo, porém ele não quis, estava muito concentrado no joguinho, ele foi para os estábulos e pegou um cavalo.

...

Anne chega no rio e olha para os lados, não vendo ninguém tira o vestido ficando só com um biquíni, e dá um mergulho, o céu estava nublado parecia que iria chover novamente, estava acendendo algumas luzes dos mini postes pela fazenda, que João Lucas tinha mandado colocar.

Estava já escurecendo, com um pouco de claridade dos postes refletindo na água, João Lucas chega próximo ao rio e desce todo suado tirando a camisa e resto da roupa, não tinha se dado conta que tinha mais alguém ali, ele dá um mergulho assustando Anne que estava do lado debaixo de uma árvore deitada na pedra de olhos fechados.

Anne - Ai Meu Deus!

Ela leva às mãos escondendo os seios e pula na água antes que ele a veja.

João Lucas submerge e volta à superfície sem entender muito o que tava acontecendo.

- Você tava aonde que não vi?

Anne - Alí, naquela pedra

João Lucas - No escuro?

Anne - Claro!

João Lucas - Saia!

Anne - O senhor não pode sair antes?

Ele sorri percebendo que ela estava de biquíni.

João Lucas - Então tá!

Ele sai da água completamente nú, que a faz arregalar os olhos e virar para o lado.

Anne - Está sem roupa.

João Lucas já estava pegando a calça para vestir quando escuta isso, ele então volta para dentro da água, se aproximando dela.

Anne - O que está fazendo?

Começa a chuviscar e ele vai se aproximando devagar, que a faz recuar, ela olha para cima sentindo a chuva cair pelo seu rosto e leva a visão novamente a ele que estava parado próximo a ela.

João Lucas - Algo dentro de mim te enxerga como se já te conhecesse dos meus sonhos.

Os olhos dela ficam lubrificados, ele chega mais perto, rosto com rosto.

Anne - Isso não tá certo, o senhor é meu patrão.

Ele a puxa firme pela cintura colando seus corpos e sentindo a respiração pesada um do outro, ele pega na nuca dela iniciando um beijo cheio de ganância como se ambos precisassem daquilo para viver, uma fusão de alma e corpos que os deixam sem ar, parando uns segundos para conseguir respirar e logo retomando ao desejo.

João Lucas puxa o lábio inferior dela que a faz inclinar a cabeça para trás e ele caindo de boca no pescoço dela.

Anne - Não, pare!

Ela fala meio sem força, pois estava com o corpo totalmente mole nos braços dele.

João Lucas - Você não quer?

Ele sussurra com voz rouca e sedutora, morde a orelha dela que a faz se arrepiar, ela o abraça acariciando as costas dele, subindo as mãos e adentrando os cabelos que o fez fechar o olhos sentindo aqueles toques, voltando com um beijo cheio de desejo e pegada forte.

A chuva fica cada vez mais intensa e eles se abraçam.

Anne - Preciso voltar.

João Lucas - Porquê?

Ele fala com uma voz embargada de tesão.

Anne se solta dele voltando para a pedra debaixo da árvore, percebendo que as roupas estavam encharcadas. Ela rapidamente coloca as roupas cobrindo seu corpo antes que João Lucas a veja.

Ele sai da água se vestindo assim mesmo.

João Lucas - Não tem outro jeito, melhor que chegar sem roupa.

Ele a olha, a visualizando dos pés à cabeça.

Ele sobe no cavalo estendendo o braço para ela.

João Lucas - Venha!

Ela fica um pouco confusa, mas sobe o abraçando forte com medo de cair, vão direto para os estábulos deixar o cavalo, ele desce e pega na cintura dela a ajudando a descer.

Anne - Obrigada!

Ela tava se tremendo inteira, ele ajeita o cavalo e em seguida pega na mão dela indo juntos para o casarão.

Anne - Eu vou pelos fundos.

João Lucas - Espere!

Ela sai correndo na chuva dando a volta na casa e isso o faz rir e balançar a cabeça.

João Lucas entra sorridente na sala e encontra Davi e Maria assistindo tv.

Davi - Papai, o senhor tomou banho de chuva?

João Lucas - É, parece que sim!

Ele beija a testa do filho e sobe as escadas em passos largos.

Maria - Teu pai tava com uma cara esquisita.

Davi - Você achou? Ele é esquisito sempre.

Maria - Risos... vou dizer pra ele viu?

Davi - Se você dizer eu falo que você gosta dele!

Maria - Isso não é verdade!

Davi - É sim, ouvi você falando para dona Carmen!

Maria - Somos amigos, não temos que contar nada.

Davi - Verdade então!

Ele fala com uma certa ironia, aceitando o trato.

María - Melhor continuarmos a assistir…

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