Uma situação angustiante

Pela manhã, San acordou e não viu Suzy ao seu lado, ele levantou e foi ao quarto do Luan, onde a encontrou amamentando.

San: Oi amor.

Ele a olhou e viu que ela chorava em silêncio, então se aproximou, abaixando em sua frente.

San: Vai ficar tudo bem. Vamos resolver tudo isso. Odeio te ver chorando.

Ele secou as lágrimas dela e a viu dar um meio sorriso.

Suzy: Vão mandá-la para um abrigo não vão?

San não negou, dada a situação, Jenny não tinha a guarda e não poderia ficar com a Hanna. San sabia disso, pois foi informado a ele pelo advogado, mas ele ocultou essa informação dela, para não vê-la ainda mais nervosa.

San: Amor, não pensa nisso.

Vendo que Luan dormia ele estendeu o braço e viu Suzy o entregar, ele o deitou em seu peito o fazendo arrotar e viu ela se levantar.

Suzy: Eu não tenho nem a droga de um visto para ir ficar com ela. Isso tudo é muito injusto.

San a puxou para seus braços, a deixando chorar. Aquilo tudo doía nele, pensar em Hanna num país estranho e passando por tudo aquilo, mas ele sabia que a dor de Suzy era maior do que a dele.

A tarde, eles receberam a notícia de que Hanna já estava em um abrigo e Juliano estava em um avião a caminho de Miami, para junto com o detetive tentar resolver essa situação caótica.

Suzy estava no banho quando o interfone tocou e San saiu correndo do escritório para atender.

San: Oi

Porteiro: Bom dia sr. A Dona Vânia está aqui embaixo.

San: Pode deixar subir.

San foi até a porta e esperou por sua sogra, que saiu do elevador com seu namorado ao lado, o Dr. Magno.

Vania: Oi San, como estão? Nervosos imagino.

San abraçou Vânia e deu a mão para Magno e os acompanhou para a sala.

San: Muito, esse inferno parece que não tem fim.

Vânia: Não fala assim San, tudo vai se ajeitar. Precisam ter paciência, por mais difícil que seja.

San: Estamos tentando.

Vânia: E a Suzy? O Luan?

San: Suzy está no banho e Luan domindo. Quer ver ele?

Vânia: Sim, vou lá.

Vânia saiu e San ficou na sala com Magno.

Magno: Pensei em conversar um pouco com ela, trouxe também um calmante natural, ela deve estar uma pilha de nervos com tudo.

San: Claro, vai ser bom. Ela nem ao menos dormiu desde que a Jenny ligou ontem de manhã.

Suzy veio caminhando com seu pijama de moletom, a olheira e a palidez eram nítidas em seu rosto. Ela que já havia visto Vânia, cumprimentou Magno que pediu para ter uma palavrinha com ela e juntos foram para a área externa da cobertura.

Após a longa conversa com Magno, Suzy tomou o remédio que fez efeito em pouco tempo, a fazendo dormir encostada no ombro de San, enquanto ele e Magno conversaram. Luan que havia mamado mais um vez, dormia no carrinho de bebê ao lado de San e Vânia fazia o jantar.

San: Pode ficar de olho no Luan? Vou levar ela para o quarto.

San disse pegando Suzy em seu colo e ouviu Magno assentir.

San a deitou na cama e respirou fundo, sentindo o cheiro gostoso da comida de sua sogra. Ele puxou a coberta sobre o corpo dela e pousou um beijo em seu rosto.

San se sentia totalmente impotente diante daquela situação, queria poder fazer algo relevante para resolver tudo aquilo, para ter Hanna novamente em casa e ver Suzy bem e não na situação que se encontrava.

Ele voltou para a sala onde ficou com Magno, eles conversavam até que Vania anunciou que o jantar estava pronto.

Após o jantar, Vania abraçou San que parecia aéreo.

Vânia: San, tenha força meu rapaz, ela precisa de você, elas precisam, não se deixe cair, seja forte, o apoio que está dando a ela e o cuidado com o Luan é muito importante.

San precisava ouvir aquelas palavras, ele que se sentia inútil percebeu que na verdade ele estando ali por eles já era de grande importância.

Após a saída dos dois, San respirou fundo e com Luan em seus braços, foi tomar banho, ele deu banho em Luan, e tomou banho com ele em seus braços, se fosse em outro momento, Suzy pegaria o bebê, mas ela dormia sob efeito do remédio.

San enrolou seu filho na toalha e seguiu ainda nú ao quarto do bebê, onde o vestiu e quando passava a escovinha de pêlos pelos cabelinhos finos de Luan, ouviu a voz de Suzy.

Suzy: Que bela cena ein San.

San virou o rosto a olhando, ela estava com o rosto ainda inchado de sono e se aproximou lhe dando um beijo rápido nos lábios.

Suzy: Hora dele mamar, meus seios estão vazando.

San: Eu já ia levar ele lá. Podia ter ficado na cama.

Suzy: Tudo bem, eu volto a dormir depois, ainda estou com sono.

Ela pegou Luan em seus braços e sentou na poltrona, onde deu o leite materno a seu filho e viu San sair apressado para se vestir.

Quando San chegou no quarto, Suzy dormia e Luan estava quase caindo de seus braços, assustado, ele pegou Luan no colo e após fazê-lo arrotar o deitou ainda dormindo em seu berço.

Após levar sua amada novamente para a cama, San deitou e pegou seu celular, ele não havia recebido nenhuma mensagem ainda com notícias de Hanna, então resolveu mandar uma mensagem para Júlio, que respondeu quase imediatamente.

Júlio: Ela está em um abrigo, mas Juliano está lá com a polícia, um advogado e o detetive.

San leu a mensagem e o nervoso por toda aquela situação levava a ele a aquela maldita vontade de fumar, precisava se acalmar, mas não podia sair dali, não podia deixá-los sozinho, ele agradeceu por isso, pois por mais que quisesse usar cigarro para se acalmar, ao mesmo tempo não queria fumar, queria continuar sem o uso de qualquer substância.

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