capítulo 3

...Rebeca...

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quando eu falo pra vocês que eu e a Mia ralamos muito pra dar o melhor pra vovó não estou mentindo, nós trabalhamos em uma floricultura durante o dia, e durante a noite somos garçonetes em um barzinho bem movimentado da cidade

vovó perdeu a aposentadoria, e agravou seu estado de saúde, seu pulmão não está nada bom, coração precisa de uns transplante urgente, e as costas não valem nem um real mais, além disso não anda boa da cabeça e as vezes acha que é uma criança e quer subir nas coisas

e pra ajudar hoje ela caiu, a danadinha gosta de fazer coisas que não pode, e hoje resolveu ir tentar correr atrás de um cachorro que segundo ela estava tentando pegar a nossa gata, mas não existia cachorro nenhum, e o pior de tudo, que eu sou culpada, não tenho dinheiro nem pra pagar uma enfermeira pra ela e isso me mata por dentro

agora estou aqui, sentada na recepção esperando o médico vim

Dr: família da Sra Milano?

Rebeca: sou eu, sou neta dela

Dr: me acompanhe por favor

la fui eu, mais uma vez, ouvir tudo de novo

Dr: senhorita Milano, sua avó precisa de cuidados, sei das condições de vocês mas assim não dá, ela só está piorando, si não conseguir alguém pra cuidar dela em uma semana, ela irá pra um asilo

eu saio dali arrasada, eu preciso arrumar um jeito, nem que seja me vender na rua pra isso, eu penso e me dói novamente

ligo pra Mia chorando, contando tudo

📞 Mia: o que vamos fazer ?

📞Rebeca: não sei Mia, juro que até me vender já pensei ( falo isso e começo chorar)

📞Mia: não Beca, nem pense nessa possibilidade, vamos encontrar uma solução, para tá

ia falar alguma coisa, mas sou interrompida por um homem, que me olha frio e com ar superior, digo pra Mia que vou desligar e que conversamos mais tarde

Homem: prazer, Alefh Bender

Rebeca: Rebeca Milano, o que quer ?

Alefh: ouvi sua conversa com o Dr, e também com sua amiga, tenho uma proposta

Rebeca: não, sai daqui, não quero seu dinheiro, não vou me vender a você sai, eu falei porque estou desesperada, mas não vou me vender

Alefh: senhorita Milano pelo menos me escute, vamos fazer assim, pega meu telefone, si estiver disposta a me ajudar, eu estou disposto a te ajudar

eu pego o cartão e saio dali correndo, vou direto pra casa, tomo um banho me troco e vou pro bar, trabalhamos e voltando pra casa

Mia: o que ser que o homem ia te propor

Rebeca: não sei, eu fiquei tão assustada em pensar em alguém me tocando novamente que eu corri

Mia: nem me fale Beca, eu só de pensar, tremo na base, as vezes que eu fiz isso foi tão dolorido e com meu próprio pai, que acho que vou ficar encalhada o resto da vida

Rebeca: vamos, então, eu só sentia dor. nojo e ódio, não consigo nem imaginar

Mia: será que um dia vamos superar isso ?

Rebeca: não sei Mi, eu queria, mas morro de medo

dormimos mais uma vez perdidas em nossos pensamentos, quando arrumarmos alguém, ao contar tudo que passamos com toda certeza vão deixar nós e abrir mais uma ferida

acordamos cedo e fomos pra floricultura, a senhora ida nos chamou e informou que vai ter mandar nos embora, não tem mais como manter nós aqui, ou seja vovó irá pra um asilo, e meu coração sangra por dentro

voltamos pra casa, e começamos a procurar por emprego, vejo que tem vaga na empresa Bender consórcios, na nossa área de contabilidade, eu envio meu currículo e da Mia também, estão precisando de três pessoas

a noite vamos ao bar, tem um evento hoje, coloco meu uniforme e começo meu trabalho, eu atendo as mesas e a Mia serve, até que chego em uma mesa só de homens pra anotar o pedido

Homem: será que aqui a atendente vem junto com o pedido

Rebeca: Si for só isso com licença

Homem: não quis ofender você, só queria flertar

Rebeca: sem problemas, mas não sou a pessoa certa

saio com os pedidos, e acabei rindo do homem, e me distraindo, batendo forte em alguém, que acabei caindo no chão com o impacto

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