Capítulo 4

Karina entrou na limusine ainda muito insegura e apreensiva, sem intender porque o chefe da máfia russa tinha tanto interesse nela, uma menina pobre de uma comunidade do Rio de Janeiro. Com certeza era muito mais que apenas sua virgindade. Talvez quisesse fazer dela sua escrava sexual como muitos mafiosos faziam com várias garotas que eram traficadas para países estrangeiros e logo ela parou de pensar nela e pensou no que seria de seu irmão. Esse homem iria levá-la para seu país e ela não o veria nunca mais e como ele ficaria fora da clínica porque com certeza eles iriam expulsá-lo de lá por falta de pagamento já que o Morte deixou bem claro que não iria mais pagar a clínica. Quando o homem chamado Ivan sentou no banco da que ficava em frente a ela na limusine, ela fez a única coisa que veio em sua cabeça, ela estava desesperada e teve que abrir mão de sua timidez e qualquer senso de descendência que tinha para lhe mostrar que faria tudo se ele quisesse, desde que ele continuasse a pagar a clínica de seu irmão que era tudo para ela. Ela abriu o sobretudo e ficou só

com a lingerie provocante que usava e começou a se despir. Ele a olhou com um desejo indisfarçável nos olhos azuis, mas também com desprezo.

__Pare imediatamente o que está fazendo ou te darei umas boas palmadas que a sua mãe não lhe deu. Disse ele antes que ela abaixasse outra alça da lingerie e esposa é seus seios firmes aos olhos dele.

__O que disse? Eu pensei que era isso que esperava de mim quando me comprou. Disse ela amedrontada.

___Eu não lhe comprei para isso, Karina. Na verdade, eu não lhe comprei porque você não é um objeto para ser comprado. Eu me chamo Ivan Petrov. Eu sou seu padrasto. Procurei você por anos a pedido de sua mãe. Disse ele muito sério.

___Minha mãe. Mas eu não tenho mãe. Meu irmão me disse que minha mãe matou meu pai e depois se suicidou quando eu era muito pequena. Disse ela sem entender o que aquele homem estava lhe dizendo.

___Na verdade a sua mãe esteve presa Karina por muitos anos e sim é verdade que ela matou seu pai porque não aguentava mais ser espancada por ele e quando ela foi solta depois de cumprir sua pena atenuada por bom comportamento ela eu a conheci em uma das minhas visitas ao Brasil quando ela trabalhava em uma boate como garçonete foi lá que eu a conheci. No começo eu fiquei louco por ela e ela parecia se sentir da mesma forma, mas depois que casamos nos vimos que éramos muito diferente e hoje em dia somos dois estranhos morando na mesma casa. Explicou Ivan.

___Nossa mais isso é muito difícil de acreditar. Por que depois de tanto tempo ela resolveu me procurar logo agora? Disse Karina com os olhos lacrimejantes.

___Ela tem te procurado por muito tempo. Mas seu irmão sempre escondeu você dela, é toda vez que algum investigador fazia perguntas sobre você ele fazia o que você já sabe. Vocês viviam se mudando de comunidade a comunidade. Até parar nessa situação lamentável, sendo responsável por um irmão viciado e leiloando sua virgindade para pagar a dívida dele e pagar sua clínica de reabilitação. Disse ele com desprezo e um tom de voz acusador.

___Não fale assim do meu irmão. Se estou viva hoje em dia, é graças a ele e já que disse que não me comprou, então eu não quero ir embora com você conhecer uma mãe que é uma verdadeira estranha para mim. Me deixe na minha casa. Já que eu não terei nenhuma serventia nem para você, e também não quero conhecer essa pessoa que se diz minha mãe, mas que esteve tão perto e nunca ligou de me procurar. Disse ela com raiva.

___Não é que ela não queria te procurar. Ela era apenas uma garçonete que vivia com um salário miserável e não fazia ideia de onde estava, já que seu irmão vivia a levando de um lado para outro. E, Porque diz isso.que não terá serventia para mim? Você está decepcionada Karina? Você queria que eu fizesse o que aquele traficante falou, a comprasse e as usasse como eu bem-quisesse? Disse ele muito sério se inclinando para frente dela e olhando em seus olhos azuis. Karina ficou muito assustada, mas também sentiu um sentimento estranho que nunca tinha sentido por nenhum homem antes. Ela estava excitada.

___Não me tente garotinha. Você é linda e não temos nenhum laço sanguíneo, eu sou apenas o seu padrasto e embora eu e sua mãe vivamos na mesma casa. Não vivemos como marido e mulher há muito tempo. Disse ele olhando em seus olhos azuis e bem próximo dos seus lábios quase a beijando.

___Não fale assim comigo. Eu não quero nada com você ainda mais sendo casado com a mulher que se diz minha mãe se isso for verdade. Disse ela desviando os olhos dos deles, abaixando a cabeça.

___Você é a primeira que tem coragem de me chamar de mentiroso e em minha cara. Disse ele levantando seu queixo e passando o polegar pelo seu lábio inferior.

___Des… Desculpe senhor, eu não queria atendê-lo. Gaguejou ela evitando olhar nos olhos deles.

__Eu começo a pensar que foi uma péssima ideia de minha parte ter vindo pessoalmente buscar você no Brasil. Mas a sua mãe não confiava em ninguém e eu devo isso a ela pelos bons momentos que passamos juntos. Eu não imaginava que você fosse tão linda e confesso que os sentimentos que estou sentindo por você não são nada paternais como pensei que seria, já que você é apenas um pouco mais jovem que meu filho e eu tenho idade para ser seu pai. Disse ele acariciando seu rosto.

___Por favor, não me tente me olhando dessa forma como você estivesse sentindo a mesma atração insana que estou sentindo por você ou vou perder o pouco de juízo que me resta. Disse ele com o desejo brilhando em seus olhos azuis.

__Eu não estou olhando de forma nenhuma. Apenas quero que me leve para minha casa e me deixe arrumar um jeito de cuidar do meu irmão. Ele é tudo que eu tenho, é muito importante para mim. Disse ela em uma voz de súplica. Então ele deu um suspiro de pesar e se afastou dela se aprumando no banco macio da limusine.

___Quanto a isso não se preocupe. Antes de participar daquele seu leilão estapafúrdio eu fui a clínica e me responsabilizei de pagar mensalmente todas as despesas do seu irmão e o que está me pedindo é um absurdo. Se eu leva-la de volta para aquela comunidade, você sabe o que vai acontecer sem minha proteção, aquele traficante de m**rda pode querer se vingar de você pelo tiro que dei nele e sabe se lá o que fará com você. Você ira comigo para minha casa, para junto de sua mãe porque seu lugar é ao lado dela e não aqui onde está correndo os perigos que estava correndo. Disse ele com uma voz autoritária dando a conversa por encerrada.

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