Sua única família

Otávio está em seu escritório quando recebe uma ligação da escola, avisando que Isabela teve um problema com uma colega. Ele suspira fundo e diz que logo chegará lá. Ele pede para sua secretária cancelar a próxima reunião, e segue para a escola da filha. Chegando lá, a professora diz que Isabela e a outra amiga não falam por qual motivo, mas iniciaram uma briga feia, e ela teve que suspender as duas.

Diretora - Me desculpa sr Otávio, mas já é a segunda vez em menos de um mês que Isabela se envolve em uma discussão. Ela sempre foi uma aluna exemplar, sabe me dizer se está acontecendo alguma coisa?

Otávio - O mesmo de sempre, a falta da mãe.

Diretora - Eu sinto muito, mas eu tive que dar advertência para as duas

Otávio- ok

Assim que eles chegam em casa, Otávio e Isabela se sentam no escritório:

- Filha, pode me dizer o porque discutiram?

- Não quero falar sobre isso papai

- Filha, por favor

- Ela me disse que eu sou sozinha no mundo, e eu disse que ela é uma adotada

Otávio suspira fundo, e diz - Filha o que ela disse não é verdade, e o que você disse pra ela não pode ser usado como ofensa também meu amor. Ser adotada não é problema nenhum

Eles conversam por um tempo, e vão almoçar juntos.

Desde que Pelin morreu, Isabela tem dificuldades para se relacionar com outras pessoas. Ela até teve duas babás, mas as duas acabaram saindo do emprego, e quem ajuda Otávio nessa função é Elza. Elza já é uma senhora de 65 anos, foi babá de Otávio por muitos anos, e quando ele se viu sozinho, a buscou de volta. Otávio tem estado muito preocupado, pois Elza está com problemas de saúde, e é a única pessoa de confiança que pode cuidar de Isa. E não é apenas isso, na verdade, Elza é a pessoa que Otávio mais ama depois de Isabela. Ela viu Otávio crescer, e agora faz o mesmo com Isa. A mãe de Otávio mora em um rancho perto dali, mas eles não tem contato. Uma vez ou outra ela liga e pede para ver a Neta, mas quem cuida de tudo isso é Elza.

• Júlia

Júlia está animada para sua nova jornada de trabalho. Hoje ela começa a trabalhar numa escola particular, está muito feliz pois conseguiu a vaga na sua função: psicóloga. Seu trabalho será promover melhoria no aprendizado, e dar o apoio necessário ao desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Ela cresceu em um orfanato, e estudou graças à uma bolsa de estudos. Mora com sua amiga Beatriz, que está noiva e logo irá se casar. Bia e Júlia se conheceram no orfanato, Bia foi adotada, mas infelizmente não conseguiram adotar Júlia. Depois que Júlia fez 18 anos, elas foram morar juntas, e assim estão até hoje. O Bia é farmacêutica, e está noiva de André. Eles trabalham juntos faz muitos anos.

Assim que o dia termina, Júlia corre pra casa e conta para Bia como foi no novo emprego. Logo André chega, e eles ficam conversando. Depois de um tempo, Júlia vai para seu quarto e os deixa na sala. Ela está feliz que a amiga vai se casar e construir uma família, mas ao mesmo tempo, se sente sozinha, pois Bia é como se fosse sua única família.

Ela deita na cama e fica pensativa, lembrando dos anos que passou no orfanato, das cuidadoraa que tinha lá na época, mas infelizmente nenhuma delas estão aqui mais.

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