Alívio

...Donato...

Já passava das 4 da manhã, Lua já estava dormindo, devido a bebida ela vomitou o carro do Giuseppe inteiro, vou ter que mandar lavar, não consegui pregar os olhos essa noite, a cena daquele homem morto, não sai da minha cabeça, ao me levantar caminho até a cozinha e me sento no balcão e pego uma dose de whisky, dou um gole no mesmo completamente pensativo, observo Maria se aproximar de mim e começar a fazer um lanche.

— Oque te aflige meu filho? — Questionou-me

— Eu perdi o controle hoje Maria, Otto me controlou como se eu não fosse nada! — Lágrimas percorrem pelo meu rosto — Eu matei uma pessoa inocente Maria!

— Meu filho, não é a primeira que você mata, porque isso tá te afligido tanto? — Maria

— Eu não sei Maria, mas tô sentindo uma dor, completamente sufocante, uma dor que parece fechar a minha garganta. — Falo entre as lágrimas — Parece que algo tá pressionando o meu coração.

— Chorar alivia meu filho — Maria fala após terminar o lanche e se aproxima de mim, logo sinto os seus braços me envolver.

Ao sentir o calor do seu abraço encosto a minha cabeça eu o seu ombro, tento me conter nas foi impossível, após um tempo tentando ser forte, desabo em lágrimas, coloco todo aquele peso, toda aquela dor para fora, parecia que um peso enorme estava saindo do meu corpo, aquela pressão no coração, devido às lágrimas, desapareceu. Após um tempo contenho as lágrimas me sentindo completamente aliviado, ao me afastar da Maria percebo ela sorrir satisfeita ao me ver melhor.

— Obrigado Maria, você me ajudou muito!

Observo ela me empurrar o lanche, pego metade do mesmo e dou a outra metade para ela

— Me acompanha por favor?

Observo ela me olhar logo assentir e se sentar na minha frente, ficamos por um bom tempo conversando, Maria me distraiu bastante em relação aquele ocorrido, após um tempo conversando, olho as horas no relógio:

...5:47 ...

— Acho que vou tomar um banho Maria, muito obrigado mesmo!

Observo ela sorrir feliz, assentir e ir fazer as suas coisas, deixo me escapar um sorriso. Caminho até o meu quarto e entro no banheiro, ao pensar um pouco retiro as roupas que eu estava e ligo o chuveiro no gelado, ao entrar debaixo do mesmo, solto um gemido grave e me apoio na parede, o banho gelado era pata amenizar um pouco a bebida, bebi whisky demais enquanto conversávamos.

Após um tempo saio do chuveiro e enrolo a toalha na minha cintura, ao passar pelo meu quarto vejo Lua ainda dormindo, caminho até o quarto do Giuseppe que era um pouco longe do meu e me sento na sacada, "ele não vai se importar mesmo, ele já não mora mais aqui!" Olho o céu pensativo "Giuseppe faz falta, será que ele conseguiu resolver a parada com o corpo?" me preocupo um pouco "bom notícia ruim chega a cavalo, ele deve estar bem!" Pego uma seda que estava na mesinha ao lado e bolo um baseado pequeno, após acender dou umas tragadas longas, "Fazia tempo que eu nao fumava maconha, a recaida que eu tive foi no pó, mas desa vez e por uma boa causa, só ela vai me ajudar a dormir" Ao terminar de fumar, vou até à cozinha e pego um kit primeiros socorros, ao abrir pego um engov e um dipirona, logo fecho e guardo, caminho até à geladeira pego uma garrafinha de água e subo até o quarto que Lua estava, ao apoiar as coisas na mesinha ao lado da cama, me viro para sair, mas sou impedido por uma mãozinha no meu braço, ao olhar em direção a mesma, vejo Lua sorrindo pra mim.

Luana:- Deita comigo, depois de hoje não quero ficar sozinha, tô com medo!

Donato:- Não precisa ter medo, enquanto eu estiver vivo, eu lhe protegerei!

Ao vê-la sorrir e me puxar, desisto de tentar resistir e me deito ao lado dela. Passo a mão pela cintura dela e puxo ela mais para mim, para ela se sentir protegida, "A sensação que sinto ao estar perto dela é maravilhosa, pena que ela não sabe quem ela quer e isso acaba comigo, eu a amo demais, amo-a desde o nosso primeiro toque, quando nos beijamos, foi demais, mas ela já estava com Giuseppe, tive sorte dele não me matar." Após um bom tempo pensando acabo pegando no sono…