Quando Evans entra no prédio vai direto para o elevador, em sua bolsa de mão só estavam seu celular, seu cartão de débito/credito, um gloss e a chave do apartamento de Lúcio, lugar onde irão morar logo que casarem o mês que vem.
Seu pai lhe presenteou com uma casa vizinha a dele, no mesmo condomínio, mas está em reforma e então irá demorar um pouco para a obra ser entregue.
Ela subiu até o 8° andar pensando como contar a Lúcio que havia dançado com o homem que ele tanto odeia. O homem que vive arrumando situações desagradáveis quando o encontra mesmo já tendo sido seu amigo.
Evans chegou a porta e abriu, tirou o sapato de salto e ficou descalça, pois não queria assustar Lúcio. Ela iria fazer uma surpresa à ele e acordá-lo com beijos.
Quando ela se aproxima do quarto escuta a voz de Lúcio conversando com uma mulher, então ela para no corredor escuro e começa a escutar.
(Lúcio) _ Você é muito gostosa. Me deixa louco.
(Mulher) _ E você vai abrir mão de tudo isso quando casar? Ela te faz tão feliz como eu faço? Vai, me diz?
(Lúcio) _ Não sei. Nunca transei com ela. Pode ser que seja melhor, igual ou pior.
(Mulher) _ Vai abrir mão de mim? Vai casar mesmo?
(Lúcio) _ Vou casar. Se ela me fizer feliz assim como você me faz, senão a gente continua se vendo.
(Mulher) _ Não fala assim comigo. Você sabe que só me entreguei a você porque estou apaixonada. Senão jamais teria rolado.
(Lúcio) _ Sei. Mas você sabe que só estou com você para aliviar minha tensão. Ela é minha noiva, ela que amo.
(Mulher) _ Ama nada. Se ela fosse de outra família você nem estaria casando. Mas eu te entendo, sei que é difícil não nascer em berço de ouro como a princesinha Evans.
(Lúcio) Eu a amo sim. Claro une-se o útil ao agradável. Mas ela tem umas coisas meio chatas, é meio travada sexualmente, espero que se solte depois do casamento.
(Mulher) _ E você fogoso como é vai se contentar com a freirinha?
(Lúcio) _ Se não melhorar eu fico com vocês duas. Agora cala a boca Lia e vem me deixar feliz de novo.
Evans está paralisada ouvindo tudo. Ela se senta no chão sem conseguir se mover. Era seu noivo e sua "melhor amiga" na cama e falando mal dela.
Ela fica ali sentada por alguns minutos que ela nem sabe quantificar, ouvindo o barulho vindo do quarto, escutando os estalos dos beijos daquela boca que ela pensava ser só dela. Aquele corpo que ela pensava que lhe pertencia estava sendo tocado e usado por aquela que se fazia de sua amiga há anos.
Ela se levanta e caminha em direção a porta, seu estômago vira e sente um enjôo forte e uma vontade de vomitar. Ela quer chorar, quer gritar, mas ela resolveu pensar antes de agir. Ela pega seus sapatos e sai pela porta. De frente vê um táxi que deixa uma passageira e vai até lá.
( Evans) _ Está livre?
(Motorista) _ Sim.
Evans entra no carro e o motorista lhe pergunta para onde ela quer ir. Ela fala para ele ir para a praia do Leblon. No caminho ela vai pensando se volta lá e faz um escândalo ou se mata os dois a tiro, ou se casa com ele e faz da vida dele um inferno ou se manda dar uma surra na vaca da amiga, ou melhor, se ela mesmo faz isso.
Mil pensamentos passam em sua cabeça. Ela pensa tantas coisas, mas a única vontade que tem é só de chorar e chorar. "Eu devo ser aquele tipo de pessoa que ninguém gosta, ele só está comigo por dinheiro, status e eu nunca percebi."
(Motorista) _ Chegamos. A moça tem certeza que vai descer? Está meio escuro ainda.
Ela não diz nada. Pega o cartão e paga a corrida, sai do carro e começa a caminhar pelo calçadão. Para tira os sapatos e continua sem rumo. A uma certa altura, desce para a areia joga a bolsa e os sapatos na areia e começa a entrar no mar.
O sol ainda não nasceu, mas já se vê a claridade se levantar no horizonte. O céu ainda escuro ganha cores alaranjadas vindas do outro lado das águas.
Seu corpo já está com água pelo peito e ela chora alto com toda dor que carrega no seu peito. Toda a traição, todo o amor ferido e ela grita sozinha no meio do mar enquanto as ondas vem e vão.
Quando ela mergulha e sente a água gelar todo o seu corpo assim como já está seu coração, ela não tem forças para lutar e sente seu corpo ser lançado de um lado para o outro ao sabor da maré.
Quando ela menos espera, sente seu corpo ser puxado com força e tirado da água. Ela não consegue ver quem é. Seus olhos estão doloridos do choro e do sal, ela não consegue abri-los.
Sem saber bem o que está acontecendo, ela sente um alívio de ser salva. Pensa em sua família, pais, irmão e também em sua carreira e como sonhou em salvar pessoas.
Agora quem foi salva foi ela. Sente seu corpo ser carregado até a areia. Sente seu rosto ser tocado e alguém chama seu nome. Ela conhece essa voz, mas quem será? Não tem forças para responder. Então sente seus lábios serem tocados. O ar entra em seus pulmões, ela tosse e cospe água. Respira fundo e nessa hora reúne forças e abre os olhos.
Para sua total surpresa vê Léo. Ele está de camiseta, shorts e tênis, todo molhado. Seus cabelos loiros colados ao rosto com a respiração ofegante. De cansaço ele se deita ao lado dela e quando percebe que ela está tremendo, tira a camiseta molhada e a abraça a esquentando com seu próprio corpo.
Depois de algum tempo ali, ele recupera o fôlego, levanta e pega a bolsa dela que estava ao lado. Quando ela vê que ele pega seu celular e começa a olhar a agenda ela diz:
(Evans) _ Não. Não chama ninguém. Só me tira daqui por favor.
Ele balança a cabeça afirmativamente. Pega o celular dela e liga para alguém enquanto mantém a mão sobre seu ombro. Logo o seu motorista chega trazendo uma toalha e uma camiseta. Ele veste a camiseta, embrulha Evans na toalha e a carrega até seu carro.
(Leo) _ Você quer ir para algum lugar ou pode ser na minha casa?
Ela apenas balança a cabeça sinalizando que sim. Ele se senta no banco de trás junto a ela e seu motorista dirige em direção a casa.
Quando o carro entra dentro de uma garagem ela levanta a cabeça e vê que chegou a casa dele. Em sua garagem vários carros diferentes, ele fala com o motorista e novamente a carrega, mas desta vez para dentro da casa.
Lá dentro ele a leva direto para seu quarto, abre o chuveiro e a coloca debaixo da água quente entrando junto. Ela não tem forças para protestar ou falar nada. Ele começa a tirar as próprias roupas ficando só de cueca e na sequência tira o vestido e o sutiã dela, deixando apenas a calcinha.
Quando ele termina de dar banho nela tira a cueca e termina de se lavar se embrulhando em uma toalha.
(Leo) _ Tira a calcinha. Se lava direito vou pegar uma roupa para você e já volto.
Ela fez o que ele mandou e logo viu um roupão ser colocado no box.
(Leo) _ Veste.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 101
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
Manda esse noivo pastar e fica com o Léo
2025-02-19
1
Cleidilene Silva
o vai juntar o útil e o agradável pra acabar com esse idiota chamado noivo.
2024-11-25
1
karvalho Heloiza😍
uiii muito bom
2024-11-22
0