Capítulo 1 - Senhor Murakami

Takahiro não podia esconder o alívio em seu peito. Se anjos existissem, Souichi com certeza era um. O garoto não havia só indicado Takahiro como também fizera uma ótima recomendação do mesmo. Ao que parecia, o estágio era em um banco e o trabalho do Watanabe era secretariar o gerente.

Takahiro não entendia nada de contabilidade, mas segundo Souichi, ele poderia ficar tranquilo, pois apenas cuidaria da agenda do seu chefe. Respirou aliviado pela terceira vez naquele dia, deixando o corpo magro relaxar no sofá velho do seu apartamento. Olhou a carteira quase vazia e sorriu sem graça, esperava que logo estivesse estufada com notas de Ienes.

Ergueu-se gemendo baixo ao sentir as articulações cansadas estalarem, pegou o casaco no cabideiro perto da porta e saiu decidido a tomar um bom lámen, nutritivo e gostoso, para acordar bem para seu primeiro dia de trabalho.

[...]

A noite estava agradável, assim como a caminhada que fazia até o restaurante duas esquinas antes de seu pequeno prédio. Não sabia dizer se era a felicidade de ter conseguido o emprego novo ou o cheiro de algo quente e saboroso invadindo as suas narinas. Takahiro já via as luzes da frente do restaurante e as pernas quase corriam, mas parou receoso quando algo chamou a sua atenção. Do outro lado da rua, num beco mal iluminado, pensou ter visto uma silhueta, mas ignorou e continuou o seu caminho.

Chegou ao restaurante e sentou-se, fazendo seu pedido logo em seguida ao ser atendido por uma garçonete atenciosa. Não demorou muito para estar com sua tigela fumegante à sua frente. Inalou o cheiro bom que nem se lembrava mais de tanto macarrão industrializado que comia. Comeu com calma, se deliciando com cada parte que comia, queria aproveitar ao máximo aquela refeição que há tempos não fazia. Quase gemeu em satisfação ao tomar o último gole do caldo. Estava tão cheio que poderia morrer ali que morreria feliz.

Pagou e agradeceu pela refeição, curvando-se à senhorinha que preparava a comida. Colocou as mãos no bolso do casaco e saiu em direção à sua casa.

Faltando cerca de um quarteirão até a entrada de seu prédio, ouviu passos rápidos atrás de si e tentou checar quem era pela visão periférica, mas nem foi preciso.

- Vingador! Quanto tempo! - o homem alto de rosto conhecido surgiu em sua frente, o sobressaltando.

Takahiro ficou estático. De todas as pessoas no mundo, aquele homem era quem ele menos esperava encontrar no momento.

- O que foi? O gato comeu sua língua? - zombou.

- O que faz aqui? - sentiu mais pessoas se aproximando pelas suas costas.

- O que eu faço? - sorriu debochado. - Vim cobrar o que você fez.

O rosto do homem fechou-se numa carranca e Takahiro sentiu os dois braços serem segurados, impossibilitado de socar.

- Achou mesmo que se livraria de mim apenas mudando de bairro, seu estúpido?!

Takahiro arqueou ao sentir um soco preciso no estômago que levou embora todo o seu ar. Tentou voltar a respirar, mas o agressor estava muito motivado a destruir o seu abdômen à base de pancada. Perdeu a conta de quantos socos e chutes já tinha levado quando sentiu o impacto de cheio em seu rosto, o primeiro de muitos outros.

Depois de minutos batendo, o homem parou, ofegante. Takahiro cuspia sangue, manchando a camisa branca que usava.

- Precisou trazer mais dois caras pra conseguir me bater, seu filho da puta desgraçado?!

Sorriu zombeteiro, uma pancada por trás na cabeça e sua mente apagou.

....

O ouvido zumbia, a cabeça martelava de dor. Takahiro tentou se mexer, mas não conseguiu, gemeu de dor. Tentou abrir os olhos, mas sentia-os pesados. Piscou algumas vezes e olhou ao redor com dificuldade. Estava no mesmo lugar onde tomara a surra, jogado na sarjeta. O dia começava a clarear.

Lembrou-se do trabalho, não poderia faltar no primeiro dia. Levantou com dificuldade e andou com mais dificuldade ainda, se arrastou. Nunca amaldiçoou tanto seu prédio não ter elevador, aquele era o pior dia dos piores dias para se subir uma escada.

Entrou em casa e agradeceu por ter deixado o celular em casa, senão não receberia as instruções que Souichi ficou de mandar. Foi até o banheiro e se apoiou na pia olhando o reflexo deplorável que ele mostrava. Ali as dores que sentia estavam bem justificadas. Tirou a roupa e se enfiou no box para uma chuveirada fria, talvez assim amenizasse o incômodo que sentia.

Secou-se com dificuldade pois nem conseguia se abaixar sem sentir dor no abdômen, vestiu a única calça jeans preta que não era rasgada nos joelhos, estava guardando para a formatura, a única camisa social que possuía, que havia usado uma única vez no baile de formatura da escola. Tinha certeza que o Nike SB Check que calçava era o mais próximo de um "sapato social" que ele tinha em casa. Tentou arrumar o cabelo, mas optou por deixar a franja na testa mesmo para esconder o corte na sobrancelha machucada, não teria como esconder o corte da boca nem o olho roxo, mas era isso. Precisava ir.

...

Pegou o metrô e aproveitou a viagem para ler o que Souichi havia enviado. A primeira coisa que viu foi que ele não estava adequadamente vestido. A segunda era basicamente Souichi pedindo para ele ter paciência com o chefe, mas isso ele já imaginava. Um velho chato e cheio de dinheiro, era assim que ele pensava. Estava realmente empenhado em manter aquele emprego, sabe-se lá quando conseguiria um que pagasse tão bem.

Teria que fazer as disciplinas da faculdade por monitoria online, indo apenas para as provas presenciais, então estava tudo se encaixando bem, se ele não tivesse acabado de levar uma surra.

O prédio era imponente, como deveria ser, bonito e com cheiro de dinheiro. Foi até a portaria e se identificou, sendo informado ao andar que deveria comparecer. Entrou no elevador e se sentiu imediatamente incomodado, todos aqueles homens e mulheres em roupas caras e bem feitas estavam o deixando intimidado.

Saiu no andar que lhe foi indicado e contemplou a imensidão daquele lugar. Era amplo e bem decorado, se atentou à secretária sentada num balcão próximo à um sofá largo.

- Hm, bom dia. Eu vim para... a vaga, sabe... - disse frente à moça.

- De secretário? - a moça de cabelos negros bem alinhados num rabo-de-cavalo sorriu minimamente, Takahiro assentiu. - pode esperar aqui mesmo. Sr. Murakami está na sala com alguns sócios.

- Ok - disse simples

Takahiro sentou no sofá e reparou como a garota não lhe olhou de modo ruim, mesmo tendo consciência do estado em que se encontrava. Ouviu a porta se abrir e conversas no corredor, levantou de imediato.

- Mayumi, remarque a reunião de hoje à tarde, por favor, estou sem cabeça pra isso hoje - um loiro disse.

- Sim, Sr. Murakami, algo mais? - ela prontamente atendeu com um sorriso.

Os olhos de Murakami foram em direção a Takahiro ao ver seus dois sócios olhando para o mesmo. E só então o Watanabe notou os olhares curiosos sobre ele.

- Takahiro Watanabe, certo? - ele disse de sobrancelha erguida, analisando o mais novo de cima a baixo.

- Sim, senhor - não abaixaria a cabeça nem para o Papa.

- Boca quebrada e olho roxo no primeiro dia de trabalho - o deboche estampado em sua voz.

O mais novo abriu a boca para rebater em uma resposta malcriada, mas decidiu ficar calado naquele momento pelo menos.

- Você ao menos sabe para o que foi contratado, garoto?

Aquele tom de voz fez seu sangue ferver de raiva. E o pior, ele não poderia fazer nada. Engoliu duramente seu orgulho a seco.

- Sim, senhor. Só tive problemas ontem à noite.

Murakami suspirou.

- Jantamos juntos, então? - falou para os dois que o acompanhavam.

- Sim, no meu preferido - o mais alto respondeu.

- Ok, ok - passou a mão pelos cabelos loiros.

Os dois se despediram de Mayumi e foram para o elevador. Murakami voltou-se para Takahiro novamente, o semblante sério e os lábios grossos apertados numa linha.

- Minha sala, agora - virou a costa e saiu.

Murakami fez sinal para que ele o seguisse, e assim Takahiro o fez, andando depressa em direção à porta de madeira clara.

Ao entrar, o Murakami já estava sentado numa cadeira imponente, à espera de Takahiro.

- Sente-se - Takahiro o fez. - Souichi trabalhou com meu sócio, Miyagi, e me recomendou você. Eu realmente preciso de alguém para o cargo, mas não acho que você seja o mais indicado - disse cruzando os braços.

- Eu sei que pensa isso pelos meus machucados, mas eu fui assaltado ontem à noite, não é como se eu pudesse evitar - mentiu.

- Entendo, Takahiro Watanabe - seus olhos atentos pareciam ver a mentira através do rosto de Takahiro . - Espero que não se repita.

Takahiro assentiu.

- Darei o meu o melhor e trabalharei duro, senhor Murakami.

- Espero que seu melhor seja o suficiente - levantou. - Veja com Mayumi o que você precisa trazer de documentação. Ela vai te orientar sobre o que deve fazer.

....

Definitivamente, aquele trabalho não era para ele.

Mayumi passou quase meia hora explicando tudo o que deveria fazer mas já havia esquecido metade. Era muita coisa! Que diabos de homem era aquele que precisava de alguém em específico para arrumar suas gravatas por ordem de cor e tecido?

Ele seria a babá de um homem adulto, era isso. Cuidaria da agenda de Murakami e estaria lado a lado com ele, às vezes até mesmo dirigindo, resolvendo tudo. Riu sem graça. Filho da puta preguiçoso. Precisava de alguém para organizar a própria vida.

Sentou na mesa que lhe foi indicada por Mayumi, ficava à frente da grande sala de Murakami. Tinha um notebook, uma pilha de documentos organizados ao lado e uma gaveta vazia. Deveria trazer suas próprias coisas, porque sequer tinha uma caneta consigo. Ligou o computador e colocou o pedrive com a agenda que Mayumi acabara de lhe passar, estava curioso sobre o que o magnata fazia no dia a dia.

Basicamente Hashimoto Murakami estava sempre em reuniões, na academia ou viajando.

Pesquisou na internet sobre o chefe e se surpreendeu por nunca tê-lo visto, talvez por não se ligar muito em tv, mas Hashimoto Murakami era um solteiro muito cobiçado. Vindo de uma família rica, de amigos ricos, ficando cada vez mais rico. E, sim, ele era muito bonito.

A postura séria era sempre presente nas fotos, o porte físico do Murakami sempre se destacava. Os olhos baixos, sempre penetrantes; sempre elegante em seus ternos caros. Umedeceu os lábios e pigarreou ao perceber que olhava para a tela do computador de boca aberta.

Ouviu Mayumi fazer um cumprimento, ele estava de volta. Levantou-se e colocou as mãos ao lado do corpo, quase em posição de sentido

- A reunião acabou mais cedo. Vamos sair antes do almoço - disse olhando as roupas de Takahiro, aquilo já o estava incomodando. - Você dirige? - parou na frente da mesa jogando os cabelos para trás.

- Sim, Sr. Murakami - acenou com a cabeça.

- Ótimo - jogou as chaves para o Watanabe - Vamos, não gosto de perder tempo.

...

Takahiro seguia dois passos atrás de Murakami, que seguia imponente à sua frente, cumprimentando algumas pessoas ao passar pelos corredores. Chegaram no estacionamente e o loiro parou ao lado de uma Ferrari. Só isso. Apenas uma Ferrari.

- O que foi? - perguntou impaciente.

- Desculpe, não é nada - soltou o ar que segurava inconscientemente.

Destravou o carro e Murakami entrou do lado do carona, o cheiro de perfume caro invadiu as narinas de Takahiro.

- Eu não costumo vir trabalhar com ela mas foi o jeito, bati o outro carro - disse simplista.

Takahiro preferiu não questionar e dirigiu com cuidado para fora do estacionamento.

- Pegue a direita - sinalizou com a mão.- Vamos comprar um terno.

...

Quando o loiro falou em comprar um terno, Takahiro jamais imaginaria que seria para si.

- Senhor... Eu não tenho como pagar um terno dessa loja, eu sei que não vim vestido adequadamente mas-

- Considere como um adiantamento, Takahiro. E não vamos comprar o mais caro da loja, não se preocupe.

Takahiro estava constrangido. Seu chefe que mal conhecia, havia o levado a uma loja de ternos porque não fora vestido adequadamente em seu primeiro dia de trabalho. O auge da vergonha alheia. Murakami mexia no celular enquanto o alfaiate tirava as medidas de Takahiro.

- Pelo menos dois, Akame - falou sem nem tirar os olhos da tela. O alfaiate assentiu e sumiu em busca de ternos para Takahiro, que desceu da plataforma onde estava.

- Takahiro Watanabe - a voz baixa se fez ouvir e os olhos de Murakami caíram sobre o corpo encolhido do Watanabe. - Estava pesquisando sobre você - Takahiro engoliu em seco. - Você cursa música, por que veio ser meu secretário? - cruzou os braços ainda encarando o outro.

- Eu estava desempregado - falou baixo. - E depois desses dois ternos, estarei endividado.

Murakami riu soprado, mas cobriu a boca.

- Esses ternos não me custam nada, a maioria eu ganho só para usá-los. Feche a boca.

Só então Takahiro se deu conta que novamente estava com a boca aberta, abaixou o rosto. Era muito estranho como se sentia intimidado, logo ele, que desafiava Deus e o mundo. Mas precisava manter aquele emprego, era isso, apenas manter o emprego.

- Mayumi explicou o que precisa fazer?

- Sim, Sr.

- Muito bem. Pode usar esses sapatos com os ternos, gosto de como combinam.

'Ainda bem, menos uma conta', Takahiro pensou.

Akame não demorou a voltar e colocar Takahiro em ternos totalmente pretos, que combinavam bem com seu tom de pele.

Voltaram ao prédio a tempo do loiro sair com Sr. Hyuga e Sr. Takahashi, que agora já sabia que eram os sócios de Hashimoto Murakami.

Sentou-se à mesa novamente, olhando para as sacolas de compras ao seu lado. Mayumi chegou caminhando pelo corredor com um sorriso no rosto, ela parecia tão tranquila ali, talvez o Murakami não fosse tão amedrontador quanto pareceu na primeira vez que falou com ele.

- Tudo bem por enquanto, novato? - Takahiro assentiu, a moça colocou uma caixa com curativos sobre a mesa. - Não esqueça de enviar a agenda de amanhã hoje à noite para ele, e mesmo assim, ele vai te perguntar tudo de novo amanhã.

- Muito obrigado pela ajuda, de verdade.

- Não precisa agradecer, você só precisa de paciência, hoje foi um dia bom, mas nem sempre é assim. E deixe o celular ligado.

- Sim, Sra. Tanaka - disse com a voz rouca, estava obedecendo ordens demais e pessoas demais para seu gosto.

Mayumi sorriu e saiu.

Quando foi ao banheiro higienizar os machucados, seu celular apitou ao receber uma mensagem.

Número desconhecido:

Está dispensado por hoje, Takahiro Watanabe. Amanhã esteja antes de mim na empresa. Salve meu número.

Hashimoto Murakami.

Comemorou internamente, ainda tinha toda a agenda do dia seguinte para decorar.

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Comments

Ana Lúcia

Ana Lúcia

me mato de rir com ele 😂😂😂😂😂😂

2024-08-06

1

Ana Lúcia

Ana Lúcia

😂😂😂😂😂😂😂😂😂

2024-08-06

1

Ana Lúcia

Ana Lúcia

😂😂😂😂😂😂😂 tadinho kkk

2024-08-06

0

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Capítulos
1 Prólogo - Boletos
2 Capítulo 1 - Senhor Murakami
3 Capítulo 2 - Mais um dia
4 Capítulo 3 - Primeiro Voo
5 Capítulo 4 - Viagem de negócios ou...
6 Capítulo 5 - Que o jogo comece
7 Capítulo 6 - Café e ternos caros
8 Capítulo 7 - Troca
9 Capítulo 8 - Ferrari
10 Capítulo 9 - Uma dose, uma verdade.
11 Capítulo 10 - Manhã
12 Capítulo 11 - Duelo.
13 Capítulo 12 - Testando.
14 Capítulo 13 - Noite de bebedeira.
15 Capítulo 14 - No cartão do chefe
16 Capítulo 15 - Dores de cabeça.
17 Capítulo 16 - Um bom motivo.
18 Capítulo 17 - Na poltrona.
19 Capítulo 18 - Nado.
20 Capítulo 19 - Depois do expediente.
21 Capítulo 20 - Entorpecente.
22 Capítulo 21 - Skype.
23 Capítulo 22 - Férias imediatas.
24 Capítulo 23 - Senhor Murakami não existe.
25 Capítulo 24 - Na Calada da Noite
26 Capítulo 25 - Como nenhum outro.
27 Capítulo 26 - Apenas o secretário?
28 Capítulo 27 - Sombras do Passado.
29 Capítulo 28 - O Chefe
30 Capítulo 29 - Sobre a mesa
31 Capítulo 30 - Yukina
32 Capítulo 31 - Cama Apertada
33 Capítulo 32 - Outro dia
34 Capítulo 33 - Medo
35 Capítulo 34 - O Gato
36 Capítulo 35 - Decisão
37 Capítulo 36 - Material Boyfriend
38 Capítulo 37 - Secretário Watanabe
39 Capítulo 38 - Me deixe te amar
40 Capítulo 39 - Anúncio de Noivado
41 Capítulo 40 - Epílogo - Senhor Watanabe
42 Capítulo 41 - Extra: Papéis Invertidos
Capítulos

Atualizado até capítulo 42

1
Prólogo - Boletos
2
Capítulo 1 - Senhor Murakami
3
Capítulo 2 - Mais um dia
4
Capítulo 3 - Primeiro Voo
5
Capítulo 4 - Viagem de negócios ou...
6
Capítulo 5 - Que o jogo comece
7
Capítulo 6 - Café e ternos caros
8
Capítulo 7 - Troca
9
Capítulo 8 - Ferrari
10
Capítulo 9 - Uma dose, uma verdade.
11
Capítulo 10 - Manhã
12
Capítulo 11 - Duelo.
13
Capítulo 12 - Testando.
14
Capítulo 13 - Noite de bebedeira.
15
Capítulo 14 - No cartão do chefe
16
Capítulo 15 - Dores de cabeça.
17
Capítulo 16 - Um bom motivo.
18
Capítulo 17 - Na poltrona.
19
Capítulo 18 - Nado.
20
Capítulo 19 - Depois do expediente.
21
Capítulo 20 - Entorpecente.
22
Capítulo 21 - Skype.
23
Capítulo 22 - Férias imediatas.
24
Capítulo 23 - Senhor Murakami não existe.
25
Capítulo 24 - Na Calada da Noite
26
Capítulo 25 - Como nenhum outro.
27
Capítulo 26 - Apenas o secretário?
28
Capítulo 27 - Sombras do Passado.
29
Capítulo 28 - O Chefe
30
Capítulo 29 - Sobre a mesa
31
Capítulo 30 - Yukina
32
Capítulo 31 - Cama Apertada
33
Capítulo 32 - Outro dia
34
Capítulo 33 - Medo
35
Capítulo 34 - O Gato
36
Capítulo 35 - Decisão
37
Capítulo 36 - Material Boyfriend
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Capítulo 40 - Epílogo - Senhor Watanabe
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Capítulo 41 - Extra: Papéis Invertidos

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