Grávida Por Um Acidente

Grávida Por Um Acidente

Capítulo 01

Moro atualmente com minha avó e minha mãe, sempre fomos nós três a minha vida inteira, meu pai, nunca ouvi falar e ao que parece, fui produto de uma transa de balada, na qual minha mãe nem ao menos lembra quem é meu pai! Então, isso foi uma coisa que eu não quis mais saber!

Minha avó sempre me ensinou os valores de uma família e também, sempre prezou pela minha integridade, ou seja, sempre bateu na tecla de que uma boa moça de família tinha que se casar virgem e acho que por isso, nem namorado eu quis arranjar! É tanto protocolo que a minha avó coloca que eu fico até com receio de trazer qualquer homem para apresentar aqui a minha família, a minha mãe não liga para isso, sempre foi mais descolada e tranquila em relação a virgindade, mas sempre respeitou a forma como a minha avó me criou.

Hoje eu iria a uma consulta ginecológica, apesar de virgem, sempre fiz acompanhamento com ginecologista porque sempre sofri com fortes dores de cólica e um fluxo menstrual muito intenso, e por esse motivo sempre fazia acompanhamento! Cheguei ao consultório caindo de sono, fui conduzida a sala de exames e enquanto eu aguardava a médica, acabei cochilando ali mesmo!

Eu trabalho no restaurante de uma grande rede de resorts e as vezes trabalho no turno da noite, saindo do trabalho pela manhã!

Meu cochilo estava tão maravilhoso quando fui interrompida pela chegada da médica, parecia estar aflita com alguma coisa e mal conversou comigo, fez o exame, de uma forma tão rápida que chegou a me assustar e conversou bem breve comigo, pedindo que retornasse daqui a 30 dias, fiquei sem entender, ela mal olhou para mim, o exame foi voando e eu ainda teria que voltar, por qual motivo, não faço ideia.

Sai do consultório, fui direto para casa descansar, hoje pegaria novamente no turno da noite e eu ficaria assim, até o próximo mês quando rodasse a escala novamente. Cheguei em casa, tomei um banho e quando fui na cozinha comer algo antes de descansar, dei de cara com a vovó.

Inês: Natalie? - ela me chamava - como foi a consulta ?

Natalie: oi vovó - beijei sua testa - estranhamente normal

Inês: como assim? - ela me procurou intrigada

Natalie: rápida, sem muito diálogo e ela pediu que eu retornasse em 30 dias - eu procurava algo para comer

Inês: e ela disse porque precisaria retornar ? - havia uma interrogação enorme em sua testa

Natalie: não, só disse que era para retornar - eu falava enquanto preparava rapidamente um sanduíche

Inês: estranho, mas se tem que retornar, tratarei de lembrá-la de seu retorno

Natalie: obrigada vovó - beijei sua testa - vou descansar, a noite vou para o resort novamente

Inês: bom descanso - ela sorriu e foi para a sala assistir a sua boa e velha novela de sempre

Deitei e logo cai no sono pesado, e parece que só foi eu deitar para o tempo atropelar aceleradamente até o momento de acordar, meu despertador parecia gritar insistentemente e então, com vontade de jogá-lo pela janela, mas sem condições de fazer isso, levantei com a minha cara amarrotada e o sono me dominando e fui fazer a minha higiene, sai do banheiro e fui vestir uma roupa qualquer, meu uniforme apenas vestiria quando chegasse no resort! Sai do quarto, comi rapidamente a fritada que a vovó deixou preparada, me despedi dela e de minha mãe que já havia chegado do trabalho e daí apressada para não perder o meu ônibus! Como sempre, durante o meu caminho, nada de anormal, segui dentro do ônibus com meu fone de ouvido e meu celular, fui ouvindo as minhas músicas e cantarolando baixinho! Sempre tive o sonho de ser cantora, mas nunca tive uma única oportunidade, tentei uma vaga nos horários das apresentações do resort, mas até agora ainda não tive a sorte de conseguir, por enquanto, vou sonhando dentro do ônibus com um possível futuro em cima dos palcos.

Quando cheguei no resort, encontrei a Analu, a minha amiga e fiel escudeira, eu e ela juntas para tudo! Cheguei correndo como sempre, troquei de roupa e fui para o meu posto, antes que a Adélia viesse torrar meu juízo com suas chatices!

Durante a noite, tudo estava ocorrendo normalmente, mas o que eu não sabia era que estava acontecendo uma festa no grande salão do resort, uma festa de boas vindas que eu ainda não sabia para quem era e também pouco me importava, não conhecida do mesmo jeito.

Natalie: Analu, você sabe de quem é essa festa? - eu servia um dos convidados

Analu: você não sabe? - ela me olhava incrédula - a festa de boas vindas do filho do dono

Natalie: ah nossa, festa do filhinho de papai - sorri

Analu: dizem que ele é um gato - ela caçava-o pela festa

Natalie: deve ser mais um mauricinho cheio de manias - arfei

Enquanto servia as bebidas avistei um homem, cujo semblante era totalmente conhecido, tivera com ele há alguns anos atrás, precisamente dois anos atrás, em uma lanchonete!

2 anos antes…

Eu estava cantarolando sozinha, enquanto ouvia as minhas músicas e aguardava o meu lanche ficar pronto, quando um homem lindo, de semblante másculo, seus traços bem definidos e uma barba por fazer, perfumado e de pele morena, cor de canela, cabelos e olhos pretos, marcantes e inesquecíveis. Ele foi a primeira pessoa que prestou atenção na minha voz e por esse motivo, sentou a minha mesa.

Enzo: uma bela voz assim não deveria ficar escondida assim em uma simples lanchonete - ele sorriu

Natalie: oi - sorri envergonhada - canto só por paixão pela música, apenas

Enzo: deveria acreditar no seu potencial - seus olhos eram intensos - a propósito, me chamo Enzo Coulter

Natalie: oi Enzo - sorri - há pessoas que nascem com oportunidades, outras com condições, algumas com condições e oportunidades e outras pessoas apenas com a condição de ter que trabalhar para se sustentar, eu faço parte desse último grupo - sorri conformada

Enzo: deveria investir, mesmo sendo do grupo que apenas trabalha para se sustentar, deveria acreditar em si mesma - ele sorriu docemente

Seus olhos eram doces, calmos e ternos, apaixonante, naquele momento pude sentir meu coração acelerar, meus olhos se tornaram fixos naquele homem, e abruptamente me considerei perdidamente apaixonada. Por anos tentei encontrá-lo, mas parecia que ele nunca existiu e não passava de uma fantasia de minha cabeça.

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Comments

Julieta Pereira

Julieta Pereira

a avó quer ensinar para neta o que nao ensinou ou a filha não quis aprender, ja tem uma filha que nem sabe quem é o PAI.

2024-07-29

2

Nazivania Dias Carvalho

Nazivania Dias Carvalho

eu vou ler

2024-04-17

2

Valdercina Rodrigues

Valdercina Rodrigues

Como assim o bebê não vai ter pai,e o que vai acontecer com ela?

2024-02-27

1

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