Capítulo 14

Com Apolo e Cristine...

No escritório Cristine está atenta à tudo que Apolo deseja falar para ela e então ele fala calmamente sobre a mãe.

APOLO: Cristine já que vamos morar aqui por um tempo você precisa saber de uma coisa muito importante e delicada sobre a minha mãe.

CRISTINE: e o que seria de tão delicado que eu precise saber?

APOLO: bem, assim que o meu pai faleceu a minha mãe sofreu bastante, os dois se amavam muito e por esse motivo ele teve uma depressão profunda ao ponto de tentar contra a própria vida.

CRISTINE: meu Deus Apolo eu sinto muito.

APOLO: pra mim é muito difícil falar sobre isso mas como iremos conviver eu preciso que me conheça e também a minha família.

Apolo fala com lágrimas nos olhos e percebendo que essa conversa será difícil Cristine fala para ele.

CRISTINE: se esse assunto não te faz bem você não precisa me contar Apolo, você não tem obrigação de me contar sobre a sua vida.

APOLO: tenho sim Cristine, eu quero que me conheça e por favor apenas me ouça tá bom?

CRISTINE: tudo bem.

APOLO: obrigado, então após a tentativa de suicídio a minha mãe começou um tratamento com psicólogo e psiquiatra e tomar remédios contínuos porque adquiriu a síndrome do pânico.

CRISTINE: nossa Apolo que triste eu realmente sinto muito.

APOLO: a convivência com as crianças aqui será muito bom para ela e terão dias que ela não irá acordar bem mas se tomar as medicações no horário certo essas crises serão raras.

CRISTINE: eu imagino.

APOLO: Cristine eu sei que você não tem obrigação nenhuma com a minha mãe, mas a nossa cozinheira Edna fiscaliza os horários dos remédios dela e como ela não virá eu gostaria que me ajudasse a ficar de olho nela.

CRISTINE: claro que posso fazer isso Apolo, se iremos conviver isso não será problema pra mim.

APOLO: obrigado Cristine, o que a minha mãe precisa é apenas de amor, carinho e atenção entendeu eu amo demais a minha mãe e dou a minha vida por ela e sou capaz de matar também para defende-la?

CRISTINE: mas aqui ela terá, e principalmente com aqueles quatro alí e se você quiser trazer a sua cozinheira para trabalhar aqui fique a vontade tá.

APOLO: obrigado mas no momento não é necessário o meu sócio e amigo vai passar um tempo na minha casa e vai precisar dela.

CRISTINE: eu entendo, posso te fazer uma pergunta?

APOLO: claro que pode.

CRISTINE: e o seu irmão?

APOLO: o meu irmão mora em Lisboa já faz um tempinho e eu não sei se isso te incomoda, mas o Alonso é gay e tem um companheiro lá.

CRISTINE: não tenho porque me incomodar com isso, não sou uma pessoa preconceituosa pode ficar tranquilo enquanto à isso.

APOLO: obrigado pelo apoio Cristine.

CRISTINE: não tem que agradecer por isso, mas aproveitando que estamos aqui eu também tenho um assunto para tratar com você.

APOLO: pode falar.

CRISTINE: é sobre a Martina.

APOLO: o que aconteceu com a Martina?

CRISTINE: já tem uns dias que a Martina anda um pouco triste porque tem uma colega na escola que implica com ela pelo fato dela não ter pai.

APOLO: mas agora ela tem um pai e ninguém mais vai falar mal ou implicar com ela.

CRISTINE: calma Apolo não é pra tanto; eu só quero que você os leve para a escola amanhã claro que vou com vocês caso você não se sinta seguro eu prometi isso pra ela entendeu.

APOLO: eu terei que fazer isso com mais frequência então não vejo problema algum em levá-los para a escola.

CRISTINE: Apolo eu sei que esse nosso contrato parece um erro, um loucura mas eu faço tudo pelos meus filhos eu dou a minha vida por eles sabe.

APOLO: você não precisa se justificar para mim Cristine, não vou mentir pra você que realmente achei esse contrato um pouco inconsequente mas sei também que você fez unicamente pensando neles e isso me faz admira-la ainda mais.

CRISTINE: os meus filhos são um sonho realizado Apolo eu nunca quis ou pensei em me casar e viver como uma dondoca usando a herança do meu pai, o meu único desejo era ser mãe mesmo que pra isso eu tivesse que cria-los sozinha entendeu, por isso que optei pela inseminação.

Cristine fala isso e lágrimas escorrem pelos olhos e ela se levanta e anda de um lado para o outro e então ele se levanta e no impulso vai até ela e a abraça carinhosamente

falando.

APOLO: ei tá tudo bem não precisa mais me explicar nada, eu já entendi.

Ela também no impulso retribui o abraço e sentindo o cheiro do perfume dele fecha os olhos por alguns segundos.

CRISTINE: eu tenho medo dos meus filhos saírem magoados dessa história Apolo.

APOLO: eles não sairão magoados dessa história e eu te prometo isso, só peço que confie em mim tá bom.

Cristine apenas acena com a cabeça positivamente e voltam à se abraçar e quando caem em si interrompem o abraço e então Cristine fala.

CRISTINE: você ainda não assinou o nosso contrato Apolo.

APOLO: depois eu faço isso, agora vamos vê o que aquelas cinco crianças estão fazendo.

Ele fala isso se referindo à mãe que se tornará criança ao lado dos filhos de Cristine, ela intende e acaba sorrindo.

Os dois saem do escritório e indo para a sala Apolo coloca as mãos em sua cintura e fala baixinho em seu ouvido.

APOLO: você é uma mãe perfeita.

CRISTINE: obrigada.

Eles chegam e Sílvia e as crianças não estão e apenas a babá que recolhe os brinquedos espalhados pela sala e então Cristine pergunta.

CRISTINE: cadê os meus filhos Bruninha?

BRUNA: estão no quarto das meninas com a senhora Sílvia aí eu aproveitei e vim recolher os brinquedos espalhados.

APOLO: então eles estão em boas mãos.

CRISTINE: estão sim, Bruna eu preciso que me faça um favor; peça pra Naná chamar os outros funcionários da casa porque eu preciso fazer um comunicado importante.

BRUNA: tudo bem senhora, com licença.

A babá acena com a cabeça e se retira indo até a cozinha e em poucos minutos volta com os demais funcionários: seguranças, jardineiro, faxineiras, cozinheira e a babá e assim que ficam de frente para Cristine ela começa à falar e Apolo permanece ao seu lado.

CRISTINE: gente eu os chamei aqui porque tenho algo muito importante para comunicar à todos; como vocês sabem a minha mãe ficará fora do país por três anos e algumas coisas irão mudar por aqui.

FAXINEIRA 1: a senhora vai diminuir o número de funcionários?

CRISTINE: de maneira alguma Carmem, ninguém será demitido aqui; quero lhes apresentar Apolo Lopes e a partir de hoje ele será o senhor dessa casa assim como a mãe dele que irão conhecer também, tudo relacionado aos meus filhos também serão destinadas ao Apolo.

Os funcionários se olham meio que desconfiados e Cristine e Apolo também se olham pois entenderam perfeitamente o que eles querem dizer e então Cristine volta à falar.

CRISTINE: sei que vocês estão confusos mas antes que comecem os comentários eu vou explicar melhor para vocês; o Apolo é o pai dos meus filhos e as ordens que antes eram exclusivamente minhas agora serão dele também e eu não quero ouvir comentários ou perguntas relacionadas à esse assunto e apenas sigam as ordens de ambos assim como da mãe dele também em especial você Bruna que é a babá das crianças.

BRUNA: tudo bem senhora eu entendi perfeitamente.

CRISTINE: que bom, você quer falar alguma coisa Apolo?

APOLO: acho que tudo foi muito bem explicado por você Cristine mas eu quero que saibam que não precisam ficar receosos pois com um tempo todos irão me conhecer melhor e só espero que possamos conviver como amigos e não como patrão e empregados e antes que alguém pergunte ou questione eu sou médico veterinário e durante o horário da manhã ficarei fora pois tenho uma clínica veterinária.

NÁDIA: que bom saber disso senhor, eu tenho mesmo uma dúvida para tirar com o senhor sobre o meu gatinho.

APOLO: sem problemas, depois eu irei até a cozinha como está de avental acredito que é a cozinheira kkkkkkkk.

NÁDIA: sou sim senhor, e obrigada pela atenção.

APOLO: não é nada, depois você me explica o problema com o seu felino e vejamos se eu posso ajudar tá bom.

A cozinheira acena com a cabeça e Cristine libera todos os funcionários e vira ficando de frente para Apolo e pergunta.

CRISTINE: vamos até o quarto das crianças ver o que estão aprontando com a sua mãe?

APOLO: pelo silêncio é coisa boa kkkkkkkkk.

Os dois sobem as escadas indo direto para o quarto das meninas onde Sílvia está com todos e ao chegarem vêem uma linda cena, Sílvia sentada ao chão contando uma história para as crianças que estão paradinhas deitadas no tapete.

SÍLVIA: e a branca de neve mordeu a maçã envenenada....

MARTINA: e ela dormiu não foi vovó?

SÍLVIA: exatamente minha princesa ai a branca de neve...

.....

APOLO: não te falei que estavam bem.

CRISTINE: estão sim, ela será uma avó maravilhosa.

Apolo pega novamente na cintura de Cristine e juntos ficam parados na porta do quarto ouvindo e vendo aquela linda cena.

Continua...

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