ALICIA CLARKE
Já faz duas semanas que eu voltei para casa e estou a procura de um emprego na minha área, mas não estou a encontrar nada.
Eu estou no último ano da faculdade de contabilidade, estou a procurar um estágio que eu possa conciliar com a faculdade, pois é na forma de EAD só preciso ir à faculdade aos sábados a tarde o que me deixa livre para trabalhar durante a semana.
Mas infelizmente, não estou conseguindo encontrar nenhum emprego, todos requer que eu já tenha terminado o curso e tenha no mínimo de 3 a 5 anos de experiência, o que não é o meu caso no momento.
Estou jogada no sofá quando escuto a alguém bater na porta, alevanto-me e vou abrir dando de cara com Marta na minha porta, com um enorme sorriso no rosto.
Marta: Boa tarde! A minha querida amiga como foi a sua entrevista? Pela sua cara não foi muito boa não é mesmo?
Alicia: Não foi mesmo, falaram estarem a procura de alguém já formado com experiência de no mínimo 2 anos e você sabe bem que os meus últimos empregos não passavam nem perto da contabilidade de algo.
Marta: Bom, pois espero que a notícia que eu tenha para lhe dar vai-te animar um pouco.
Alicia: E que noticia é essa, se for uma boa proposta de emprego, por favor diga-me logo, pois as minhas economias estão a acabar, acredito que vou ter que trancar o curso, pois, se eu continuar a pagar não terei dinheiro para comprar o que comer, gastei muito dinheiro no Brasil com a minha estadia prolongada e o enterro dos meus pais.
Só de pensar que eles já não estão aqui comigo, e que eu nunca, mas vou vê-los bate-me um aperto no peito e os meus olhos enchem de lágrimas, ainda não superei a perda deles e acredito que nunca vou superar.
Marta: A minha amiga não fica assim, eu sei o que você esta sentindo é muito ruim perder os pais assim de uma hora para outra, eu também não me conformei com a perda dos meus pais, naquele acidente, eu tinha tão pouco tempo com eles, vem aqui.
Nos abraçamos e eu deixo as lágrimas caírem dos meus olhos, enquanto ela passa as mãos nas minhas costas me apoiando.
Marta e um ano mais nova do que eu até os seus oito anos vivia no orfanato Nossa Senhora, que é cuidado e dirigido por freiras, até que foi adotada pela família Silva, os nossos vizinhos desde quando a minha mãe e pai vieram morar aqui, desde então somos melhores amigas.
Os pais dela morreram num acidente de carro no dia do seu aniversário de 18 anos, isso já tem 4 anos, mas ela nunca conseguiu superar a perda e o fardo de ter sido a única até sobrevivido ao acidente, no carro tinha, mas uma pessoa a sua avó materna a única família que ela tinha além dos pais tinha indo com eles.
Passei meses tentando convencê-la de que ela não tinha culpa por sobreviver, agora eu entendo como ela se sentia a época, pois na noite do assassinato dos meus pais era para mim, estar com eles, mas eu neguei-me a ir queria que eles ficassem sozinhos aproveitando o aniversário de casamento deles.
Saio dos meus pensamentos com Marta limpando a garganta.
Marta: Bom, chega de choro, eu vim aqui para lhe dar uma boa notícia, caso você não tivesse passado na entrevista de emprego de hoje de manhã.
Alicia: E que noticia seria essa?
Marta: Bom, hoje eu devi que ir fazer um trabalho em dupla com uma colega da minha sala na casa dela, e quando nos estava lá fazendo o trabalho, chegou uma amiga dela e começamos a conversar e durante um tempo, conversa vai conversa vem, ela acabou falando que na empresa do tio dela estão com duas vagas de estágio em contabilidade para alunos que estão no último ano da faculdade.
Marta: e adivinha quem tem uma entrevista marcada para amanhã as oito horas da manhã?
Alicia: Não acredito que conseguiu uma entrevista para mim, que eu tenha 90% de chance de conseguir. Ai muito obrigada amiga.
Marta: Não precisa-me agradecer agora, você ainda nem sabe em qual empresa é.
Alicia: E em qual empresa é mesmo.
Marta: Nada, mas nada menos do que a empresa matriz do grupo PETRÓLEO SILVER.
Ela fala fazendo “suspense” e depois batendo as mãos na mesinha de centro como se fosse um tambor.
Alicia: Eu não acredito, que conseguiu uma entrevista de emprego para mim na segunda maior empresa de petróleo, perdendo apenas para as empresas do grupo Jorbes.
Marta: De algo teria que me servir conseguir uma bolsa de estudos para entrar naquela faculdade de riquinhos não é mesmo.
alevanto-me do sofá e a agarro-lhe agradecendo por conseguir uma entrevista para mim em um dos lugares sendo o melhor para quem está a começar na minha área, quando eu me formar vai ser muito importante ter o nome de uma empresa dessa, no meu currículo.
Ficamos até tarde conversando sobre a minha entrevista amanhã, algumas outras coisas que eu preciso comprar e que ela está a precisar, para o salão que ela herdou da mãe, sendo sua única rentabilidade no momento, pois ela está a cursar administração, e não tem tempo de conseguir outro emprego, por que quando ela não está na faculdade, está no salão.
Acordo às 5h com o meu celular tocando, alevanto-me vou para o banheiro me faço minha higiene pessoal tomo um banho volto para o meu quarto, faço uma maquiagem leve e visto um terninho, desço vou até à cozinha coloco um pão na torradeira e faço um suco, tomo e saio, pois já são 6:25 e tenho que pegar 2 ónibus e 1 metro para chegar até a empresa, no momento não posso-me dar o luxo de estar a andar de táxi ainda, mas para um lugar tão longe.
Chego na frente do grande e imponente edifício, todo de vidro espelhado, na frente um pequeno jardim de fazer inveja e uma entrada de tirar o fôlego, pego o meu celular já são 7:50 quase em cima da hora, entro vou direto para a recepção e uma mulher pela casa dos 35 anos direciona-me para o lugar da entrevista.
Vai ser no 28° andar, entro no elevador e aperto o botão, quando para que as portas se abre e vejo o exato momento em que uma mulher se aproxima de onde tem umas garotas sentadas e chama o meu nome.
Secretaria: Senhorita Alicia Clarke?
Alicia: Sou eu.
Secretaria: acompanhe-me por favor!
Eu sigo ela até uma sala, ela bate na porta falando para entrar eu sigo-a, ela apresenta-me e sai logo em seguida.
Fica só eu e o senhor que vai fazer a minha entrevista pede que eu me sente e começa a entrevistar-me, estava a ir tudo bem até que ele começa a fazer umas perguntas estranhas e pessoal de mas.
Até que eu o vejo se levantar e começa a andar ao redor da mesa passa por mim e se senta no sofá e pede que eu me alevante e fique de frente para ele, alevanto-me e faço o que ele pediu então ele fala.
Homem: Você tem muito ´potencial e um bom currículo, e tem um corpo que não é nada mal, mas esta saia sua saia estou achando ela muito comprida não é mesmo.
Ele olha-me com um olhar que me assusta e a ideia de esta sofrendo um assedia durante uma entrevista de emprego apavora-me, principalmente por eu estou prescisando muito de trabalho.
Vejo o se alevantar e vir até mim e quando saio dos meus pensamentos dou um passo para trás e falo.
Alicia: Não vejo nada de errado com o tamanho da minha saia.
Homem: Hora menina não seja assim, vamos alevante um pouco a sua saia, eu quero ter uma visão melhor dessas suas lindas pernas.
Ele chega, mas perto de mim como se fosse um predador e eu fosse a presa, tendo dar, mas um passo para trás, mas infelizmente esbarro na cadeira ficando sem saída.
Alicia: Mas é claro que eu não vou arribar a minha saia coisa nenhuma, saia da minha frente que eu vou sair daqui agora mesmo.
Quando eu tento passar por ele, ele entra na minha frente me agarrando, tenta-me beijar e o medo se apossa de mim olho para a porta, mas percebo ser daquelas revestidas que não se entra e nem sai, nem mesmo um ruído e desconfio que as paredes sejam iguais.
Sinto um medo crescer dentro de mim ao lembrar que a sala fica no final de um corredor, tento gritar por ajuda, mas não tenho muito sucesso, ate que consigo dar uma joelhada nele e ele solta-me por tempo suficiente para pegar a minha bolsa e sair a correr porta afora, corro como nunca corri na minha vida passo pela pequena sala onde as outras candidatas e a secretaria estavam a correr até o elevador, elas olham-me como se eu fosse uma louca.
Entro no elevado e vou direto para o terrio, as portas se abrem e caminho as pressas para a saída, quando chego do lado de fora sinto como se um peso tivesse saído das minhas costas, solto o ar que só agora percebi que estava a segurar, sinto as lágrimas corre pelo meu rosto.
Vou até a esquina chamo um táxi, entro dou o endereço da minha casa e vou o caminho todinho chorando, estou em choque por que nunca na minha vida tinha passado por isso, consigo ver o motorista me olhando pelo espelho que tem dentro do carro mas não fala nada, e foi assim o caminho inteiro até chegar na minha casa.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Cida Pereira
que cara cachorro
2025-02-05
0
magaleantunes
não é bem assim só leiam
quem escreve deve escrever corretamente no mínimo uma ou outra palavra errada
2024-07-20
4
Maria Cristina Santos
GENTE deixe a autora em paz e leiam!
2023-12-07
2