Enfim, hora de pegar a estrada. Gustavo nunca esteve tão nervoso na direção quanto hoje. Talvez seja o fato de não dirigir para lugares distantes a tanto tempo ou pela compania no banco do carona. Denise estava com um vestido muito sensual... Quando ela sentou em seu banco o vestido subiu um pouco deixando parte das suas pernas a mostra, isso foi o suficiente para deixá-lo ainda mais perturbado. Denise seguia a viagem bem alegre, conversava bastante e nada era monótono tendo ela ao lado, fazia com que tudo parecesse maravilhoso.
_ Olha, já estou com a barriga roncando Gustavo. _ falava Denise alisando a sua barriga e rindo com o próprio comentário. _ Que tal pararmos para comer algo? Será que daria tempo?
Ele ria, nunca pensara numa Denise tão espontânea assim. Sabia que em algum ponto da estrada havia um pequeno restaurante num posto de combustível e era lá que ele pararia, não queria que Denise morresse de fome nesta viagem.
_Já percorremos um bom pedaço, acho que se comermos rápido não seremos pegos pela chuva no caminho. Tem um posto de combustível mais a frente, o que acha de comermos lá e depois seguirmos? _ falou Gustavo.
Denise se sentia muito feliz. Gustavo estava se saindo uma ótima compania nesta viagem. A estrada era linda, isso ajudava bastante. Já haviam dirigido um bom pedaço, deveriam estar no meio do caminho. A chuva estava próxima, mas Denise acreditava que daria tempo de chegarem em casa antes da chuva os pegar.
_ Sim. Aceito. Almoçaremos bem rapidinho e voltaremos para a estrada. Gustavo... Só queria dizer que estou gostando muito desse passeio.... _ falou Denise antes de se virar para a janela e continuar a admirar a paisagem.
Gustavo permaneceu calado. Preferia curtir a viagem sem expor o que sentia, tinha medo de estragar tudo o que estava vivendo naquele dia com Denise. Estava tão bacana que não queria estragar esse momento deixando ela constrangida com algo que ele pudesse falar.
No posto de combustível Gustavo abasteceu o carro e seguiu em direção ao restaurante com Denise. Pediram o prato do dia, essa era a melhor opção porque eram pratos que saiam toda hora e com certeza a comida seria fresca.
_ Não é muito boa a comida, mas pelo menos não ficaremos com fome _ Gustavo falava enquanto comia.
_ Está ótimo, Gustavo. _ Denise falava enquanto experimentava as almôndegas. _ Até que não está tão ruim assim. _ riu após falar isso.
Gustavo largou o seu garfo e recostou em sua cadeira, ficou alguns minutos admirando Denise. Que mulher incrível! ... Tão pouco para ela era tão especial... Neste momento, Denise percebe que Gustavo não está comendo e comenta enquanto mastiga a sua macarronada.
_ Não vai comer não, é? Quer que eu te ensine como comer esse macarrão? _ falava a rir.
Gustavo percebeu o que estava fazendo quando ouviu o comentário de Denise. Rapidamente voltou a comer. Os dois riam tanto que esqueceram da chuva que estava por vir. De repente Gustavo ouve um trovão bem próximo e leva um susto.
_ Minha nossa! Acho que esquecemos da chuva... vamos. Acredito que ainda dê tempo de irmos. _falava Gustavo enquanto se levantava para retornar a estrada. _ Vamos Denise.
Gustavo pegou Denise pelas mãos e correu para o carro. Colocou-a em seu banco,fechou a porta e tomou o banco do motorista.
_ Será que dará tempo de chegarmos antes da chuva,Gustavo? _ perguntava Denise.
_ Acredito que sim. Vamos tentar... Se a chuva apertar muito, procuraremos algum local para dormirmos. Tudo bem? _ Gustavo nem percebeu o que acabara de falar, ligou o seu carro e saiu em disparada pela estrada.
Denise se sentia nervosa com aquela situação. Gustavo deu a ideia de dormirem em algum local caso a chuva apertasse,mas ela não estava preparada para isso... E se o hotel não tivesse dois quartos disponíveis? E se não tivesse vagas? Ela não estava preparada para dividir uma cama com um homem... Sua respiração ficou ofegante, começou imaginar algumas situações que não convém descrever aqui no momento, mas digamos que os seus pensamentos estavam tão impuros quanto aos que Gustavo tem tido diariamente após ter conhecido Denise.
A chuva chegou e com ela muitos trovões e relâmpagos. Denise tem pavor de trovões, toda a vez que ouvia o estrondo de algum ela tremia e se encolhia no cantinho do carro. Gustavo percebendo isso tentou acalmá-la:
_ São apenas trovões, Denise. Não vai acontecer nada com você, eu estou aqui esqueceu? _ falava enquanto tirava uma das mãos do volante e fazia carinho em seus cabelos.
A noite estava começando a cair e a chuva não dava trégua. Estava cada vez mais impossível de dirigir e ainda faltava um bom pedaço para chegarem a casa de campo... Até o momento Gustavo não avistou nenhum hotel de beira de estrada que pudessem passar a noite. Os trovões estavam mais espaçados, mas ainda insistiam em assustar Denise.
_ Denise. _ começou a falar Gustavo. _ A noite está caindo rápido demais, está complicado dirigir com essa chuva que não para. Estou vendo se vejo algum hotel, mas até agora não apareceu nenhum. Estou pensando em encostar o carro até a chuva passar. Não quero que nos aconteça nenhum acidente devido à falta de visibilidade. O que acha?
Ela sabia que não podia insistir para continuarem, a estrada estava muito perigosa. Preferia parar o carro num lugar seguro e esperar até que a chuva passasse, esse era o correto a ser feito.
_ Sim, concordo _ respondeu Denise ainda encolhida no canto do carro. _ Vamos devagar olhando no acostamento para ver se encontramos algum local mais seguro para encostamos.
Os dois foram lentamente seguindo o acostamento em busca de um local seguro para sair da estrada. Uns 500 metros a frente encontrou um desvio que os levaria a um descampado, ali seria um bom local para aguardarem em segurança.
_ Aqui será um bom local. _ constatou Gustavo.
_ Sim. Vamos ficar aqui aguardando, daqui a pouco a chuva cessará e poderemos continuar a viagem. _ concorda Denise.
Quando Gustavo parou o carro olhou para Denise que tremia de frio. Ele lembrou ter um casaco na mala que estava no banco de trás. Pulou o encosto do banco , pegou a mala e encontrou o casaco.
_ Denise. _ chamou Gustavo entregando o casaco a Denise que se mantinha no banco da frente. _ Tome. vai te aquecer. Enquanto espero a chuva passar, vou me esticar um pouco aqui no banco de trás, tudo bem?
Denise pegou o casaco, estava mesmo com frio,mas sua mala estava no porta malas do carro e não conseguiria ter acesso a ele enquanto chuva não desse trégua.
Gustavo afrouxou o seu cinto, desabotoou as mangas da camisa e esticou as pernas no banco. Estava de olhos fechados tirando um cochilo quando ouviu um trovão bem próximo. Nesse momento ele sentiu um peso sobre si, Denise se assustou com o barulho e pulou de uma vez só para o banco onde Gustavo estava. Com muita rapidez, o abraçou bem forte deixando Gustavo sem saber o que fazer...
_ Desculpe. Tenho medo de trovão desde menina... _ falava Denise enquanto apertava Gustavo cada vez mais forte.
Gustavo tentava mudar o rumo de seus pensamentos, tentando se segurar. Putz!! Aquela noite seria longa demais para ele.... A quanto tempo não ficava com uma mulher e agora, ali, estava a mulher que ele queria estar agarrada a ele ... E ele não podia fazer nada.
_ Tudo bem. _ Falava Gustavo com a voz calma tentando passar segurança para ela. _ Posso te abraçar? _ perguntava com medo dela o interpretar de maneira errada.
Denise assentiu com a cabeça respondendo ao mesmo tempo tamanho era seu nervoso com os barulhos lá fora.
_ Sim. Me abraça forte,por favor. Estou com muito medo.
Gustavo a abraçou fortemente. Não a largaria por nada nesse mundo... tomou mais coragem e enquanto a abraçava forte beijava seus cabelos. Não queria assusta-la,mas não conseguiria deixar passar a oportunidade de tê-la tão próximo dele a noite toda...teria que senti-la, nem que fosse apenas o cheiro...a pele...
_ A chuva parece que não irá embora agora. Teremos que dormir aqui. _ falava Gustavo.
Denise nem ameaçava se levantar de cima do seu corpo. Estava se sentindo segura ali. Ele a aquecia com seu calor, a protegia do trovão e da chuva... Ali era seu lugar.
_ Espero que não se importe se eu dormir aqui mesmo onde estou. Não tem espaço mesmo ,estou com frio... e... estou segura aqui com você. _ admitiu Denise enquanto olhava nos olhos de Gustavo.
Ele não conseguia respirar,não pelo peso de Denise, mas por ela estar em cima dele completamente encaixada em seu corpo... Se ele se mexesse somente um pouco não teria outra alternativa a não ser tocá-la da maneira mais profunda que um homem pode tocar numa mulher. Meu Deus! Como fugir de uma tentação dessas? Esses olhos tão frágeis me olhando... Não posso cair. Tenho que me manter firme. Não sou um caçador de presas fáceis, Denise está com medo... Não poderia aproveitar-me dela assim. Seria extremamente mau-caráter se fizesse isso.
_Tudo bem, não me incomoda. Está frio mesmo... Pode ficar aqui. _ permite Gustavo enquanto faz carinho em seu rosto.
Vamos dormir... já já a chuva passa .
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Atualizado até capítulo 63
Comments
Andréa Debossan
Eu tbm não entendi, eles vão ter que chegar e voltar? pra que ir tão longe pra passar um final de semana? vão passar o tempo td dentro do carro
2025-04-04
1
Sonhadora
Eu não entendi que passeio de final de semana é esse que leva um dia pra chegar e outro pra voltar e acabou o final de semana 🤦🏻♀️🤣🤣🤣🤣🤣
2024-12-31
4
Isabel Esteves Lima
Que tentação hein Gustavo. kkkkkk
2024-09-21
1