Capítulo 3

Lily Jansen

— Volte aqui sua maldita ratinha.

Um dos donos gritava da porta de um enorme restaurante no centro de Roma, pelos becos e ruas era possível ver voando aos ventos os cabelos loiros e desalinhados de Lily.

— Alguém tem que fazer algo quanto essa ladra desgraçada, me dê o telefone.

O velho ganancioso e avarento disse a um de seus funcionários.

— Alô Túlio? pode me dizer o porquê de eu estar te pagando para proteção dos meus comércios se não é capaz de dar fim em uma única morta de fome?

Ele gritou furioso.

— Não quero saber o que terá que fazer, Mais quero aquela infeliz longe do que me pertence, a venda a algum puteiro, pelo menos receberei pelo que ela me roubou .

Do outro lado da linha um dos milicianos corruptos que trabalhavam para os magnatas Multimilionários de Roma, um esquema antigo que envolvia líderes de facções criminosas e gangues dos bairros mais pobres da Itália.

— Cuide disso ainda hoje seu maldito imprestável.

Falou com frieza desligando em seguida.

Em um deposito abandonado não muito longe dali, Lily tinha estampado em seu rosto um enorme sorriso, em suas mãos um saco de linhagem repleto de frutas, croissant, petiscos e doces.

— Não vai acreditar no que eu consegui para gente?

Disse ao cãozinho que dormia próximo a fogueira acessa por ela, o animal se levantou, abanava o rabo enquanto pulava encima de Lily que gargalhava como criança, a muito tempo "Estopa" como o chamava era sua única companhia, dormia abraçada a ele que esquentava suas noites frias, dividiu com ele a comida que trouxe já que faziam dóis dias que não comiam nada, quando pegou no sono estopa zelou por seu corpo, já era quase noite quando um estrondo enorme ecoou pelo enorme galpão, Lily acordou assustada, o cão latia alto e antes que se desse conta estava cercada por homens que seguravam armas e cacetes em suas mãos.

— Hora, Hora, achamos nossa ratinha.

Um deles disse se inclinando até ela.

— Ou devo dizer gatinha? é uma linda maltrapilha não é mesmo rapazes?

Disse Túlio passando as mãos pelas pernas desnudas de Lily, o cão latia alto e rosnava para os homens.

— Dêem um jeito nesse vira latas pulguento.

Ele murmurou a um dos seus subordinados que apontou contra o cão e atirou, Lily gritava enquanto esmurrava a parede de musculos diante dela que sequer se moveu do lugar.

— Olhem só, ela é arisca.

Ele ria.

— Seria um prazer adestra-la coisa linda mais meus planos para você são outros.

Disse acariciando o rosto assustado de Lily com os nos dos dedos.

— Tragam ela.

Se pós de pé, Lily esperneava ao chão, lutava tentando se soltar dos brutamontes que a arrastavam como a um animal, os olhos da jovem observava com tristeza o amigo que lhe defendia ferido mortalmente no chão.

— Me soltem seus covardes, me deixem salva-lo.

Ela Gritava, Implorava pela vida de Estopa.

— O que vão fazer?

Socorro.

— Apaguem ela, essa maldita escandalosa irá acordar o bairro inteiro.

Túlio murmurou, um de seus comparsas a acertou com força no rosto, Lily desacordada foi levada ao carro, as mãos de Túlio acariciavam o corpo de Lily sobre a roupa velha e gasta, pelo retrovisor um dos homens sorria ao observar a cena.

— Uma pena nossas ordens serem outras não acham? poderíamos nos divertir muito com essa gracinha.

Os risos eram estridentes ,quando o carro parou diante de um lugar chamado "O Harém" um dos mais bem movimentados bordéis de Roma, Túlio Caminhou com Lily em seu colo até o interior do lugar, Um dos seguranças andou até ele.

— Quero falar com o dono!

Túlio disse, recebendo um aceno em retribuição.

— Me siga por favor, vou avisá-lo que esta aqui.

Caminhou sendo seguido pelo canalha que sem nenhum remorso levava Lily para o que acreditava ser um castigo justo por roubar um pouco de comida, Túlio se sentou com a moça em seu colo, quando pela porta entrou Zayan Leblanc ele tremeu diante dele, Zayan não tinha nenhuma expressão, olhou friamente para Lily e depois para Túlio.

— Por que está aqui?

Perguntou alto enquanto caminhava em direção a sua poltrona.

— Não fazermos caridades nesse lugar, isso é um bordel não um albergue para mendigos.

Acendia um charuto sem sequer olha-los.

— Olhe bem para ela senhor, é uma moça jovem e muito bonita, tem um corpo voluptuoso e atraente, pode lhe render muito dinheiro.

Falou como se estivesse oferecendo a Zayan um pedaço de carne.

— E por qual motivo deveria aceitar a mercadoria? sabe que esse é um dos poucos negócio lícitos que tenho em Roma, porque colocaria isso em risco por uma simples garota?

O confrontou.

—Não terá problemas, trabalho para polícia e posso garantir que ninguém vai procurar por ela.

Os olhos de Zayan encararam Lily por alguns segundos, com uma de suas mãos fez sinal para o segurança que aguardava suas ordens.

__ Leve a moça para um dos quartos, consiga roupas limpas e comida, verei o que farei com ela depois.

O homem caminhou até Túlio tomando Lily de seus braços, a jogou sobre os ombros e saiu da sala.

— E então quanto irão me pagar por ela?

Túlio perguntou receoso, o olhar de Zayan queimou sobre ele.

— Não vai receber nenhum centavo do meu dinheiro, queria deixar a moça, pois bem, aceitei sua oferta, mais considerarei como um presente.

Riu.

— Isso não seria justo não é mesmo?

Túlio se levantou aos gritos, Zayan fez o mesmo socando forte a mesa, fazendo que o covarde se encolhesse.

— Aqui nesse lugar eu e meu irmão somos reis, o alfa e omega de tudo, sobe nosso domínio nós decidimos o que é justo ou não, agora dê o fora antes que eu o tire daqui morto.

Riu como louco, Túlio saiu dali tropeçando nos próprios pés, sabia a fama que carregava os irmãos Leblanc e que provavelmente não sairia dali vivo se insistisse, quando chegou trêmulo ao carro um dos comparsas o olhou curioso.

— E então? conseguiu por ela o valor que o chefe queria?

Túlio o encarou com ódio.

— Aquele maldito cafetão não me deu nenhum centavo sequer, terei que pagar por ela do meu bolso.

Os homens ao redor dele riram.

— Riam desgraçados, pagarei por aquela desgraçada mais a pegarei de volta, não costumo gastar em algo que não vou apreciar.

Saiu dali jurando voltar para pagar de volta o que julgava agora ser propriedade dele.

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Comments

Elenilda Ferreira

Elenilda Ferreira

Muitos homens acreditam que as mulheres são propriedades deles nem parecem que vivem no século 21.

2024-04-30

5

Cleise Moura

Cleise Moura

O Túlio se ferrou foi procurar logo os Leblanc kk otariano bem feito 😌

2024-04-22

0

Joelma Portela

Joelma Portela

kkk(kkkkkkkkkkk o Túlio queria da uma de esperto e se 🤬🤬🤬🤬🤬kkkkkk

2024-04-15

5

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