Capítulo 5- Não acredito!

Luana – Kkkk nunca se sabe. A minha mãe disse que logo estariam de volta. Falei com o Breno ontem no FaceTime e ele não comentou nada, o Caio tinha aula e não pode me atender.

Duda – Voces se falam sempre?

Luana – Quase todos os dias. Eu sinto muita falta dos dois.

Duda – Eu acho bonitinho a união de vocês. Queria ter irmãos também. Devo ter, mas não conheço, não sei nem por onde anda meu genitor.

Luana – Kkkkk jeito engraçado de se referir ao seu pai.

Duda – Meu pai tá lá na cozinha, ela é minha mãe e meu pai, o Jorge só me fez mesmo.

Luana – Bonitinho mesmo é esse amor de vocês duas. A tia é tão guerreira.

Duda – Ela é a minha vida.

As duas ficam um bom tempo conversando, falam de namoro, família, inimizades, amor, de tudo um pouco, até o almoço ser servido. Luana adora ir pra casa de Duda, lá é muito simples, nem se parece com o condomínio onde mora, mas é um lugar muito acolhedor e cheio de amor, a simplicidade só dá um toque final.

Lúcia – Vem comer meninas, tá pronto.

Duda – Aiiiii finalmente, tô varada de fome.

Luana – Eu também, sente esse cheirinho gostoso.

Elas almoçam aos risos, lembrando de histórias de quando se conheceram, falando dos planos para o futuro entre outras coisas. Já está ficando tarde e Felipe passa pra pegar Luana.

Felipe – Boa noite Lucia! Vim buscar minha cria.

Lucia – Boa noite seu Felipe! Tá lá dentro mais a Duda conversando com as gêmeas.

Felipe – De novo? Ainda bem que essas meninas já voltam semana que vem.

Lucia – Nem me fala, a Duda é o dia e a noite no telefone com elas, rindo de tudo.

Felipe – A Luana também. Não sei que tanto assunto é esse.

Lucia – Pois então. E como tá as crianças? A Allina?

Felipe – Estão fogo na roupa, o Diogo é atentado daquele tanto, passa o dia aprontando com a Júlia. Hoje mesmo a Allina taça colocando ele de castigo. Quebrou a vidraça do meu vizinho com a bola de tênis. A Júlia apronta junto e esconde.

Lucia – Gente kkkk.

Felipe – Tenho idade pra isso mais não kkkk, meus meninos eram tão comportadinho, a mais espevitada era a Luana, agora a Júlia da de dez a zero nela.

Lucia – Tá bom de ter mais um kkkk.

Felipe – Fala isso não mulher. A Allina e eu queremos só os netos agora.

Felipe e Lucia batem o maior papo enquanto espera Luana pra ir embora. Ela se aproxima abraçando o pai e depois se despede de Lucia e Duda.

Luana – Paizinho, já?

Felipe – Tem meia hora só que tô aqui te esperando.

Duda – Oi tio!

Felipe – Oi minha linda, como vão as coisas?

Duda – Tudo ótimo.

Felipe – Vim buscar essa doninha enrolada.

Lucia – Tá passando da hora de tirar a habilitação né minha filha?

Luana – Aí tia, eu até tento, já reprovei quatro vezes.

Felipe – É um desastre no volante Lucia.

Luana – Paiiiiiii.

Felipe – Kkkk tô brincando. Ela é muito insegura ainda.

Duda – Comigo, ela anda de boa tio. Não entendo esse medo todo na hora da prova.

Felipe – Pois é, lá no condomínio ela anda tranquilinha também.

Luana – Aí gente, eu sei dirigir, o detran é que não sabe me avaliar.

Felipe – Kkkk sei.

Duda – Dessa próxima vai dar certo.

Luana – Tomara viu, já tô ficando traumatizada.

Felipe – Ela chega na porta do Detran e já começa a chorar e tremer. É fora do normal.

Lucia – Tem que ter tranquilidade minha filha.

Felipe – Luana é muito afoita, sempre foi.

Luana – Vamos pra casa meu velho, só o assunto já tá me fazendo suar.

Felipe – Kkkk vamos. Quer conduzir?

Luana – Nem a pal, me deixa quietinha.

Duda – Kkkkkk. Tchau amiga, até amanhã.

Elas se abraçam se despedindo e Luana vai pra casa com Felipe.

Felipe – Tá com fome meu amor?

Luana – Não mesmo papai, eu comi pra valer ba casa da Duda.

Felipe – Vocês bem que poderiam estagiar lá na empresa. Tão atoa mesmo.

Luana – Mesmo paizinho?

Felipe – Sua mãe e eu estávamos conversando sobre isso. Melhor jeito de vocês aprenderem é na prática. E é seu patrimônio né meu amor?! Logo, o Breno também assumirá o posto e tomará frente nos negócios. Eu tô cansado já, seu avô tá muito velhinho, a Clarissa só quer viajar, comprou a Fluxo e me largou com o pepino todo pra tomar conta, minha esperança é você cuidar dos nossos negócios, o Caio nunca quis, Diogo é muito novo, e pelo visto não vai pender pra esse lado.

Luana – Se puder papai, eu quero. Mas só aceito com um bom salário kkkkk.

Felipe – Hum, vou pensar no seu caso. Até porque você é a futura dona, não precisa de salário.

Luana – Aaaaaaaaaaa papai.

Felipe – Depois falamos disso. Posso contar com vocês?

Luana – Podeeeee, claro. A Duda vai ficar doidinha. Trabalhar, ganhar o dinheirinho dela,ajudar a risco-me as contas, vai ser tudo de bom.

Felipe – Então, vou deixar ora você falar com ela.

Luana entra em sua casa toda empolgada com a conversa que teve com Felipe. Ela sobe as escadas correndo atrás de Allina pra contar as novidades para a mãe e nem percebe a visita.

Luana – Mãe, mãe, onde você tá?

Allina – Tô aqui luluca, no quarto da Júlia.

Luana – Oi Juju! Aprontou muitas hoje?

Júlia – Maninha você acredita que o Diogo cortou meu cabelo? Olha só como ficou. A mamãe vai me levar amanhã no salão pro moço arrumar.

Luana corre o olhar no cabelo de Júlia , um lado cortado e outro curtinho.

Julia – 7 anos. Cabelo cortado

Allina – Um segundo de distração Luana, olha só o que o Diogo fez.

Luana – Meu Deus kkkkk, até que ficou bonitinho.

Allina – Bonitinho Luana? Tá com um lado cumprido e o outro quase que um Chanel.

Júlia – Kkkk eu gostei.

Allina – JULIAAAA! Tá tudo torto, e ela rindo de babar. Esses dois vão me deixar maluquinha.

Luana – Kkkkkk, e cadê ele?

Allina – Ta lá embaixo. Você não viu quem tá aqui?

Luana – Eu entrei correndo pra te contar que vou trabalhar com o papai. Quem tá aqui mãe?

Allina – Deixa só eu dar um jeito nesse cabelo aqui que a gente desce ora você vê. Me ajuda aqui, firma o pente que vou passar a tesoura.

Luana fica rindo das traquinagens de seus irmãos. Allina precisou cortar o cabelo de Júlia pra não ficar tão desigual, pelo menos até levá-la no salão pra cortar direitinho. Elas vão descendo as escadas e Luana leva o maior susto quando percebe quem está na sua casa. A euforia é tanta que ela desce as escadas correndo aos berros.

Luana – EU NÃO ACREDITOOOOOOOOO.

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