Há quatro anos, ouve umas pragas atacando alguns vinhedos nessa região, era chamado de mofo cinzento, depois foi ferrugem e assim as vinhas foram ficando prejudicadas, e os proprietários foram ficando sem dinheiro para cultivar e recuperar os vinhedos. Eu sou um grande exportador de vinhos, queijo e frios. E também comecei a ficar prejudicado. Meu pai é meu sócio e se ofereceu a ajudar os produtores de uva. Ele fez grandes empréstimos a esses produtores com o prazo de dois anos para começarem a pagar, só que alguns não se preocuparam nem com os juros e deixaram a dívida acumular, foi o caso do Sr. Roberto pai da Serena. Ele não pagou nenhum centavo, tentamos negociar de várias formas então comecei a observar seu vinhedo, sua produção de queijos, e vi que são de ótima qualidade, as uvas colhidas na sua propriedade é a melhor de todo país, é excepcional. E o queijo de excelente qualidade. O que falta na fazenda dele é gerenciamento e um pouco de ambição. Eles são muito simples, a única que realmente tem aptidão para o comércio é a Serena que tem muita garra e determinação.
Quando vi o meu maior concorrente se aproximar de Serena e querer me passar a perna, tive que agir rápido. Célio é uma raposa velha, ele viu o que eu já tinha visto a tempos porém passou a frente. E o pior de tudo é que vi Serena se derretendo por ele. Não tenho sangue de barata, sou muito esquentado não é atoa que estou onde estou.
Desde o primeiro dia em que vi aquela moça com sorriso largo carregado cestos de uva, minha cabeça não teve mais sossego, não precisei meia hora para saber que eu estava mexido.
Ela carregava na cintura uma grande quantidade de uvas, seu cabelo preso em meio a um lenço, sua pele alva com as bochechas rosadas do frio, seu sorriso iluminava a todos a sua volta. Ela nem percebeu minha presença, como sempre ela nunca me nota. Isso me deixa louco, tenho vontade de beijar seus lábios até sangrarem e ela pedir mais. Porém se eu for esperar isso eu morro seco.
Ela me odeia com tanta força que sinto a distância. E ainda por cima o mimado do meu primo Victor foi violentar sua melhor amiga. Agora está todo quebrado respondendo um processo por estupro e violência contra a mulher. Serena age como se fosse eu quem tivesse cometido essa atrocidade.
Eu quero provar para ela que sou uma pessoa honesta, que jamais consenti com tal atrocidade. Eu só falei do irmão dela no hospital porque tive medo do meu primo morrer, ele estava todo quebrado.
Depois quando vi o estado em que ele deixou aquela garota eu mesmo tive vontade de matá-lo.
Levanto cedo e vou para fazenda de Serena, ela já está na colheita. A observo de longe, ela está tão entretida que não percebe que cheguei. Os pensamentos dela vagueiam, seu olhar está distante. Sou chamado dos meus delírios por Caio que me traz os livros dos movimentos financeiros. Estou me inteirando dos movimentos da fazenda.
Caio tem demonstrado muito competente com as finanças, porém eles não usam todo potencial da propriedade, vou levá-la a dobrar a receita em pouco tempo. Passo a manhã toda conversando com Caio e Ita. Acho que teremos um bom avanço no próximo semestre.
Vejo Serena com os trabalhadores, ela tem uma certa intimidade com todos, e o que parece é que ela é o xodó deles.
Tem um dos colhedores que está me perturbando, ele está sempre perto dela e tenta puxar assunto, sinto um incômodo quando o vejo.
Tenho que me controlar, ou faço besteira.
Vejo ela saindo toda arrumada, fico louco de pensar que ela possa estar indo encontrar alguém. Pego meu carro e vou atrás. Fico de longe observando ela entrar em um bar.
Fico puto ao ver quem a espera, Célio todo na beca, não parece um encontro de negócios. Estão conversando intimamente e de repente vejo ele pegando em sua mão. É agora que eu mato ele!
Não acredito que ela está se deixando envolver por esse cretino.
Se ele tentar mais alguma coisa além dessa mão boba eu entro lá no bar e quebro a cara dele.
Eles conversam por muito tempo, até aí normal. Quando penso que minha tortura está no final ela morde o lábio inferior e segura, solta devagar e passa a língua nos lábios.
O que ela pensa que está fazendo?
Saio do carro e Entro de supetão no bar. Peço um whisky duplo sem gelo. Ela finge que foi um vento entrando, nem olha em minha direção. Meu sangue está fervendo.
Me aproximo do casal.
_ Boa noite Célio! Ainda por aqui?
_ Sim! Estou fazendo negócios na região, devo ficar uns dias ainda.
_ E você, Serena? Não está tarde? Amanhã tem colheita.
_ Eu sei das minhas obrigações, e sei a hora que tenho que relaxar.
Ela fala e pega na mão do pato rouco, e ainda por cima pisca pra ele.
Agora eu já não estou agindo por mim. Se ela não parar vou tirá-la daqui a força.
Sento a mesa com eles sem ser convidado, não vou deixá-los sozinhos.
_ Você ainda tem o escritório na capital?
Falo para tirar o fico do namoro.
_ Sim! E estou abrindo um nos EUA.
_ Que bom! Eu tenho meu escritório nos EUA e em Portugal. O da capital e agora um aqui.
Ele solta a mão dela e se aconchega na cadeira. Puxo bastante assunto com ele e vejo que ela já está cansada.
_ Célio, eu preciso ir! Te ligo depois.
Ela levanta e ele também. Ele segura a mão dela e a olha dentro dos olhos.
_ Foi muito bom conversar com você essa noite! Podemos marcar um outro dia?
_ Eu também gostei muito,eu te ligo e a gente combina.
Eu nem sabia que ela sabia ser manhosa, está parecendo uma gelatina, o pior ainda está por vir, ele beija o canto dos seus lábios.
Eu tenho vontade de jogá-lo de um penhasco.
Seguro ele mais um pouco na conversa, para dar tempo dela ir embora e ele não ir atrás dela. Essa noite eu não durmo, estou ficando insano com essa marrenta. Ela nem queira saber o que quero fazer com ela.
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Atualizado até capítulo 96
Comments
Sandra Maria de Oliveira Costa
estou gostando muito só espero não ter maldades rs o mundo já tem demais 🥺
2024-10-02
2
Rosalina Elci Vieira ;;;;; ros
Estou adorando esse livro ! pelo jeito vai ser muito bom ! parabéns
2024-07-19
3
Dora Silva
kkkkkkkkkkk
2024-06-18
4