Capítulo 14

Sofia olha pra ele sem conseguir responder nada, Marco desce o polegar da mão que estava no rosto dela e passa sobre os seus lábios.

— Marco: Eu ainda não a tive em meus braços, mesmo assim você não sai da minha cabeça, me explica qual o segredo, que tipo de feitiçaria é essa?

Sofia ouve mas ainda não consegue responder, ela sente seu coração acelerado e borboletas no estômago, é como se o tempo estivesse parado por alguns segundos, ela cai em si e se afasta empurrando ele.

— Marco: Me perdoe Sofia eu não queria ter feito aquilo, eu não sou um homem tão mal e não sei o que você tá fazendo comigo.

— Sofia: Quero a chave do quarto de hóspedes.

— Marco: NÃO! Você vai dormir no quarto comigo, eu não vou tocar em você se não quiser nada comigo.

— Sofia: Eu não vou dormir no mesmo quarto que você, eu não confio em você. Você hoje de manhã foi um monstro que age com raiva e me agride, agora está todo bonzinho querendo bancar uma de marido bom, eu não vou cair nessa. A gente não tem nada, não vou ficar arriscando a minha vida ao seu lado, quando por causa de uma simples roupa você pode me agredir ou até me matar a qualquer momento. Eu amo a vida e não quero morrer tão cedo, então NÃO! Eu não vou dormir no mesmo quarto que você nunca mais.

Marco dessa vez não fica com raiva e sim com muito tesão, vontade de pegar ela e fazer ela só gritar com ele de prazer. Ele tenta esquecer esses pensamentos e resolve fazer o que ela pediu.

— Marco: Ok, eu não vou te incomodar. — fala com a voz um pouco rouca devido a excitação que estava.

— Sofia: Espero que seja pelo menos homem de palavra.

— Marco: Eu não vou fazer nada com você, só se você quiser. — sorri malicioso.

Sofia pigarreia e continua séria.

— Sofia: Eu já falei que não vou querer nada com você, agora a chave por favor.

Marco continua sorrindo e fica em silêncio, ele vai até seu escritório e pega as chaves e dá uma das chaves para ela.

— Marco: Aqui é a chave do quarto em frente ao meu.

Sofia pega a chave e sobe, ela pega algumas roupas do closet e leva para o quarto de hóspedes. Ela não estava de camisola dessa vez, tinha achado roupas moleton e vestiu já para quando Marco chegasse não a visse de camisola novamente. Depois de arrumar as roupas ela deita e adormece.

Marco ficou um tempo na cozinha pensativo, é claro que ele sabe o que é amar, está apaixonado, ele não é bobo. O problema é que ele se negava a aceitar que possa está sentindo algo por Sofia, conhecendo a poucos dias e ainda não tinha nem a levado para a cama, nem uma mulher que por mais que ele transasse a noite toda, fez ele se sentir assim. Sofia, somente com seu jeito doce e gentil e ao mesmo tempo brava, estava mexendo com ele de uma forma inexplicável, o cheiro dela está registrado em suas narinas, como isso era possível? ele se questionava.

Ele não queria aceitar de jeito nenhum que já esteja apaixonado, ele não se apaixona, assim ele pensa! E é isso que estava deixando ele de mãos atadas, pois para ele amar ou gostar de alguém era uma fraqueza.