Olívia andava pelos corredores do edifício ainda muito pensativa, depois de guardar sua marmita e escovar os dentes, andava observando o chão como se contasse seus passos, e na cabeça havia apenas o comentário que fizera a respeito de Theodoro. Se sentia mal em ter sido indiscreta com ele, precisava urgentemente pedir desculpas.
- Por que eu sou tão bocuda assim? – pergunta para si mesma totalmente perdida em seus pensamentos.
No mesmo instante ela dá meia volta e decide ir em direção ao refeitório, só esperava que ele ainda estivesse por lá. Mal havia dado 2 passos e se choca contra o corpo de alguém muito alto e com um peitoral firme feito rocha. Olívia levanta os olhos e se depara com Theodoro a olhando fixamente em seus olhos, seus corpos estavam colados e ela totalmente entregue. Theodoro não fazia esforço algum para ampara-la, e quando se chocaram, ele pode perceber que seu corpo era ainda mais sexy do que havia imaginado, seu corpo se encaixava no dela perfeitamente.
Olívia que até então havia o olhado superficialmente, nota que ele era extremamente viril, sedutor e que fazia seu corpo se arrepiar por inteiro. Era óbvio que ela já havia notado o quanto ele era bonito, mas estar colada em seu corpo era completamente diferente, parecia que passava uma corrente elétrica entre os dois, Olívia simplesmente não queria se desgrudar dele.
Ela observava Theodoro com muita atenção, seus olhos tinham um brilho diferente, eram grandes e escuros, seu cabelo era penteado impecavelmente para trás e estava arrumado com gel. Sua barba era bem pequena e dava um charme todo especial, seu nariz era fino e perfeito, e as bochechas tinham duas covinhas matadoras, e seu peitoral era firme, certamente ele malhava porque aquilo não podia ser natural.
Ambos se olhavam insistentemente, parecia que nenhum dos dois queria sair um dos braços do outro, porém Olívia sempre que ficava nervosa, começava a falar sem parar.
- Me desculpe, eu não tinha ideia de que você estava atrás de mim, na verdade eu estava pensando mesmo em você, quer dizer, não em você, mas no que te disse, eu.......eu simplesmente fui indelicada e estava agora
mesmo pensando nisso e ia voltar lá e me desculpar, sabe, quando eu fico nervosa eu falo sem parar, não sei se já te disse isso antes, acho que sim, não é? Então me desculpe pelo que eu disse, eu.........
- Eu já entendi Olívia! Você realmente fala demais.
Theodoro a contragosto solta Olívia de seus braços muito delicadamente, ela então olha para o chão ainda muito constrangida.
- Me desculpe por ter falado daquele modo com você, eu nem ao menos o conheço, não queria ser indiscreta. E me desculpe por falar tanto, eu realmente não sei como controlar isso!
- Não se preocupe, de certa forma seu comentário não estava errado, afinal todos carregamos algumas dores, não é?
- Sim, ninguém está imune a isso, então........ eu estou desculpada?
- Sim! Mas.........
- Sabia que tinha um “MAS”!
- Como eu estava falando, eu te desculpo, mas quero saber se aceita almoçar comigo amanhã?
- Almoçar com você?
- Sim, por que não?
- Bom, porque..........porque, eu não acho adequado, mal nos conhecemos e você é um advogado desse lugar e eu a faxineira, acho que iriam comentar bastante.
- Em primeiro lugar a função que desempenhamos aqui não importa, não se sinta inferior por trabalhar na limpeza, e em segundo lugar não temos que dar satisfação para absolutamente ninguém, não precisam saber de nada, podemos nos encontrar no restaurante se quiser, não precisamos sair daqui juntos. O que me diz?
- Bom, eu não sei o que dizer.......eu te insulto e você me paga o almoço? Algo de errado não está certo!
Theodoro riu novamente da forma que ela falou, ela realmente conseguia arrancar sorrisos sinceros dele.
- E então? Aceita?
- Bom, se é assim eu aceito, mas temos que almoçar em uma hora apenas, não posso me dar ao luxo de perder esse emprego, e por favor não me leve em nenhum lugar caro, afinal nem saberia me comportar adequadamente.
- Se você quiser, pode escolher o lugar, o que acha? Iremos comer aonde você se sentir mais confortável.
- Sério? Eu posso mesmo escolher qualquer lugar?
- Sim!
Olívia abre um sorriso sincero e seus olhos brilhavam de felicidade, parecia uma criança que acabara de ganhar o presente dos sonhos.
- Então eu te espero amanhã às 13h a uma quadra daqui, assim não notarão que saímos juntos.
- Combinado!
Ambos se despedem e seguem seu caminho, Theodoro volta para sua sala e Olívia volta até seu setor para continuar seu trabalho, e naquele dia, ambos trabalharam com um sorriso nos lábios e um brilho diferente nos olhos.
Theodoro já em sua sala, não tinha ideia do que estava sentindo, nem ao menos sabia porque havia convidado Olívia para almoçar no dia seguinte, era inegável que ela era uma mulher linda, mas ele já estava acostumado com sua rotina excessiva de trabalho, nenhuma folga, e zero envolvimento mais sério com qualquer mulher que fosse, mas alguma coisa nela o fazia querer se aproximar mais, queria conhece-la melhor e quem sabe até estabelecer uma relação de amizade, por que não?
Theodoro já havia decidido que nunca mais se relacionaria seriamente com nenhuma mulher, não que não gostasse delas, pois se tinha algo que ele apreciava, eram as mulheres. Ocasionalmente saia com uma ou outra mulher apenas para satisfazer seus desejos, e sempre com consentimento e com intenções muito claras, pois haviam muitas mulheres apenas interessadas em seu dinheiro.
Havia se fechado para qualquer pessoa, reduzira seu círculo de amizades, não ia mais em baladas nem festas luxuosas e dificilmente viajava, sua rotina era trabalho e casa. Não deixava que ninguém o conhecesse realmente, criara um muro em volta de si e não estava disposto a mudar isso, mas aí uma bela e imprudente senhorita acabara cruzando seu caminho, ou melhor, havia batido em sua “traseira”, e talvez isso estivesse prestes a mudar.
Apesar de não ser mais criança, pois já contava 41 anos, parecia ter muito mais idade do que realmente tinha, pois carregava nas costas uma responsabilidade imensa, e o cansaço fazia com que aparentasse mais idade, embora fosse um homem muito bonito, por onde passava atraía a atenção de muitas mulheres. Tinha o porte elegante, era charmoso e muito atraente, tinha uma voz grave e que fazia qualquer mulher se derreter com ela, e mesmo nas horas em que era frio, tinha um magnetismo muito forte.
Na empresa apenas sua secretária o via diariamente e sabia quem ele era, os demais apenas ouviam falar sobre o senhor Marcondes, mas não associavam sua figura ao seu nome, até porque seu avô era o primeiro Marcondes, o que havia fundado o escritório e o que dera o nome a ele, o primeiro a comanda-lo, e agora ao invés de seu pai assumir o lugar, ele acabara assumindo, então na cabeça de todos, Marcondes era realmente um velho rabugento.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Berê
"Algo deu errado, não está certo"! ... kkkkk kkk Olívia e suas pérolas... kkkkkkkk! Vou me perder nas tuas falas! kkkkkkkkkk... Demais!
2024-11-25
1
Ameles
amizade muito colorida só se for
2024-10-11
0
Ameles
ele tá pagando coisas pra vc desde o início, vc bateu no carro dele ele pagou o reboque, estadia do carro e o seu hospital fora que evitou sua demissão
2024-10-11
1