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Felipe não sabia o que fazer, tinha feito uma idiotice, então pegou o capacete, tinha comprado uma moto, não dava pra ficar saindo de caminhão, pegou um atalho e chegou primeiro.

Quando ela chegou ele estava sentado na moto deitado no tanque e de cabeça baixa.

—Você dirigiu bêbado? Fernanda afirmou em tom de pergunta.

—Alterado! Precisava ver você, te pedir desculpas, pedir pra você esquecer tudo isso tá. Eu sou um idiota. Mais eu quero continuar cuidando de você e da Luna. Não me afaste. Ele pediu com a voz mole.

—Porquê?

—Porque isso partiria meu coração. Eu quero continuar sendo o cara com quem você conta, e não quero que me arrume encontros ou mulheres. O espaço já foi ocupado. Ele disse olhando pra ela.

Ha propósito, hoje entramos no sétimo mês. Parabéns.

—Vem Felipe, vamos entrar pra você dormir. Fernanda disse como se não tivesse ouvido nada.

—Eu posso começar a conversar com ela? Sabe eu li que depois que nascer, ela vai reconhecer minha voz, tipo era pra ser o pai dela, mais.... Ha você entendeu...

—Ta bom, só pra você tirar essa cara de cachorro pidão... Ela disse sorrindo...

—Me desculpe Nanda, eu juro, juro que não planejei, e que essa vai ser a última vez que eu vou falar isso. Só quero continuar nossa vida.

—Tá bom! Agora vamos porque a vida de cachaceiro não é pra você! Ela disse fingia estar bem com a situação, mais estava afetada, mais estava.

—O que vamos comer? Ela perguntou pra ele... Pra mudar o foco.

—Acho que a Luna precisa provar comida japonesa...

Ele disse se jogando no sofá. Coisa que nunca tinha feito antes....

—Fernanda sentou do lado da sua cabeça, e ele perguntou se poderia colocar a mão na barriga dela...

–Pode você cuida dela desde o inicio, ganhou o direito...

—Ele sorriu e deitou na perna dela....

—Oi amor, aqui é o seu... seu papai postiço, eu prometo cuidar de você sempre, pode contar comigo. Eu vou te ensinar a andar de bicicleta, vou mimar você quando sua mãe brigar... Vou sempre estar aqui, pelo menos enquanto ela permitir..... Ele ficou calado com o ouvido na barriga dela e dormiu. Vencido pelo álcool.

Fernanda se levantou de vagar, cobriu ele, colocou uma comida no micro-ondas, e comeu. Foi pro quarto e dormiu já era tarde. Não notou a hora quando acordou se levantou e não encontrou ele.

Tinha uma bandeja com pão de queijo, pão doce, e café coado. Tinha leite morno. Tomou café, banho se vestiu e foi pra empresa.

E ele não estava.... Tinha pegado as encomendas pras cidades mais distantes e saiu...

Entrou na sua sala e tinha uma rosa e um bilhete.

BOM DIA PRINCESAS, VOLTO EM 5 DIAS, ME DESCULPE POR ONTEM, NÃO VAI SE REPETIR.

SE ALIMENTE BEM, ALIMENTE A LUNA.

Ela mandou uma mensagem pra ele...

—Você vai fugir de mim? Eu to bem Felipe.

Ele visualizou e não respondeu. No fim da tarde parou num hotel pra dormir.

E respondeu ela.

—Só estou realinhando meus pensamentos. Vou entrar no meu eixo.

—Sério que você só me respondeu agora? Ela respondeu brava.

—Desculpa, eu não vou usar a velha mentira e dizer que estava bêbado e esqueci, eu me lembro de cada detalhe. E eu não sei ser um bundão, eu vou respeitar você, como sempre respeito, mais hoje eu preciso de um tempo longe do seu cheiro, e de você.

—Rafael, eu não acredito que você esteja falando sério.

—Tudo bem! É até melhor, eu prometi não passar da relação amigo, e não sou do tipo que quebra promessas, mais a culpa é sua.

—Minha? Eu não fiz nada!

—Nem precisava, eu não durmo sem me lembrar do seu sorriso, não esqueço a forma como coloca seu cabelo pra trás quando está nervosa, e como fica séria enquanto lê um livro.... Você não precisa se esforçar... Preciso ir. preciso respirar algo que não seja seu perfume.

Fernanda chorou, chorou sem saber porque. Meu Deus o que estava acontecendo com ela...

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