Capítulo 19

Enfim o meu primeiro dia de folga de verdade, mas não estou tão animada assim, porém não posso deixar de cuidar da minha vida.

É sábado de manhã cedinho, decidi sair assim para as crianças não chorarem e eu ceder mais um final de semana para ficar com elas, Lincoln precisa criar responsabilidades, esses dias depois do ocorrido, peguei ele assistindo Chaves várias vezes, quis rir no começo mas depois dei de ombros, falo com ele somente o necessário, o mesmo está tentando se redimir com as crianças oque eu acho bom.

Lincoln – Saindo escondida Maria Júlia? – o meu chefe diz assim que me encontra na escada.

Júlia – Não senhor apenas indo para a casa aproveitar a minha folga – Eu falo e continuo descendo ele me acompanha.

Lincoln – o Fred vai levar você?– ele pergunta e eu confirmo.

Júlia – Sim, se você não se importar – eu falo mas não paro de andar e continuo o meu caminho até a cozinha –Bom dia meus jovens.

Eu digo dando um beijo na testa de Jane em seguida de Fred que rir para mim. O meu chefe pede a sua vitamina Jane apenas concorda.

Jane – Coma um pouco antes de sair menina– ela diz eu olho para o meu chefe que estava me olhando de canto de olho disfarçadamente.

Júlia – Não posso Jane, preciso ir antes das crianças acordarem ou eu não consigo sair – Eu digo ela me olha entendendo a situação.

Fred– Vou indo ligar o carro menina Júlia – o senhor fred dá um beijo na esposa e sai, eles só trabalham aqui no final de semana dia de sábado somente até após o café.

Lincoln – Júlia posso falar com você no escritório rapidamente? – Ele pergunta meio desconfiado

Júlia – Não estou atrasada senhor Lincoln – Eu falo firme e Jane me olha me repreendendo – Dois minutos.

Ele espera eu ir em direção ao escritório, mas vou para a sala e me sento no sofá ele respira fundo e senta também.

Lincoln – Você tem mesmo que ir?– ele pergunta sem olhar em meus olhos eu acho graça

Júlia – Essa pergunta é séria Lincoln?– eu pergunto com raiva

Lincoln – Sim é – ele diz sem vergonha alguma e agora me olha– As crianças vão chorar e nós vamos sentir a sua falta.

Eu não devia, mas o meu coração ficou acelerado, com o nós, mas se ele pensa que eu vou ficar como boba novamente está enganado.

Júlia – Eu também vou sentir falta delas, você é o pai Lincoln, vai saber se virar.

Lincoln – Mas eu preciso de você Júlia – ele diz segurando a minha mão eu puxo com força me levantando

Júlia – Não Lincoln, você precisa dos meus serviços como babá, e eles só vão de segunda a sexta, os filhos são seus a responsabilidade também é sua– Eu falo ele suspira se levantando ficando em minha frente, ele é alto, muito alto eu gosto disso.

Lincoln – Eu tenho medo de falhar com vocês novamente – Ele diz voltando a sentar apoiando os cotovelos nos joelhos e as mãos no rosto.

Júlia – Você não precisa se preocupar em falhar comigo Lincoln, se preocupe somente com as crianças– Eu digo saindo da sala indo direto para a saída encontro o carro estacionado entro no banco do carona.

Fred– Não se preocupe eles ficaram bem – ele diz me dando um sorriso reconfortante eu apenas concordo encostando a minha cabeça no vidro da janela.

Em casa dei uma geral em meu quarto, procurei várias coisas pra fazer e evitar ligar para o Lincoln, Jane ou o senhor fred para saber das crianças, já pela parte da noite quando Alisson chega é que eu me animo um pouco.

Alisson – Porque não podemos ir em uma festa– Ela diz no sofá deitada em meu colo, já jantamos, conversamos sobre o que ela tem feito nos dias que passaram– não pare os dedos, faça carinho.

Júlia – O meu carinho agora é todo das crianças – Eu falo ela resmunga, Alisson quando encosta em alguém quer logo que façam carinho em seu cabelo e é exatamente isso que eu estou fazendo

Alisson – Então vou beliscar as bochechas delas e puxar aqueles cabelos sedosos– Ela diz nos fazendo rir.

Júlia – E quanto a festa, no próximo final de semana nós vamos tudo bem?

Alisson – Se aquelas crianças não te roubarem de mim– Ela diz rindo, ela fala assim mas tem um ótimo coração mas pavor de criança principalmente se pensar em ser uma dela mesmo – Quando vou conhecê-los?

Júlia – Não sei, segunda já vão voltar a escola e você trabalha até tarde, e para ir na mansão preciso falar com o Lincoln – Eu falo ela concorda se levantando.

Alisson – Agora cara a cara você não vai poder mentir pra mim, está chateada ainda com ele?– Minha amiga pergunta se referindo da vez em que ele ficou com a Soraya, e ultimamente se ficou eu não fiquei sabendo, eu fiquei chateada porque acho que ele poderia ter esperado pelo menos um dia para poder levar outra para dentro da casa que eu sei que é dele, mas acho que naquele dia, naquele momento foi uma falta de respeito.

Não morro de amores pelo o meu chefe, mas confesso que gostaria sim, mas depois do que ele fez eu talvez não confie nele para ter qualquer coisa novamente, nem que seja um beijo.

Não posso gostar sozinha, e se eu sei que vou me apaixonar eu não me envolvo principalmente sabendo que a pessoa não deseja o mesmo, sei que não podemos lutar contra o que sentimos e o que desejamos, mas eu vi o que um amor não correspondido fez com a minha mãe, e eu não quero ser ela em um futuro próximo.

Júlia – Chateada não é a palavra certa, eu estou decepcionada– Eu falo tentando explicar em resumo o que eu senti naquele dia.

Alisson – A sua decepção é mais porque ele decidiu pular do barco antes de vocês irem para os finalmente ou com você mesma que queria que acontecesse alguma coisa entre vocês ? – ela diz e eu a encaro furiosa, depois abro a boca e não consigo respondê-la.

Será que é comigo mesmo? Porque sim eu queria que acontecesse mas ao mesmo tempo não por causa das crianças, mas se fosse só por ele e por mim eu queria sim, arregalo os olhos quando chego a conclusão de que eu nunca desejei tanto alguém assim, e quando isso acontece ele prefere outra, pior eu estou bastante chateada comigo por isso e me odeio por querer tanto.

Júlia – Eu o queria –Falo e sorrio– não é irônico que a única pessoa que eu desejei preferiu outra?

Alisson– Ah adolescência – ela diz nostálgica eu reviro os olhos, porque é assim mesmo na adolescência a gente gosta de um menino que gosta de outra, e o menino que quer ficar com a gente, ou o deixamos na friendzone ou o esnobamos, no meu caso eu sempre era a esnobada se bem que eu nunca me interessei verdadeiramente por alguém, não até agora.

Antes de eu falar o meu celular toca nos assustando, eu o atendo e me surpreendo por ser uma chamada de Lincoln olho no relógio e são dez horas da noite atendo com o coração quase saindo pela boca com medo de que possa ter acontecido algo com as crianças.

Júlia – Alô, Lincoln?– pergunto a tela está preta e logo os olhos azuis do meu bebê aparecem.

Liam – Mãe Júlia – O meu coração dispara a mil por horas sempre que eles me chamam assim

Liana – Deixa eu falar com a mãe Júlia – a minha princesa reclama.

Lincoln – Não precisa brigar é só afastar o celular do rosto e assim vai da para ela ver os dois de uma vez e vocês verem ela – eu tento não me abalar mas ver o Lincoln deitado com as crianças na cama dele me faz querer estar lá. – Boa noite Maria Júlia

Júlia – Boa noite crianças – Implico e ele revira os olhos – Posso saber porque os gêmeos mais lindos do mundo todinho ainda não estão dormindo?

Alisson– O pai também é lindo misericórdia – Minha amiga diz aparecendo atrás de mim e olhando o Deus grego deitado na cama ao seu lado está Liana e do lado dela Liam, Lincoln está com o braço esquerdo atrás da cabeça por mais que esteja com uma camisa branca os seus músculos estão todos a mostra, fazendo eu senti uma palpitação não desejada no momento bem no meio das pernas

Júlia – Misericórdia Alisson, vai procurar o que fazer – Eu falo arrancando risadas da Alisson que vai para o quarto dela e Lincoln que sorrir para mim, chefe cretino.

Lincoln – Porque ficou corada Júlia? – ele fala ainda sorrindo eu reviro os olhos só pra disfarçar

Liana – o que é colada papai? Porque a mãe Júlia tá com isso?– a minha princesa pergunta coçando os olhinhos

Liam– É de doer ou de comer?– o meu garotinho pergunta bastante curioso Lincoln e eu não aguentamos e começamos a rir.

Júlia – Nenhum dos dois meu amor, não está na hora de dormir ?– eu pergunto mudando de assunto fazendo o Lincoln revirar os olhos dessa vez

Liana – Eu queria ver você mãe Júlia – Ela diz quase com os olhinhos fechados.

Liam– Conta uma historinha para a gente dormir mãe – ele pede e eu começo a contar a historinha dos três porquinhos eles gostam bastante com uns dez minutos eles já estão dormindo.

Lincoln – Obrigado por isso Maria Júlia – ele diz falando baixinho se levantando e indo para a varanda do seu quarto, eu penso em encerrar a ligação, mas não sou tão forte assim – Eles choraram um pouco pela manhã assim que acordaram, mas dei um jeito de entreter eles com desenho e futebol na sala, a TV queimou mas nos divertimos bastante.

Júlia – Fico feliz que tenha conseguido Lincoln – Falo realmente feliz, mas no fundo eu queria fazer parte da brincadeira

Lincoln – Eu queria que tivesse aqui com a gente– ele diz fazendo os pelinhos do meu corpo ficarem todos arrepiados e o meu coração bater como nunca de alegria– Eu senti a sua falta Maria Júlia.

Júlia – Eu também senti a falta das crianças – Eu falo fazendo ele dar um sorriso de lado sabendo que eu estou de implicâncias – Fico realmente feliz que tenha se saído bem Lincoln, você sabe que eu torço por isso.

Lincoln – Oque você fez hoje?– ele está claramente puxando conversa não querendo desligar

Júlia – Nada– falo dando de ombros.

Lincoln – Nada além de sentir minha falta e das crianças – ele diz eu fico corada ele sorrir

Júlia – Claro que não Lincoln, vai dormir CHEFE – friso bem a palavra chefe antes de eu desligar ainda ouço a risada dele.

Droga, de homem lindo, amanhã irei para a festa com Alisson, não é possível que lá eu não encontre um homem mais lindo do que o meu chefe para tirá-lo dos pensamentos, mesmo sabendo que eu não vou ter chance em me sair bem nessa minha pequena missão.

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