Capítulo 07

Assim que chegamos ao hospital levaram Liam imediatamente para o atendimento, eu fiquei na recepção para fazer o cadastro, ainda bem que tinha esquecido a minha carteira no meu carro então pude fazer o cadastro.

Me sento na sala de espera com Liana em meu colo que chorou tanto que dormiu, droga eles estão com fome sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto quando lembro das palavras daquela cretina, babá intrometida, ela tem razão Cindy e eu focamos somente no que podemos dar em bens matérias que esquecemos do principal, amor e carinho de pai e mãe.

Pego o meu celular e tento ligar para Cindy mas, a mesma não atende, tento minha mãe e irmãs só dão caixa postal devem está em algum evento, fecho os olhos eu queria gritar agora, mas não posso acordar a Liana.

O meu celular vibra penso que seja Cindy, mas é apenas a Soraya, atendo para que eu possa mandá-la embora.

Lincoln – Soraya eu – digo assim que atendo, mas ela me interrompe

Soraya – Onde você está? Já estou pronta para uma próxima– ela diz eu fecho os meus olhos me sentindo um merda.

Lincoln – No hospital com as crianças

Soraya – Como assim hospital você está bem?

Lincoln – Não aconteceu nada comigo soraya, foi com o Liam

Soraya – Ah deve ser pirraça de criança querendo atenção. – ela diz eu fico com ódio, mas lembro que o meu outro lado também falaria isso, e pensar que eu diria isso com meu filho doente faz eu me odiar ainda mais, E de novo aquela babá me vem a mente.

Lincoln – Quando eu chegar em casa não quero ver você aí soraya.– digo em tom firme

Soraya – mas a gente ainda não terminou de fazer o que você prometeu – ela diz manhosa me fazendo odiá-la

Lincoln – Se eu chegar e você ainda estiver aí até da empresa eu vou demitir você– Eu digo e desligo a ligação. Liana se remexe em meu colo.

Liana – Papai eu quelo tia julia– ela diz choramingando– Cadê meu imão pala levalam ele ?

Lincoln– O médico está examinando, logo vão nos chamar e nós iremos para casa tá bom? – eu pergunto fazendo carinho em suas costas, como vou fazer pra ligar para a babá cretina se eu não tenho o número dela.

Liana– Eu tô com fome Papai, quelo tia ju– ela diz fazendo meu coração errar umas batidas

Lincoln – Eu sei amor, vamos já comer, o papai não sabe o número da tia Júlia.

Liana – Eu sei papai – Ela diz e começa a cantar uma musiquinha com os números, que só agora entendo que é o número da babá julia.

Lincoln – Pode repeti para mim Liana ?– pergunto animada Júlia Repete e eu digito no celular– Como você sabia ?

Liana – Tia Júlia disse te quando eu xentisse medo ela só digitar o numelo da musiquinha no telefone e apeta o botão vede– Minha filha fala, Julia é mais esperta do que eu pensava, além de mal educada é esperta.

Lincoln – Tudo bem dorme um pouco que o papai vai falar com a baba Júlia– eu falo enquanto aperto para ligar chama e ninguém atende.

Liana – Eu tô com fominha – ela diz choramingando – Liam também Papai

– Lincoln – o papai vai já levar você para comer, só espera um momento. – Eu digo já desesperado

Júlia – Alô?– Ouço alguém chamar no celular e meu coração dispara.

Lincoln – Julia eu – digo mas sou interrompido, o que deu nessas mulheres que não esperam que a gente termine a frase?

Júlia – Não tem o que fazer não? Ligou para tripudiar e dizer que vai mandar a polícia atrás de mim? Já não basta os tapas que eu te dei? – Ela diz me interrompendo eu fico logo com ódio dessa ordinária

Lincoln – Por Deus mulher – Eu tento falar mas ela me interrompe de novo.

Júlia –Ah olha que ironia o homem que não cuida dos filhos falando em Deus – Ela acusa, pior é que ela tem razão.

Lincoln – Droga Julia deixa eu falar

Liana – Eu tô com fome Papai – diz começando a choramingar de novo.

Julia– Como assim são mais de nove horas da noite e a Liana está acordada e com fome Lincoln? Por Deus você não deu o mingal que eles tomam antes de dormir ? Por que ela está chorando ? – ela fala se atropelando nas perguntas.

Lincoln – O Liam ele – Eu digo e engulo em seco o sentimento de culpa é grande. Vejo um médico vindo em minha direção– Estamos no hospital Júlia, você tinha razão eu sou um pai horrível.

Julia – Onde estão?– a voz da Julia sai uma voz chorosa vejo o quanto eu fui um incompetente, tirei dos meus filhos alguém que realmente se importava com eles, e agora estamos todos sofrendo. Dou o endereço e desligo o telefone, assim que desligo o médico vem em nossa direção.

Médico – Ele pegou um resfriado daqueles, para não evoluir para uma pneumonia vamos deixá-lo em observação por hoje, até porque a febre está em quarenta graus, e ele torceu o tornozelo imobilizamos para uma melhora mais rápida. Ele está acordado está no soro, mas se possível faça com que tome uma sopa quentinha, a enfermeira vai já trazer

Liana– Eu quelo sopa – ela pede fazendo o médico sorrir, mal sabe que não é porque gosta de comer e sim porque está com fome mesmo.

Lincoln – Tudo bem obrigada doutor

Médico – Fique tranquila senhorita Evans você terá uma sopinha para você também – ele diz fazendo Liana sorrir– Ah propósito senhor Evans pode me dar um autógrafo? Sou muito fã dos modelos dos seus carros, pena que eu só tenha um, médico não ganha essas coisas todas.

Lincoln – Não se preocupe apartir de hoje terá outro, deixe seu endereço com a minha secretária Megan que eu envio um carro para você, obrigado– Eu digo entregando um cartão de visitas ele fica agradecido, mas percebo a sua luta interna sobre aceitar ou não.

Médico – Que isso senhor Evans, eu fiz apenas o meu trabalho, faria exatamente para qualquer um.

Lincoln – Eu sei disso, apenas aceite como um presente.– Eu digo encerrando o assunto e entro no quarto de Liam que está acordado, me aproximo da sua cama com Liana – Me perdoa filho, eu não sabia que vocês estavam sozinhos.

Liam – Cadê a tia Ju?– ele diz quase sem voz o resfriado atingiu rápido.

Lincoln – Ela já está vindo filho, enquanto isso vamos comer a sopinha toda para quando ela chegar ver vocês forte, tudo bem? – e ela não não me denunciar como prometeu, concluo em pensamentos, vai saber aquela Anã da branca de neve pode ser bem maluca. A enfermeira entra com duas sopas em um carrinho Liam senta, eu coloco Liana ao seu lado e alimento os dois, mesmo sabendo que eles já comem sozinho, não sei desde quando, mas....

Liana– A tia ju disse que cliança que não come tudinho o naliz fica maior que o do piloquio

Liam – E a olhela maior que o do elfo, mas eu não sei o que é – eles falam enquanto comem eu respiro aliviado por não ter acontecido o pior com eles.

Um furacão pequeno entra no quarto assim que as crianças acabam a sopa. Ela corre até eles ignorando totalmente a minha presença, os abraça noto que ela está com os olhos vermelhos que a denunciam ter chorado.

Júlia– Oque aconteceu com você meu príncipe?– Julia pergunta fazendo carinho em suas bochechas, no rosto demonstra um amor tão genuíno pelas crianças, é tão maternal que eu nunca tinha visto antes em minha mãe, ou Cindy, muito menos minha irmã que não é mãe ainda.

Liam – Eu fui plocular a senhola no jadim e tava chovendo e quando eu voltei eu cai e machuquei o pé – Liam fala todo dengoso outra coisa que notei, é que desde quando Júlia chegou eles mudaram para alguém que aprecia tanto carinho que falam mais embolados e ela claramente acha isso fofo e faz carinho neles os venerando como era pra eu e Cindy está fazendo.

Liana– Aí eu chamei o papai que tava no quato com a amida– Opa, Liana diz inocentemente sem perceber que acabou de jogar o pai na linha da morte. Tanto que Júlia me olha sorrindo cínicamente sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo e sinto que a morte se aproxima.

Júlia– Podemos ir ali no corredor rapidinho ?– ela diz me olhando eu engulo em seco e concordo

Lincoln– Claro– Eu digo saindo do quarto ela pede para as crianças ficarem na cama e para Liana ter cuidado com o acesso de medicação do irmão e para não descer da cama, me pergunto como ela faz isso sem nunca ter sido mãe? Assim que ela fecha a porta sinto um tapa arder a minha cara, o barulho é tão alto que atrai olhares, ela não olha para quem está nos olhando agora, ao contrário de mim que sou um homem público, sorrio com ódio no coração.

Júlia – Você me faz parecer uma pessoa agressiva, violenta– ela diz entredentes

Lincoln – talvez você seja, afinal já é o terceiro tapa que me dá – digo encarando com a mesma intensidade que ela me retribui.

Júlia – Você deixou as crianças com fome, Liam se machucou a ponto de acontecer o pior – Ela diz engolindo em seco e vejo uma lágrima escorrer de seus olhos, os meus imediatamente ficam vermelhos não por vê-la triste, mas por lembrar de como eu encontrei Liam caído com o pé inchado em baixo da chuva, eu a chamo de cretina, mas eu sou o cretino, ela tem razão sou um péssimo pai.

Lincoln – Eu pensei que Dora estava em casa– Eu digo sabendo que não justifica.

Júlia – Espero que tenha aprendido agora que dinheiro nenhum vem a frente dos seus filhos.

Lincoln – Eu não estava trabalhando – eu digo fazendo ela rir sem vontade.

Júlia – Esqueci que você estava no quarto com a amiga– ela diz me encarando– Seja homem Lincoln, aquelas crianças merecem um pai, e uma mãe, elas merecem todo o amor do mundo, assim que saímos daqui estejam pronto para dar isso a elas.

Lincoln – Me ensina – eu peço engolindo em seco, ela me encara curiosa – Eu não tive nada disso Maria Julia, eu não sei o que é amar, nunca amei ninguém na minha vida.

Júlia – Eu não sei o que é ter um pai Lincoln, nunca tive, durante a minha vida toda eu vi a minha mãe sendo usada sexualmente muita das vezes ela me fez presenciar como ela sustentava os seus vícios, desde muito nova foi isso que eu tive como exemplo, então eu também não tive uma referência do que é amar.– Ela diz me fazendo engolir em seco eu fico pensando no que essa menina já passou, eu ainda sou um filho da mãe com ela, mesmo sendo tão nova ela sempre me enfrentou, bateu comigo de frente, nunca se deixou intimidar pela minha presença ou dinheiro, e eu gosto muito desse lado atrevido dela.

Lincoln – Se você viveu tudo isso, me explica como é tão doce com as crianças? Como não virou uma drogada ou uma prostituta?– eu pergunto ela rir sem vontade.

Júlia – Porque o nosso destino é a gente quem faz Lincoln, não é porque a minha mãe era uma drogada ou se vendia que eu tenho que fazer o mesmo– Ela diz engolindo em seco como se o assunto doesse, eu sei que deve doer– eu não tive amor, e não é por isso que eu não sei amar, eu quero que aquelas crianças tenham o que eu não tive.

Lincoln – Me ajuda a me tornar melhor para eles Maria Júlia, sozinho eu não sei fazer isso, sozinho eu não vou conseguir – Eu peço ela fica me encarando não diz nada e entra no quarto, as pessoas ao redor parecem alheia a nossa conversa.

Eu quero amar os meus filhos, quero participar mais da vida deles, eu só não sei por onde começar.

Espero que aquele ditado antes tarde do que nunca sirva para que eu possa concertar as coisas enquanto a tempo.

Talvez eu conquiste até mais que o coração dos meus filhos.

Megan

Mais populares

Comments

Helena

Helena

Julia que já sofreu tanto esta cuidando desses anjinhos.Ja a vagabunda só queria ficar na cama do pai,nem se preocupou com as crianças.espero que ele perceba isso.que do a Liana falando estar com fome.oh do

2024-04-13

1

Mary Silva

Mary Silva

/Smug//Smug//Smug//Smug//Smug//Smug/

2024-04-09

0

Livia Marina Romao Salmazo

Livia Marina Romao Salmazo

Ela fe certo em meter a porrada nele

2024-03-19

2

Ver todos
Capítulos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!