Capítulo 12

O dia amanheceu perfeito, céu azul, com sol e fresquinho, do jeito que Vivien gostava. Logo após tomar banho, ele desceu para tomar café da manhã.

- Onde está papai\, Mary?

- Minha querida\, ele acordou mais cedo do que de que costume e desde então\, ele está trancando no escritório. - Respondeu Mary servindo o café.

- Mas ele comeu?

- Sim. Sim. Eu levei o café da manhã dele no escritório. Parecia preocupado. - Confidenciou Mary.

De fato, Thomas estava bastante preocupado. No dia anterior, ele tinha recebido uma ligação de Henry Goodman informando que Edward Walton precisava ser reunir com ele. Thomas informou que estaria disponível na próxima semana, pois era quando ele estaria no grupo Walton, mas Henry informou que Edward não queria esperar e que poderia ser reunir com ele em casa mesmo. Ele não quis adiantar o assunto, mas Thomas já imaginava do que se tratava.

Assim que Vivien terminou o café da manhã, ela foi procurar seu pai no escritório, mas parou no meio do caminho ao ouvir a campainha da porta principal. Eles não estavam esperando nenhuma visita e curiosa, Vivien foi abrir a porta.

- Bom dia\, me disseram que aqui morava a menina mais linda da cidade. - Ethan falou assim que a porta foi aberta. - Mas acho que agora ela se tornou a mulher mais linda.

Ao ouvir aquela voz dolorosamente familiar, Vivien ergueu os olhos para fitá-lo diretamente e abriu um sorriso contagiante. Não acreditava que ele estava parado na sua porta, quando era sempre ela que ia atrás dele quando ele voltava para casa.

ETHAN HODGES

- Olá Ethan. - Ela conseguiu responder somente isso.

Ethan sorriu e puxou Vivien para um abraço. Tremendo por dentro, ela sentiu-o abraçá-la pela cintura e puxá-la um pouco mais para perto.

- Eu senti saudades. Você sentiu minha falta?

- Claro que sim. - Respondeu Vivien. - Venha\, entre\, vamos conversar um pouco.

- Eu não posso ficar muito tempo. Vim apenar para convidar você para minha festa de boas-vindas.

Um pouco decepcionada, Vivien consentiu e após alguns minutos de conversa, Ethan foi embora. Na presença dele, ela se sentia feliz. Era como se voltasse a um tempo em que sua mãe ainda estava viva e seu pai saudável. Não existiam problemas naquela época. Suas únicas preocupações eram as aulas e sua paixão por Ethan.

- Bom dia Papai. - Vivien seguiu para o escritório do seu pai assim que Ethan foi embora.

- Bom dia Vivien. - Thomas respondeu sem ao menos levantar a cabeça dos documentos que lia na mesa.

- Mary me disse que você acordou bastante cedo e tomou café da manhã aqui. Você está preocupado com alguma coisa? - Indagou Vivien atenta a postura do pai.

- Não é nada\, minha querida. Eu apenas não consegui dormir muito bem. - Thomas estava mentido\, pois não queria perturbar Vivien.

Naquele momento, quando ela entrou no escritório, ele estava verificando as diversas transferências de dinheiro que havia recebido de Anthony Reynolds. Ele tinha certeza de que a inesperada visita do seu filho tinha algo a ver com aquilo e queria estar preparado. Thomas sabia que teria que devolver esse dinheiro, pois se tratava de uma ajuda do amigo para tirar as suas empresas do sufoco e dessa forma, reduzir suas preocupações. Contudo, aquilo foi virando uma bola de neve e cada vez mais, Anthony injetava altas somas de dinheiro nas empresas Walton.

Atualmente, o valor total da dívida era de mais de 200 milhões de dólares. Caso o filho do seu amigo exigisse a devolução daquele dinheiro, Thomas estaria perdido.

Vivien não engoliu aquela conversar do pai dela, pois ele estava visualmente abatido, mas ela não iria insistir com aquele assunto. Se fosse algo realmente sério, ele iria contar para ela uma hora ou outra.

- Papai\, Ethan concluiu a universidade e está de volta. - Ela contou a novidade para o pai alegremente. - Amanhã\, tia Beth fará uma festa de boas-vindas e ele veio hoje aqui me convidar.

- Que bom Vivien. Eu fico feliz que você esteja animada. - Thomas sabia que a vida de Vivien tinha mudado bastante nos últimos cincos anos. Até da universidade\, ela havia desistido para fazer companhia a ele depois da morte de Sarah.