No dia seguinte ao velório do seu pai, Edward já estava trabalhando na empresa. Tudo estava insuportável e piorava a cada hora. Ele descobriu que havia algumas transações, liberadas diretamente pelo seu pai, de altas somas de dinheiro. Eram milhões de dólares e sempre transferidos para empresas do grupo Walton, que Edward sabia muito bem que estava falido.
Durante os últimos cincos anos, seu pai havia autorizado diversas transações e nenhum valor daqueles havia sido devolvido. Eles não tinham nenhum vínculo comercial com aquelas empresas que estavam recebendo o dinheiro. Como justificar aquilo? A única pessoa que poderia esclarecer o motivo estava morta, pois nem o diretor financeiro geral sabia por que o senhor Reynolds fez aquelas transferências.
A raiva dominou Edward, apesar das viagens e festas frequentes, ele vivia para as empresas. A fortuna da família, que já era riquíssima, havia triplicado por conta dele. Aparentemente, seu pai distribuía dinheiro para terceiros sem ao menos informá-lo sobre aquilo.
- Sophia peça para que o senhor Goodman venha até minha sala imediatamente. - Ordenou Edward a sua secretaria, que rapidamente seguiu sua exigência ao ouvir a voz irritada do patrão ao telefone.
- Bom dia senhor Goodman. - Cumprimentou Sophia. - O senhor Edward solicita sua presença agora no escritório dele. - Ela reduziu o tom de voz como se fosse contar algum segredo. - Devo dizer que o humor dele está ainda pior que o normal.
Quando Henry entrou na sala de Edward, ele estava de costas para porta admirando a vista chuvosa, através da enorme parede de vidro. Era impossível saber o que Edward pensava, mas sua postura estava tensa e quando ele virou de frente para Henry, ele pode perceber o quanto ele estava irritado.
- Henry, eu preciso encontrar com o responsável pelas empresas Walton. Nós precisamos descobrir o motivo dessas transferências e temos que reaver todo esse dinheiro.
- Claro. Com certeza, ele deve saber de alguma coisa já que suas empresas são as beneficiárias diretas dessas quantias.
- Papai deve ter emprestado esse dinheiro a eles.
- Não identificamos nenhum pagamento, Edward. Não sei se realmente tratasse de um empréstimo. - Ponderou Henry.
- Então, você acha que papai dou esse dinheiro para eles? - Edward dirigiu um olhar frio e cruel a Henry. - Nossas empresas podem ser muitas coisas, mas não nos enquadramos como instituição de caridade e eu vou querer cada centavo devolvido com juros e correção.
- Eu não acho nada. Só peço que você tenha um pouco de cautela até descobrimos o que está aconteceu. Sei que o valor total é absurdo, mas vamos resolver isso em breve.
Assim que terminou a reunião com Edward, Henry foi atrás de respostas. Ele sabia que Thomas Walton era o responsável pelo grupo de empresas em questão, mas o boato que rolava no meio empresarial era que ele estava afastado da direção por problemas de saúde. Dessa forma, Henry preferiu entrar em contato direto com o diretor financeiro do grupo, Peter Simon, que com certeza tinha conhecimento dessas transações.
A conversa com Peter Simon não foi muito esclarecedora. Ele confidenciou a Henry que estava pedindo demissão, pois o grupo estava falido. Também contou que estava ciente dessas grandes somas de dinheiro que vinham do grupo Reynolds, mas não sabia os termos disso. Ele tinha reunião com senhor Walton a cada quinze dias e quando as coisas apertavam na empresa sempre apareciam essas grandes transferências para tirar eles do sufoco ou amenizar a situação. Tudo isso era resolvido por Thomas Walton.
No final do dia, Henry voltou a sala de Edward para contar todas as informações que tinha obtido.
- Edward, Thomas Walton não está presente nas empresas desde que sua esposa faleceu. Isso aconteceu há cinco anos. As empresas eram lucrativas, mas meses depois disso, os problemas financeiros começaram e com isso as transferências de dinheiro. - Explicou Henry.
- Então é como pensei. Tratasse de um empréstimo direto acertado por papai.
- Não. Isso não está claro. Peter Simon não sabe informar os termos disso. Tudo era resolvido por Thomas Walton e magicamente o dinheiro chegava nas contas do grupo.
- Magicamente não, porra! - Edward ficou irritado. - Saia da nossa empresa! Amanhã, eu quero uma reunião com Thomas Walton.
- Isso não será possível. Eu já tentei marcar essa reunião para esclarecer tudo, mas ele frequenta as empresas duas vezes por mês e só estará presente na próxima semana.
- Como assim? - O olhar de Edward demostrava desprezo. - O irresponsável pega nosso dinheiro e não está presente para administrar as empresas dele?
- Parece que desde a morte da esposa ele sofre de depressão. Ele tem uma filha de 19 anos, mas ela não trabalha nas empresas.
- Dois pesos no mundo vivendo à custas do dinheiro do meu pai fruto do meu trabalho. - Bufou Edward. - Provavelmente uma dondoca fútil.
- Não tenho informações sobre o modo de vida da jovem, Edward. A única coisa que tenho certeza é que conseguiremos esclarecer tudo falando com Thomas Walton.
- Eu quero uma reunião com ele ainda essa semana. Na empresa dele, aqui, na casa dele, não me importa onde.
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Atualizado até capítulo 127
Comments
Maria Aparecida Alvino
e verdade vai fazer um estrago e dos grandes
2024-03-03
0
Isabel Esteves Lima
Não quero nem ver o estrago que esse Edward vai fazer🙄
2023-11-28
2
Souza França
essa dondoca vai ti laçar, passar uma rasteira e montar encima kkkk
2023-07-13
6