Todos caem na gargalhada. Léo sempre teve o dom de fazer todos rirem. Conversamos até tarde e quando nos damos conta já é de madrugada. Todos se despedem e sobem, enquanto nós quatro continuamos na sala conversando. Eu vejo a Mariana bocejar e se espreguiçar no sofá, mostrando o seu cansaço.
— Eu ia te convidar amanhã, amor. — Mariana diz, abrindo um sorriso sem jeito — Mas o pessoal aqui ficou empolgado com você.
— Eu e o Léo já decidimos ir, mas vocês estavam brigados. — Bruna diz. Ela se levanta e pega a sua bolsa, dando um sinal de que quer ir embora.
— Agora vão ter que me aguentar atrás de vocês.
— Que sacrifício vai ser. — Bruna debocha. — Agora vamos? Estou morrendo de sono.
— Tchau, amiga. Tchau, Léo.
— Amor, eu estou sem carro. Vou ter que ir também.
— Tudo bem, amor. Quando chegar me avisa. Te adoro. — Ela diz espontaneamente e me surpreende. Ela se levanta e me abraça com carinho, fazendo o meu coração bater mais forte.
— Te aviso sim, pequena. Te adoro também.
Beijo a sua boca e a sua testa e vamos embora. Como eu estava com saudades dessa normalidade com ela. Embora ela seja imatura, eu sinto pela Mariana algo que nunca senti antes, então vale a pena ter um pouco mais de paciência. Aos poucos ela aprende a criar confiança e a entender como funciona um namoro. Ela é como uma flor que precisa de cuidado e tempo para desabrochar.
Narrado por Mariana:
Acordo super animada, como não me sentia há dias, talvez por ter feito as pazes com o Lucas. E, principalmente, por hoje ser véspera de Natal, a minha data preferida do ano, pelo significado, pela confraternização, pelos presentes e, claro, pelas comidas.
Até entendo a minha mãe ficar tão nervosa e atarefada nessa época do ano. Ela gosta de fazer todos os pratos, cada mínimo detalhe, desde o pão da rabanada até o peru. A minha mãe sempre amou cozinhar e se dedicou a estudar e a aprender. Por isso se tornou uma chef tão conhecida.
Mando uma mensagem desejando um bom dia para o Lucas, sorrindo feito uma boba apaixonada, e desço para tomar café. Helena corre para mim quando me vê. Ela pula no meu colo e me abraça com força.
— Tia Mari, o Papai Noel vai trazer um presente para mim amanhã.
— É mesmo, meu amor? Mas você se comportou o ano todo? Papai Noel só traz presentes para quem se comportou, mocinha.
— O que é comportar?
— É não fazer pirraça, é obedecer à mamãe, ao papai, à vovó e ao vovô, à Patrícia. Tem que obedecer todo mundo.
— Eu "bedeci", tia Mari.
— Então o Papai Noel vai te trazer um montão de presentes.
— Ebaaaaa. — Ela bate palmas e abre um sorriso enorme.
Ela sai correndo para brincar e eu vou até a cozinha. Encontrei a Milena lavando a louça, enquanto a minha mãe prepara um pudim. Na mesa já tem alguns doces como mousse de maracujá, mosaico de gelatina e pavê de damasco. Me pergunto desde que horas a minha mãe está acordada, pois não havia nada disso ontem.
Eu me aproximo dela e dou um beijo na sua bochecha. Ela me olha com carinho e afasta uma mecha do meu cabelo do meu rosto.
— Bom dia! Mãe, a senhora dormiu? Vai acabar dormindo antes da ceia.
— Bom dia, filha. Dormi, sim. — Ela sorri. — Sabe que só vou parar quando ver a mesa montada. Tem pão, bolo ali no canto e suco na geladeira. Não teve mesa para tomar café da manhã hoje.
— Está bem, vou tomar café rapidamente e dar uma volta no shopping. Não contava que ainda ia passar o Natal namorando, e não me preocupei em ver presente para o Lucas.
— Então se apresse, minha filha, senão você não vai achar o shopping aberto.
Ela me dá um abraço apertado e me solta com um empurrãozinho. Eu sorrio e vou até a mesa pegar um pedaço de bolo.
Tomo café rapidamente enquanto conversamos um pouco, subo para me arrumar e corro para o shopping. Dou uma olhada em lojas de roupas masculinas e compro uma camisa social para o meu pai e outra para o Lucas.
Paro em outra loja de joias e vejo uma parte da vitrine dedicada a profissões. Vejo um cordão com pingente de um garfo e uma faca pendurados e compro para a minha mãe.
Passo em uma loja de brinquedos e compro uma boneca para Helena. Quando estou tentando efetuar o pagamento, vejo uma miniatura de uma Ferrari e decido comprar para o Lucas também. Vou para casa, tomo um banho, coloco uma hidratação no cabelo e desço para terminar de ajudar a minha mãe. Depois de um tempo a mesa está finalmente pronta. Depois de um tempo a mesa está finalmente pronta.
— Fizemos um ótimo trabalho, equipe. — A minha mãe brinca. — Me desculpem por surtar com todas, mas valeu a pena o nosso esforço.
— Ficou lindo, mãe.
— Perfeito! A nossa chef arrasa. — Batemos palmas para ela.
— Obrigada, meus amores. Agora vamos nos arrumar porque não vai demorar para as visitas chegarem.
Subimos para os nossos quartos e eu entro para o banho. Escovo o cabelo e visto a minha roupa. Após ter andado o shopping inteiro ontem com a Bruna, a roupa escolhida foi um cropped e uma saia longa. Quando termino de me arrumar, envio uma mensagem para o Lucas.
"Oi, amor. Você vai aparecer aqui hoje?"
"Pequena, vou sim! Mas só vou poder ir após a meia-noite, porque a minha mãe faz questão de que eu passe aqui com ela, pelo menos até a hora da ceia."
"Sem problemas. Ainda temos a vida toda para passarmos juntos."
"Não tenha dúvidas, princesa!"
"Vou descer antes que a minha mãe venha me buscar. Te espero, meu amor. Já avisou do ano novo?"
"Já sim. Você não vai se livrar de mim."
"E nem quero! Beijos."
Deixo o celular de lado e desço. Não demora para a Bruna aparecer com o Léo e os pais dela. A minha mãe contratou um garçom e uma copeira para ajudar a servir a gente, pois a tia Ruth foi passar o Natal com a filha dela.
O garçom nos serve e todos nós conversamos sobre empregos, estudos, namoros e até casamentos. Bruna diz que quer se casar na praia e o tio Roger se engasga com o assunto.
— Você já está falando em casamento? Você ainda é uma garotinha, Bruna.
— Fala sério, pai. Já vou fazer 18 anos e daqui a pouco já posso casar. — Ela fala e olha para o Léo com um sorriso malicioso.
— Não quero contrariar o meu futuro sogro. — Ele abre os braços em rendição e sorri. — Mas quando ele permitir o nosso casamento, amor, pelo menos a casa já teremos.
— Pois é, pai. Se bobear nem vai ter casamento, já vou logo morar com ele. — Ela debocha e o meu tio faz careta.
— Você vai se casar sim, de véu e grinalda. Mas daqui uns cinco anos, no mínimo. Agora vamos mudar de assunto.
— Acho melhor. — Tia Amanda (mãe da Bruna) responde rindo. — Daqui a pouco o seu pai infarta com esse assunto.
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Atualizado até capítulo 127
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