13*

GB:

tava lá lutando pra dormir quando sinto a mão dela no meu rosto, solto um sorriso involuntário mas logo fecho, que porra é essa vei.

passou um tempo e eu senti o dedão dela se mechendo pra cima e pra baixo, isso é estranho mas é legal, a mina é uma máquina de fazer carinho cara, irado.

com um tempo meus olhos vai pesando, e pesando até eu dormir.

...

acordo e ela denovo não está mais na cama, oque essa mina fica fazendo? suspeito, não é normal alguém acordar tão cedo.

me levanto da cama e desço as escadas, chegando lá embaixo já encontro ela e minha mãe conversando.

-bom diaa!

diz Ana olhando pra mim com um sorriso.

- bom dia

- bom dia filho.

- bom dia mãe.

Ana pegou um prato e pois quatro pães de queijo e encheu uma xícara de café pura.

- pra você.

ela empurra o prato na minha direção.

- não valeu.

- Gabriel! ela fez pra você.

- mas eu não pedi!

minha mãe pegou um pão de queijo e jogou em mim.

- sai porra!

- vai comer sim, tu não tá comendo direito.

enfim...

eu sou obrigado a comer tudo, quando acabei vi Ana abrir o mesmo sorriso que deu ontem.

que estranho...

estávamos lá de boa conversando quando a Gabriela desce as escadas toda arrumada.

- vamos cunhadinha, to pronta.

cunhadinha pff

- eu preciso me arrumar ainda, já volto.

ela sobe as escadas e vai para o quarto, Gabriela rouba um dos meus pães de queijo

- ei! isso é meu porra

- você não vai comer tudo que eu sei!

- vou sim, então, onde vocês vão ?

- haa tô pensando em levar ela na pracinha e na sorveteria, e dar um tuor com ela pelo morro.

- entendi, toma cuidado.

- pode deixar maninho, eu sou super responsável, parece até que não me conhece!

- sei

pego duzentos reais na carteira e dou pra ela.

- toma, compra umas roupas novas pra ela.

- e pra mim?

- você já tem roupa de mais não acha?!

- não?!

bufo tirando mais cem reais da carteira.

- toma.

- brigada.

somos interrompidos com Ana descendo as escadas, ela tava de calça jeans e uma blusa de manga longa, porra ela deve tá derretendo, já está quase quarenta graus aqui no Rio.

- onde você vai Ana ?

- sair com você ?

- com essa roupa ?!!

- tá feia ?

- não, não é isso, é que...tá calor miga.

- eu só tenho roupa assim, já tô acostumada.

- relaxa eu te empresto uma, vamos lá pra cima vem.

a doida da minha irmã levou ela lá pra cima.

depois de alguns minutos elas desceram, Ana tava com uma blusa de alçinha e um shorts no meio do joelho, realçou muito o corpinho de violão dela.

as marcas e cicatrizes estavam aparentes mas mesmo assim ela tava linda.

porra, o que que eu tô fazendo, encarando ela assim?!

- tchau maninho.

- tchau.

- tchau Gabriel.

- tchau Ana, juízo, tô de olho viu.

- humm, ele tá de olho rsrsrs.

depois desse comentário desnecessário da Gabi Ana ficou tão vermelha que eu achei que ia explodir, ela saiu correndo pra fora.

rsrs idiota.

peguei meu radinho e chamei os vapores.

- atenção, minha irmã e Ana estão passeando pelo morro, quero todo mundo de olho nas duas, mas não é pra seguir elas, só fica de tocaia.

- pode deixar patrão.

- beleza patrão.

não sou doido de deixar aquelas duas andando sem proteção por aí

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