capítulo 19

Dentro do carro Ísis mantinha os olhos fixos na estrada, não disse nenhuma palavra quando trocaram de carro, e permaneceu assim até que chegassem até o apartamento, Drago abriu a porta e antes de sair Ísis olhou para Arthur e jhon com um sorriso de agradecimentos em seu rosto. Quando entraram pela porta do imóvel Veridiana correu até a irmã, a abraçou com força, depois segurou seu rosto entre as mãos.

— O que aconteceu?

Perguntou em seguida, não foi necessário ser dita nenhuma palavra, se conheciam bem demais para que passasse desapercebido a tristeza nos olhos da caçula.

— Não aconteceu nada!

Isis negou.

—Está tão bonita, parece feliz Veri.

—E estou.

Disse olhando para o marido só ai se dando conta do sangue fresco que encharcava sua calça.

—Por Deus Nicolas! está ferido?

Correu em direção a Drago que sorriu para ela depois a beijou.

—Não se preocupe baby, é só um arranhão, acomode sua irmã, vou tomar um banho e faço um curativo.

Drago subiu as escadas, tirou suas roupas e entrou no banho. Enquanto a água lavava seu corpo o sangue se misturava a ela, o corte nem de longe era um arranhão,era profundo e precisava cuidar daquilo rápido. Ouviu a porta ser aberta e acreditou que por ela havia entrado sua esposa, saiu do banheiro ainda nú secando os cabelos com a toalha.

— Vi que está ferido senhor! vim ajudá-lo com os curativos.

Raquel segurava uma caixa de primeiros socorros na mão enquanto olhava com um sorriso safado no rosto para Drago

— Posso?

Ele permaneceu calado, enrolou a toalha em seu corpo e permitiu que ela se aproximasse. Assim que ficou frente a frente com ele a mulher mordiscou seu lábio inferior.

—Me deixe cuidar do senhor!

Passou a mão em seu peito contornado gentilmente as tatuagens em seu corpo, quando chegou em sua barriga ele agarrou o pulso dela com força fazendo que o encarasse.

—Não sei qual o seu jogo garota mais não gosto nada dele, sabe quem sou eu?

Perguntou com fúria, Raquel nem tremia, agarrou seu pescoço e o beijou, drago não correspondeu, a afastou imediatamente.

— Qual o seu problema?

Perguntou a ela enquanto limpava os lábios com as costas da mão, seu rosto não escondia a repulsa.

— Temos tempo, irá gostar novamente dos meus beijos, sabe que são bem melhores quando correspondidos.

Drago olhava sem intender para Raquel, não sabia de onde ela havia tirado aquilo, não lembrava conhecê-la de nenhum lugar, era uma mulher bonita e com certeza chamaria sua atenção em outras circunstâncias, mais agora era um homem casado e amava sua esposa.

— Gostar novamente? é maluca? Nunca toquei em você.

— Não se lembra? Não lembra né? sou amiga de sua irmã Ágata ou melhor eu era, ela não gostou muito de saber que eu não tinha dinheiro, me conheceu na formatura dela seis meses atrás, estava bêbado demais para se lembrar?

Drago estava em choque, agora sabia quem era Raquel, Diferente do que ela estava dizendo Ágata não havia se afastado pela diferença financeira mais sim por ela ser um cobra ardilosa e doente, Drago não tinha muito contato com seus meio irmãos, Luke era como a mãe ambicioso e inescrupuloso, não tinham vínculos e sempre que se encontravam era motivo para brigas, Luke queria que Drago abrisse mão do sobrenome do pai só aí ele poderia ter direito a patente dada pela máfia, se tornaria Don já que Drago simplesmente não quis. Ágata não, era uma garota boa, simples e amava o irmão, não se dava com Greta pois diferente da mãe a menina não era uma dondoca obcecada por futilidades e luxos.

Quando ela o visitou para convida-lo para sua formatura foi incapaz de dizer não, Drago amava Ágata, era a única família que ele tinha, pelo menos a família que escolheu fazer parte de sua vida. Assim que chegou a cidade onde morou em sua infância triste e dolorosa Drago foi atingido pelas lembranças, a madrasta megera o olhando com desprezo todo tempo não o deixava esquecer, Estava drogado e bêbado como nunca ao fim daquele dia, não queria magoar a irmã então subiu para o quarto, Raquel entrou logo atrás, não se lembrava do rosto da mulher mais sabia que a noite regada a sexo e drogas havia sido um erro quando no dia seguinte Ágata lhe contou que a melhor amiga havia roubado seu namorado, Sabia que era a mesma mulher com quem havia passado a noite pois foi Ágata a arranca-la do quarto e joga-la na rua apenas com as roupas de baixo, quando recuperou sua dignidade Drago não queria sequer lembrar da passagem da mulher por seus lençóis.

—Sabia que era eu o patrão de sua avó?

— Sim! sei tudo sobre sua vida.

— E mesmo assim veio para dentro da minha casa? Sabe o jogo perigoso que está jogando Raquel? não sou o tipo de homem que gosta de brincadeiras.

—Já eu adoro brincar meu amor,sua mulher adora ajudar os necessitados, não poderia dizer não a alguém tão gentil, ela vai ficar horrorizada ao saber que obrigou uma menina inocente e indefesa a transar com você.

— Sabe que as coisas não Foram assim Maldita desgraçada.

— É não foram, Se não contar eu também não conto.

Empurrou com força as mãos de drago o que fez que ele voltasse a si e a soltasse. Raquel caminhou até a cama colocando sobre ela a caixa que tinha nas mãos, antes de sair olhou firme para Drago.

—Terei paciência, Uma hora ou outra vai se enjoar da vidinha pacata e sem graça que está vivendo com aquela coisinha, Brincar de casinha cansa, de médico é bem mais divertido.

Saiu pela porta deixando Drago sem palavras,Maldita Raquel.

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