Capítulo 17

Aquela era um das raras vezes que Drago ia a um lugar tão movimentado, podia pedir a um de seus soldados que acompanhasse Veridiana até o shopping mais era ciumento demais para isso, não gostava de lugares cheios nem das pessoas que os frequentava, sempre magnatas de aparência refinada escondendo suas imundices e podridões embaixo de seus ternos e gravatas importadas, Drago era um homem rico tinha mais dinheiro do que poderia gastar durante o resto da vida mais sua aparência Pank não demostrava isso, sempre vestido com seus jeans gastos, camisetas e jaquetas de couro surradas não dava atenção para certos luxos que pra ele eram desnecessários. Por um instante ele olhou para Veridiana a menina linda de olhos azuis que mais parecia uma boneca cara de porcelana e imaginou que talvez ela se sentisse mal em sua companhia pela forma desleixada que se vestia, além do corpo completamente coberto por tatuagens seu estilo excêntrico podia ser um pouco assustador para algumas pessoas, não queria que ela sofresse julgamentos por sua culpa, era apenas uma menina jovem que estava descobrindo um mundo novo fora dos muros do infernal internato.

— Se quiser posso vigia-la de longe, meu estilo pode assustar um pouco, as pessoas tendem a ser maliciosas até mesmo com olhares não a quero sem graça por minha causa.

__ Claro que não, faço questão de sua companhia, é meu marido porque fariam isso? eles que tentem, defendo você.

Era uma pequena boa de briga, Drago amava isso nela. Veridiana agarrou a mão do marido o arrastando como um troféu, parecia orgulhosa em exibi-lo e isso aqueceu o coração de Drago.

—Não passamos pela fase do namoro então está em dívida comigo Nick, me deve caminhadas a luz da lua, flores e passeios de mãos dadas.

Ela deu um sorriso enorme a ele que a puxou para seus braços, selou sua boca a dela fazendo que ruborizasse instantaneamente, Ao andar pelo shopping Veridiana observava tudo com olhos atentos, nunca havia entrado em uma loja antes, tudo era comprado pelas freiras ou por um consigliere da máfia que administrava sua furtuna , seria a primeira vez que ela escolheria realmente uma roupa. Quando pararam em frente a uma enorme butique de vestuário feminino ela olhou para ele que entendeu imediatamente. Assim que cruzaram a porta uma moça jovem de cabelos Chanel Impecavelmente loiros veio atendê-los.

—Boa noite! posso ajudar?

Os encarou com certo desprezo, isso mudou quando fitou Drago tirar do bolso o cartão.

— Dê a minha esposa o que ela quiser, valores e quantidades não são importantes.

A jovem abriu um enorme sorriso, sabia que havia ganhado na loteria quando seus olhos avistaram o cartão Black sem limites que Drago entregou nas mãos de Veridiana.

—Não sei a senha?

—É data de seu aniversário minha vida.

Ela sequer havia notado seu nome no mesmo, não sabia como o marido havia resolvido isso tão rápido mais imaginava que Arthur estava envolvido, Drago já havia dito a ela mais de uma vez que ele era bom com computadores e tudo que envolvia dinheiro.

—Vou tomar um café enquanto escolhe. estarei de volta antes que sinta minha falta.

Beijou o topo de sua cabeça e saiu, A loja exalava riqueza Veridiana se sentia envergonhada pois sabia que tudo alí custaria uma enorme furtuna. A mulher que atendia trouxe até ela pilhas de vestidos, calças e blusas, trouxe agasalhos mais seus olhos brilharam mesmo com as lingeries de todas as cores e modelos, Veridiana escolheu calcinhas, sutiãs e camisolas, quando terminou uma infinidade de sacolão se amontoaram em frente ao balcão.

— Então? encontrou tudo que precisava?

Disse Drago se sentando na confortável poltrona de canto.

— Podermos olhar em mais lojas se quiser.

—Ja é o suficiente, Inclusive acho que exagerei, tudo ficou uma furtuna.

Disse baixinho.

— Dinheiro não é problema anjo, tem certeza de que não precisa de mais? se acabou suas compras vamos pra casa.

A puxou para seu colo selando seus lábios aos dela.

— Nick, aqui não! estão todos olhando para gente.

Veridiana estava rubra de vergonha.

— Não me importo, quero que saibam que é minha, não pense que não noto os olhares desses moleques para você.

Falou encarando de um jeito furioso os rapazes que atendiam na loja.

— Foi um prazer atendê-los casal, as compras já foram levadas para o estacionamento do térreo como a senhora solicitou.

Disse a atendente com os olhos fixos em Drago sequer tentou disfarçar, Mesmo cansada isso não passou desapercebido por Veridiana que sentiu vontade de varrer a loja com os cabelos artificialmente loiros da abusada. Atrevida ela estendeu a mão para cumprimenta-los e Veridiana prontamente a apertou.

— Irá perder o emprego se continuar olhando assim para o marido das clientes, algumas não terão meu nível e paciência.

Falou encarando a moça que fingiu tossir completamente envergonhada.Drago ria achando graça, sua mulher era uma pequena italiana de sangue quente .

—Você venha.

O puxou pela mão pisando fundo até o estacionamento.

— Eu fiz algo de errado?

disse a parando e a segurando em seus braços.

—Parece chateada comigo.

— Não! não fez nada, mais é bonito demais, alguma chance de rasparmos esse cabelo e uma sobrancelha sua?

Ela fez graça e ele riu.

— Quer mesmo que eu faça isso?

Perguntou brincalhão.

— Claro que não! só fique longe de mulheres desavergonhadas, não quero ser obrigada a colocar em prática os golpes de Karatê que aprendi no internato.

— Sabe karatê?

Perguntou desacreditado

—Não, mais elas não sabem disso.

Riram alto.

— Amo você Veridiana, nem aquela mulher ou qualquer outra teriam chance.

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