moleque sem noção

Lili

Assistir Alan e Djude o tempo inteiro se esfregando no galpão foi irritante, confesso.

Mas doeu ver ele beijando ela. Não esperava isso dele. Achei... achei que ele era diferente, mas é igual a todos os homens, não podem ver um rabo de saia.

- você está bem? - Martina pergunta no carro quase chegando em casa

- ótima, por que não estaria? - falo

- é que... o Alan...

- nem termine, somos amigos e só uso! - falo

Chegamos e vou para meu quarto. Tomo banho e fico lembrando deles dois juntos, fico muito irritada, mas não tenho esse direito.

Acabo nem almoçando.

Quando já é meio da tarde, decido ir comer, assim que abro a porta dou de cara com Alan ali parado.

- o que faz aqui? - pergunto

- vim falar com você! - ele diz

- sobre?

- aparentemente, Martina acha que devo desculpas a você - ele diz entrando no meu quarto

Eu entro também, mas fico longe dele.

- e por que ela acha isso? - pergunto

- parece que magoei você, magoei?

- não, por que teria magoado? - pergunto

- vamos ficar responde perguntas com mais perguntas? - ele pergunta

- não sei, vamos? - pergunto

Ele revira os olhos.

- ficou magoada porque me viu beijando Djude? - ele pergunta

- não, não é da minha conta, você faz o que quiser da sua vida! - falo cruzando os braços

- ótimo! tudo bem se eu transär com ela então?

Eu arregalo os olhos

- não vejo como isso seria da minha conta, por mim, vocês dois podem fazer o que quiser! - digo seria

- que bom então, porque já fizemos isso, é bom saber que não tem nenhum sentimento mal resolvido entre nós! - ele diz

As suas palavras me atingem como um golpe no peito.

- vocês... transaräm já? - pergunto baixo

- sim, por que? isso incomoda você?

- não... falo baixo

Alan se aproxima ficando a centímetros de mim.

- tem certeza? - ele pergunta baixo

- absoluta - digo

- que bom, tudo resolvido! - Alan diz e sai andando

Eu fico parada no meio do quarto.

Alan e Djude tinham transadø? Eles m tinham se conhecido... e pior, Martina disse a ele que eu estava magoada... meu Deus que vergonha, agora ele vai se achar ainda mais.

Ele não é quem eu imaginei. Respiro fundo e desço. Eu precisava comer. Então vou até a cozinha e Martina estava lá.

- que bom que está aqui! por que disse ao Alan que fiquei magoada com o beijo dele e da Djude?

- desgracadø fofoqueiro! - ela pregueja

- bom porque você ficou! - ela continua

- não fiquei não!

Martina cruza os braços e me olha.

- Lili, sou eu, sua amiga. Sei que ficou!

- se fiquei ou não, não importa, ela e Djude se merecem, são dois promíscuos! - falo pegando um pão

Martina franze as sobrancelhas e pergunta:

- por que diz isso?

- bom ao que parece, já transaräm, sendo que mal se conheceram! - falo

- aquele idiota, imbecil! Falou isso para você? - Martina pergunta irritada

- falou! com todas as letras!

- uuuuuiii... que raiva! Moleque sem noção!

Alan entra bem na hora e faz cara estranha.

- que foi? - ele pergunta

- qual seu problema? seu babaca! - Martina diz e ele fica confuso

- que que eu fiz agora? - ele pergunta exasperado

- não sabe ser discreto e mais ainda, não sabe deixar o que faz em off? seu boca grande! - Martina xinga ele

- aí Deus... mulher é tudo assim? se ofendeu por pouco? - ele diz

- ofende por pouco? Por que disse a ela que transøu com a Djude? - Martina pergunta

- por que com certeza amanhã Djude iria dizer! - ele diz

- você é um babaca! - Martina diz e sai da cozinha deixando nós dois

Ele fica me olhando e não diz nada. Me obrigo e tentar engolir o pão que estava em minhas mãos, não queria dar a ele o gosto de me ver mal.

Alan se aproxima de mim e pergunta:

- vou perguntar pela última vez, você ficou magoada com o que viu? e agora com o que contei?

- o que quer que diga? Que sim? Que não queria que você a tivesse beijado? Que não queria que tivesse transadø com ela? Que direito eu tenho de dizer isso!? - falo

- realmente não tem direito depois do que disse

- e o que eu disse? - pergunto confusa

Ele se aproxima mais ainda.

- que não faço seu tipo - ele fala quase grudado em mim, que estava em pé perto da pai de mármore

Drøga, ele tinha ouvido isso?

- eu... bom, eu fiquei nervosa com as perguntas da Daniele... - digo mais nervosa ainda por ele estar tão perto de mim

- então isso quer dizer que faço seu tipo? - ele diz com a voz rouca

- eu... eu ... não sei... - minto gaguejando

- é simples, sim ou não... você faz o meu - ele diz e me segura pela cintura e cheira meu pescoço

- você... você faz... - eu admito perdida com suas mãos que subiam e desciam na minha cintura

Ele sorri se afastando do meu pescoço e captura minha boca. Alan me beija devagar e de forma terna, depois ele começa e exigir mais, explorando minha boca com sua língua e me causando sensações no corpo inteiro.

Alan pressiona seu corpo contra o meu, me deixando presa entre ele e a pia.

Mas então... lembro dele beijando Djude e do que ele me disse e o empurro. Dou um tapa na cara dele e limpo minha boca.

- seu nojento, a poucas horas estava transandø com aquela garota e agora me beija? não! nem pensar! não sou nenhum brinquedo Alan! - falo e saio pisando firme

Lágrimas queimam meu rosto enquanto descem! Eu não era nenhuma figurinha que ele iria colar no seu álbum. Alan não era quem eu pensei que fosse.

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