não faz meu tipo

Alan

Assim que o médico saiu do escritório corremos até ele.

- diga doutor, como ele está? - Henrique pergunta

- as notícias são boas, operamos sua mão e atingiu alguns nervos e músculos, mas se tudo der certo, e ele se cuidar e dizer repouso, vai ficar bem. Infelizmente o dedo que as meninas me entregaram, não deu para ser recolocado.

- por que? não fizemos da forma correta? - Martina pergunta

- sim vocês fizeram, o mantiveram no gelo, mas antes disso ele ficou muito tempo fora. Enfim, o braço e a mão estão ótimos, ele perdeu muito sangue, mas já o estabilizamos. Agora ele ainda está dormindo da anestesia. Em algumas horas ele vai acordar! Eu vou para casa, um enfermeiro vai ficar aqui, mas pela manhã venho ver como ele está! Qualquer coisa, basta de me ligar, mas ele está bem! - o médico diz

- ok doutor, obrigado! - Henrique diz e aperta sua mão

Eu faço o mesmo e depois entramos para ver Nick.

Ele estava deitado de barriga para cima, coberto com um lençol branco, seu rosto estava inchado, dos socos que levou, sua mão estava bem enfaixada e seu braço com várias marcas esbranquiçadas e roxas também. Nick parecia tranquilo, mas estava sedado, só irmãos realmente saber quando acordasse.

Lili, Martina e Daniele se aproximam dele e o tocam.

Eu e Henrique ficamos apenas observando de longe.

- você está bem Nick, está em casa, com sua família. Estamos todos aqui, a Martina, a Daniele do treino, Henrique, Alan e eu claro, Lili! - Lili fala e acaricia os cabelos dele

Aquela cena me deixa um pouco... desconfortável, se é que era essa a palavra correta.

- você tá um lixo Nick, mas vai ficar bem! - Martina diz rindo e Lili e Daniele a olham torto

- o que? eu e ele sempre brincamos assim! - Martina diz na defensiva

Nick continua imóvel.

- quem vai passar a noite com ele? - Henrique pergunta se aproximando

- tem o enfermeiro - falo

- sim, mas seria bom outra pessoa também, caso precise - Martina fala

- eu posso ficar! Vocês estão todos cansados! - Daniele diz

- tem certeza? - Henrique pergunta

- claro! cuidei do meu marido numa cama por um tempo, sou experiente nisto! - ela diz e me deixa intrigado.

Achei estranho ela se oferecer assim para cuidar do Nick, já tinha visto ele sendo grosso com ela no treino.

- vamos então, se precisar de algo, nos chame Dani! - Martina diz saindo de mãos dadas com Henrique, Lili logo atrás.

Eu observo ela por alguns segundos. Daniele olhava para o rosto do Nick, mas não vi nenhuma expressão preocupante.

Depois de subirmos as escadas, falo:

- não acham suspeito a Daniele que nem é íntima nossa querer cuidar do Nick?

Eles se olham e depois me olham.

- acho que ela só está sendo gentil, sabe que estamos cansados! - Lili diz

- ainda sim, achei estranho

- Alan, quer ficar você lá? - Henrique pergunta

- não... é só que... não sei

- deixe de bobagem, Daniele é uma mulher incrível, já sofreu muito na vida, vocês não imaginam! Eu conversei com ela algumas vezes no treino. Ela passou um bocado na mão do marido que morreu! Então, confie em mim, quando digo, a Dani é confiável! - Martina fala

- ok! - falo e vou para meu quarto, assim como o restante.

Tomo um banho demorado e fico repassando aquela cena do Nick no chão deitado, todo cheio de sangue...

Depois de algum tempo saio do banheiro e vou para a cama, deito nu mesmo.

Após horas e horas me revirando na cama, decido levantar e tomar uma bebida lá em baixo.

Coloco uma bermuda simples e desço.

Quando estou quase chegando no fim da escada ouço vozes.

- então, vocês dois estão namorando? - Daniele pergunta

- vocês quem? - Lili rebate

- você e Alan! óbvio!

- não! não não! não estamos! não temos nada e nem teremos! - Lili diz séria e aquilo me deixa um pouco... não sabia dizer o que.

- por que não vão ter? Alan é um homem tão bonito e muito gentil! - Daniele diz

- porque... bom, porque não combinamos, ele não faz meu tipo! - Lili diz

Eu fico ali parado mais alguns segundos e decido na atrapalhar a conversa delas, subo de volta pro meu quarto.

Elas continuaram conversando no sofá.

Eu não fazia o tipo da Lili?

Por que me importava com isso? Eu não me importava! Eu podia ter a mulher da máfia que quisesse! Aliás, até de fora!

Nossa, fazia tanto tempo desde que eu tinha estado pela última vez com outra. Estava acontecendo tantas coisas, que não tinha tempo para procurar alguém para transär, eu precisava resolver isso, urgente!

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***