resgatando do Nick

Alan

Assim que nos chocamos contra o portão, senti meu corpo inteiro doer. O impacto tinha sido forte, mas estava tudo bem.

Depois de nós, vários carros entraram atrás. O galpão ficava no centro do terreno e era enorme e todo de concreto e telhado de alumínio.

Descemos dos carros e de dentro do galpão começaram a correr mais homens do que a gente esperava. Embora estivéssemos em maior número.

Corremos e tiramos em todos que vinham em nossa direção.

Eu e Henrique lado a lado, um cobrindo o outro. Já tinha escurecido, tinham poucas luzes acesas, mas eram suficientes.

A adrenalina corria em nossas veias, junto com a velocidade em que entravamos galpão a dentro.

Bem no fundo, tinha uma parede de homens com... escudos?

Me senti no século XV vendo tal coisa.

Diminuímos a velocidade com as armas apontadas e Henrique gritou:

- apenas entregue meu irmão e vamos embora

Eles riram e um deles gritou de volta do fundo do galpão:

- nem pensar, queremos você Henrique, aliás queremos vocês três mortos, vamos tomar o poder de volta e reestabelecer o que seu pai queria!

- um golpe então? bom não vai ser possível - Henrique diz e de onde está dispara sua arma e atinge o cara que ele estava conversando bem no centro da cabeça.

Uau... que pontaria, estávamos muito longe deles.

O homens de lá começam a atirar de volta e corremos.

Sim corremos em direção aos tiros, em direção ao Nick. Alguns dos nossos começaram a cair, pois tinham sido atingidos

Quando Finalmente nos aproximamos, deixamos as armas de lado e começamos uma luta física com eles.

Um deles me acertou no lado do olho direito,, me deixando tonto, mas ainda sim não cai e continuei, desferiu vários socos e por último acertei meu pé bem no peito dele, ele caiu duro no chão. Com certeza não respirava mais.

Outro veio e me pegou pelo pescoço por trás de mim, com minhas duas mãos, segurei seus braços me inclinei para frente o joguei no chão, puxei minha faca e cravei bem em cima de sua orelha, na cabeça.

Mais rápido que eu pude notar, um deles pulou por cima de mim, me derrubando. Não enxergava nada, mas senti um golpe na cabeça.

E depois nada, só um peso em cima de mim, então rapidamente o tirei para o lado e me levantei ainda tonto.

Henrique tinha dado um tiro nele. Eu acenei em agradecimento para ele, que já estava chutando e socando outro.

Depois de muito sangue e suor, derrubamos os últimos homens que estavam cercando Nick.

Ele estava deitado num colchonete, com as mãos para trás amarradas, os pés amarrados e sua boca com um pano em volta.

Atrás dele uma poça de sangue. Ele tinha sido deixado para sangrar até a morte, estava desacordado.

Seu peito subia e descia com dificuldade.

Corri até ele e cortei as amarras. Tirei minha camisa e enrolei em sua mão, inchada e branca, toda suja de sangue e com um dedo faltando.

Não sei de onde tirei forças, Nick era tão grande quanto eu, mas o peguei em meus braços e corri.

Henrique se aproximou e gritou:

- TRAGAM O CARRO, RÁPIDO, RÁPIDO!

Assim que terminou de falar, ligou para o médico ir para a casa dele, com tudo que precisasse para uma cirurgia. Talvez ele perdesse a mão, pensei.

Chegando a porta de entrada do galpão, um dos nossos carros me alcançou e Henrique abriu a porta, colocamos Nick dentro e fomos o mais rápido possível para casa.

No caminho não pude deixar de pensar em tudo que já tínhamos passado juntos como irmãos.

Sempre brigamos muito, ameaçamos um ao outro sempre que possível. Mas cuidavamos um do outro, defendiamos um ao outro, como irmãos.

Nick podia perder a mão, quem sabe o braço, mas não podia perder a vida! Não podia!

Meu coração batia acelerado.

Assim que chegamos na casa do Henrique, já esperavam o médico, alguns outros que pareciam ser enfermeiros, Martina, Lili e a... Danielle, acho que era esse o nome daquele mulher que treinava com a gente.

O carro parou de lado e até deslizou na grama com a freada brusca.

Tiramos Nick do carro e o colocamos na maca que estava ali.

Correram com ele para dentro de casa, Henrique abriu o escritório e entraram com nosso irmão.

O médico pediu licença e fechou a porta. Agora tínhamos que esperar pelo melhor!

Eu não sabia o que fazer. Apenas sentei no chão, com minhas pernas dobradas e a cabeça para trás, fechei meus olhos e respirei fundo.

Eu só conseguia pensar na cena do Nick deitado no colchonete, sangrando e agonizando. Nem imagino quanta dor ele sofreu...

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Comments

Andréa Debossan

Andréa Debossan

Nossa coitado do Nick! Autora ppor favor não deixa ele perder a mão não, ele já perdeu o dedo, a mão não por favorzinho

2025-03-10

2

Solange Ferrari Dalberto

Solange Ferrari Dalberto

Autora não o Nick perder mais nada só o dedo que cortaram

2025-03-31

0

S Ramos

S Ramos

acho que agora os capangas do pai morreram todos.

2024-11-02

1

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