não foi difícil

Alan

Enquanto Nick falava eu apenas observei os homens.

O sol já estava se pondo, deixando o céu laranja e a grama estava quente sob os nossos pés. As roupas pretas deles estavam amassadas já por ser fim do dia.

Depois que o Nick falou para que quem tivesse alguma informação que falasse, vi alguns homens se olharem de canto, mudarem a perna de posição, tudo indicava que estavam nervosos.

Se nenhum deles viesse dar alguma informação, eu iria interrogar um por um destes, eu os conhecia, não intimamente, mas conhecia.

Assim que Henrique terminou o que tinha a dizer. Os homens começaram a conversar, primeiro bem baixo, depois mais alto.

Eu me aproximei do ouvido do meu irmão e disse:

- já tem alguém em mente daqui?

- para ser sincero, não, mas sei que alguém vai falar, nem que a gente tenha que pegar um por um! - ele diz

- vi quatro homens suspeitos, quer começar por estes?

- sim, chame eles para a garagem, vou estar esperando lá - Henrique diz e sai

Eu chamo um por um, e peço para que me sigam, apenas um deles ficou tranquilo, os outros pareceram nervosos.

Quando entramos na garagem, Henrique estava com quatro cadeiras enfileiradas uma do lado da outra.

- podem se sentar! - falo sorrindo

Eles sentam e Nick puxa suas mangas para cima.

- bom, vou ser direto, pois estamos sem tempo. Ou todos vocês sabem de algo, ou um de vocês sabe! Mas estou dando chance para que vocês possam me contar! Onde e com quem está o Nick? - meu irmão pergunta

Os quatro se entre olham sentados nas cadeiras. Mas não dizem nada.

- tudo bem!

Henrique olha para mim e faz sinal com a cabeça, eu sorrio de leve e puxo minha arma da parte de trás da cintura. Engatilho ela e aponto pro primeiro da fila da esquerda pra direita.

- quer falar algo? - pergunto com a arma a poucos centímetros da cabeça dele

- na... não... por favor eu não sei nada! - o homem diz

Olho para Henrique, que vacila um pouco, mas acena com a cabeça e eu disparo a arma, sangue respinga para todo o lado, manchando minha camisa branca.

Passo para o segundo homem da fila.

- quer dizer algo?

- por favor, por favor, não posso fal...

Dessa vez Henrique dispara de onde estava. Todos eles sabiam só não queriam falar.

Henrique se aproxima do terceiro da fila e coloca a arma na boca dele.

- você vai ser o próximo, tem certeza que não quer falar? - Henrique pergunta baixo e cruel, nunca o vi assim

- tudo bem, tudo bem, Jason sabe de tudo, pergunta pra ele, pergunta pra ele! - o homem grita

Eu e Henrique nos viramos imediatamente para o quarto e último da fila, aquele que tinha sido o mais calmo quando chamei.

- Jason! Começa a falar!

Eu me aproximo por trás dele e seguro uma faca no centro do seu pescoço.

- tem dez segundos pra começar a falar, ou meu irmão vai fazer um pequeno corte com sua faca e você vai sangrar e agonizar por pelo menos 5 minutos, vai ser uma morte bem ruim...

- certo, tira a faca primeiro - Jason diz com dificuldade

Alan o solta e o homem começa a dizer:

- Eles estão no galpão de treino, aquele que agora mulheres podem treinar junto com os homens. Assim que vocês saíram de lá, Nick estava chegando e os seguidores do seu pai estavam seguindo ele. O encurralaram e depois o prenderam. Deram uma surra nele e tiraram seu dedo fora. É tudo que sei, agora nos deixem ir - o homem diz sério

Henrique me olha e sorri.

- não foi difícil não é irmão?

- não mesmo! - falo

Henrique atira na cabeça dos dois. Eles não mereciam viver, cada segundo que perdíamos, podia ser vital para o Nick.

Sabia que Henrique odiava essa parte do trabalho, mas estava contente que ele conseguia fazer. Henrique sempre foi o mais bondoso de nós todos.

- vamos - Henrique fala saindo da garagem

Vou atrás dele, chamamos os homens, explicamos o que estava acontecendo de verdade e então depois de pegarmos munição, coletes e bombas, entramos nos carros e saímos em direção ao galpão de treino.

Eu fui dirigindo com Henrique do meu lado e mais três homens de nossa confiança no banco de trás. Íamos explodir tudo. Pela cara do meu irmão.

Assim que nos aproximamos, de longe já vimos dois homens parados com fuzis para baixo no portão.

- só acelera - Henrique diz e se segura no gancho de cima do carro

Eu confiro se tô de cinto, e faço o que ele diz. Piso no acelerador até o fundo.

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