Quebra de confiança

Uma noite não seria o suficiente mas quero tentar.

- Você foi embora e deixou ela por que quis?-, uma pergunta que logo ela toma um gole de seu vinho pra responder.

- Não,mamãe surtou depois que minha irmã trocou seu primeiro selinho com o garoto que ela tinha uma quedinha....digamos que nossa mãe é controladora por isso sem contato íntimo com garotos,recebi a proposta de me tornar modelo aos dezoito e claro que fui ,no primeiro ano me tornei a modelo mais bem paga do país e como presente recebi uma caixa de bombons cacau show da minha pequena, na carta em conjunto ela dizia que é o chocolate mais caro do mundo por isso vendeu muitos doces caseiros pra conseguir comprar quando na verdade....-, completo sua frase.

- Não são os mais caros do mundo -, inocente concerteza é a mais inocente.

- Exatamente mas ela mandou com tanto carinho pra comemorar meu primeiro desfile fora do país que acabei agradecendo e dizendo que não podia comprar outro igual -, ela mostra seu colar de corrente dourada e um pingente em forma de coração com um pedrinha branca brilhante- Ana comprou de um amigo acreditando ser de diamante sabe quanto ela pagou?-, nego não fazendo ideia - 240 reais mas pra mandar,o frete era de mil e quinhentos, ela trabalhou como faxineira por três anos enquanto eu desfilava e quando mandou o presente vi que era ouro e diamante falso só que quando descobri quanto custava me fez repensar o quão especial era o presente, na mensagem que recebi depois de três anos dizia o quanto ela estava orgulhosa de tudo oque conquistei e que não perdia um desfile quando passava na Tv, nunca poderei agradecer a ela todo o esforço que fez em me apoiar mesmo de longe nem quando me envolvi no escândalo de que tinha me envolvido com o prefeito corrupto ela deixou de me apoiar e acreditar em mim -, queria ter essa honra uma vez que só desejei boa sorte a minha esposa quando viajou.

- Sua mãe....-, ela toma a palavra.

- Mamãe nunca acreditou no meu sucesso por isso se recusou a deixar minha irmã vir morar comigo na Noruega dizendo que ela é menor de idade quando na verdade só estava planejando quando arranjar um casamento a força,Ana estudou por que seu pai mandou dinheiro pra sua educação ou hoje ela estaria casada com um homem grosseiro e machista que a machucaria e a trairia todos os dias,Caio tem tratado bem minha irmã e é por isso que não interfiro,minha pequena era excluída dos grupos de amizade por me ter como irmã e ter um pai que simplesmente desapareceu sem se comunicar, a vida não seria fácil se soubesse quem somos se ela já sofreu diversas ofensas tendo seu jeitinho inocente e se descobrirem que ela é uma bomba relógio que pode ocasionar um conflito entre Mafiosos-,Marli está afirmando que tem ideia do que uma simples menção de Ana pode ocasionar.

- Se contarmos ao mafiosos talvez não cause tanto efeito desastroso-, digo tendo seu sorriso como resposta.

- Ana é filha do líder da Fénix, irmã da traficante famosa e filha de uma líder religiosa, se juntarmos tudo não temos menos que um escândalo entre Mafiosos, traficantes e religiosos,Ana é uma simples garota que não tem ideia de que é extremamente protegida,oque acha que os rivais iram fazer se descobrirem sua existência e sua importância ? -, estamos com um baita problema e esse tem nome, sobrenome e um Mafioso obcecado, pego meu celular vendo que é chamada de vídeo atendo vendo Ana cantar e dançar e Caio super entediado provavelmente querendo dormir.

- Oque? Ela está cantando?-, pergunto olhando Ana se mexer com energia.

- Socorro! ela achou a sala de cinema e o play back das músicas-, Caio gargalha olhando Ana super animada pelo menos está feliz.

- Amor vem...-, ela o puxa e encerro a chamada,não sou paga pra isso.

- Ana está cuidando muito bem do marido-, digo antes que pergunte sobre os que os dois estão fazendo.

- Lembro que uma das minhas amigas perguntou se minha pequena é inocente por ter comprado o colar -, ela diz sempre mexendo no colar- Ana não é inocente só não vê maldade nos outros,as pessoas foram um tanto cruéis com ela do jardim de infância ao Ensino médio -, e imaginar que a pirralha parece um arco-íris todo dia - Mas e você não se tornou guarda-costas de Caio do nada -, contar sobre minha vida nunca foi meu objetivo,nem quando minha esposa pergunta.

- Aos doze já participei dos campeonatos de Box e judô mas só ficava em segundo então preferi sair, meus país morreram um ano depois de me ver entrar pro exército pois não fiquei muito tempo-, só de lembrar que matei um dos generais por ter tentando me tocar,por sorte um de meus amigos chegou a tempo - estudei por dois anos e entrei pra polícia infelizmente fui expulsa por deletar polícias corruptos-, Marli ri se servindo de vinho.

- Agora trabalha pra máfia-, me contagio com sua risada,não nego que é um tanto sarcástico.

- Trabalhei pra forças especiais da polícia mas quando descobriram que não consegui esconder seus crimes por debaixo dos panos,meio que me ameaçaram e chegou um momento que não pude fugir nem muito menos proteger minha esposa então procurei um emprego ser segurança de Caio Datto Monteiro, no minuto que ele me viu fui contratada, não importava minha ficha de empregos anteriores ou o quanto fui uma possível traidora em acessão ele confiou e ainda confia -, Caio foi o único que ignorou os avisos de seus aliados e até seguranças, sou agradecida apesar de ser temida por ser eu mesma......na verdade a pirralha me vê como mulher que precisa usar rosa.

- Ana é a única da nossa família que confiou no meu talento pra moda,ela foi minha bonequinha desde do jardim de infância foi incrível a vestir como eu queria apesar de não termos muitas condições por Carlos ser apenas policial e cuidar de três mulheres,nossos vizinhos nos dava roupas então sempre cortava na blusa ali decorava com um botãozinho aqui-, Marli tem um brilho no olhar quando fala da irmã,entendo por que a pirralha é tão feliz só existindo....digo não ouve ofensas.

- Não fala muito de você-, digo depois de ouvir muito sobre Ana e nada sobre ela.

- No colégio fui estilo líder de torcida com dezenas de pessoas ao meu redor mas nunca me agradou muito,nem sempre muitos significa ter confiança, minha primeira vez foi com meu namorado só por curiosidade, minha mãe ficou uma fera e ameaçou me expulsar e minha pequena ameaçou ir junto ,no fim acabei tendo uma oportunidade como modelo -, sem demora a interrompo.

- E líder do tráfico-, digo tendo seu olhar sério.

- Exatamente,a líder anterior foi morta que no caso era minha segurança então tomei seu lugar, desde de que voltei reforcei a segurança da minha irmã que é tudo pra mim e não perdoou minha mãe por ter a dado de bandeja pra um vagabundo qualquer-, as palavras de Marli parecem e são bem sérias diante de minha presença então é momento pra a deixar a descansar.

- Buppo?-, pergunto pois ainda não tinha aparecido.

- No quarto de Ana,lhe dei muita ração bom pelo menos eu acho.. -, me levanto no mesmo momento que ela.

Nos despedimos e vim embora pois Marli não é muito de abraço como Ana,como as duas são diferentes sendo tão parecidas,só espero que o futuro da pirralha seja tão especial quanto a da sua irmã,não demorei muito pra chegar e logo estacionei guardando a chave,não pude acreditar no que vim quando cheguei a sala,Ana só de lingerie deitada sobre o peitoral de Caio,só não digo que está vestida pois a coberta está acima de sua cintura.

- Antes que me pergunte ela apenas quis te esperar-, ele afirma e essa pirralha.....sinceramente.

- De lingerie?-, em outro momento até me alegaria com esse tipo de coisa.

- Iríamos nadar mas quando ela viu a piscina se desesperou e não quis entrar -, ele a ajeita sobre seu corpo arrumado seu rosto perto de seu ombro, de mafioso temido a namorado cuidadoso.

- Bom..boa noite-, sigo pro meu quarto é melhor deixar os dois o mais juntos possível....não sabemos quando será a última vez.

🎋***************🎋

Pela manhã acordei de bom humor me sinto mais leve depois de conversar com Marli.

- Bom dia -, Ana nem me esperou fugir e logo me abraça,seu típico vestido preto não me impreciona pois logo se vira.

- Está sujo?-, ela pergunta me dando ideia de que está naqueles dias onde o estresse aumenta assim como o emocional.

- Não -, afirmo a acompanhando até a sala de jantar, uma mesa bem posta com um bom marido na ponta,ela se senta me puxando pra me sentar ao seu lado.

- Não faça isso comigo,somos amigas-, ela diz não tendo ideia de como essas palavras me afetam no bom sentido * somos amigas * na maioria das vezes ouvi * você é assustadora * ou * temos medo de você *- Nossa!Nutella!só provei uma vez quando meu pai comprou-,como ela pode ser feliz só por estar comendo.

- Não é melhor com....-, Caio acena pra que não a interrompa...Ana parece adolescente impressionada com as novidades da vida.

- É gostoso -,ela afirma toda animada e queria ter toda essa inocência.

- É melhor irmos pra não chegarmos atrasados-, digo só para não ter que lidar com Citia a essa hora do dia.

O caminho até o centro de caridade seria tranquilo se não fosse o celular de Caio vibrando por causa de suas exs ficantes...não posso dizer nem namoradas,agora que ele tem uma preferida digamos que as outras o querem de volta,o local é em uma igreja oque não me agradou.

- Não se preocupa,pastores não ajudem nesse tipo de coisa,hoje devem estar em alguma caravana religiosa-, ela se aproxima- alguns pastores mais novos traem suas esposas com as cantoras do coral então....-, a piscada foi o suficiente pra compreender oque é a tal caravana religiosa.

- Sejam bem vindos-, uma das religiosas nos comprimenta...digamos que principalmente Caio.

- Obrigado, faremos o possível pra ajudar-, Ana diz nem percebendo que seu marido faltava pedir socorro se escondendo atrás dela.

- Podem servir a sopa-, puxo Ana e Caio pra garantir que não haja briga,a menor é inocente mas não burra.

Nos posicionamos atrás de mesas de plástico,não consigo imaginar o por que da pirralha está tão feliz servindo sopa...diferente do meu chefe.

- Pode me dizer onde é o banheiro?-, o velhinho parecia estar necessitado principalmente pelas roupas.

- Claro,eu te levo -, Ana o acompanha,entre sim e não preferi o óbvio...os seguir.

De longe pude ver que o velho na verdade não é velho, o principal foi a arma em suas mãos.

- Me passa o colar -, o velho pede e Ana se nega tinha sido um presente de Caio.

Me aproximei com cuidado e não demorei a o desarmar porém o velho foge.

- Tudo bem ?-, Caio pergunta se esquecendo que só veio tentar a salvar agora.

- Sim....digo ele parecia tão inofensivo-, Ana tem muito oque aprender ou já está começando.

- É por que não deve confiar na primeira pessoa que é simpática-, digo não era pra a repreender mas soou do mesmo jeito.

- Já entedi,nada que fazemos dar certo-, ela não está errada,nada tem dado certo desde de que se comprometeu com Caio.

🎋 Caio 🎋

Realmente nada que fazemos dar certo e é por  isso que estou disposto a fazer algo que diante dos parâmetros da máfia só é necessário em caso de união de laços,chamei Janice pra conversar oque se pode dizer....

- Oque? Se compromenter definitivamente? Ela ao menos tem que saber correr -, Nem na hora de me dar bronca Janice deixa de ser sarcástica.

- Ela não correria perigo-, digo mesmo sabendo que não mudaria o fato de que só vai ter o reforço de seguranças.

- Não...por que caso você não saiba ela já está em perigo estando ao seu lado -, Janice retruca bem pior que os sermões de minha mãe - ok....logo ela vai começar a trabalhar por isso de um tempo,só indo a buscar ou a visitando -,como ela acha que vou conseguir ficar longe da minha dama.

- Mas mãe eu já disse que...-, logo ouço a chamada ser encerrada por parte de sua mãe.

- Oque aconteceu?-, Janice pergunta se escorando na parede ao seu lado,que avanço até meses atrás só dizia * me preocupar?quero que você se foda * um amor com Ana mas não comigo...que calúnia eu pago seu salário.

- Meu pai que contou pra mamãe que estou namorando um homem perigoso,ela disse que devo terminar ou me expulsa da família-, Ana afirma pedindo abraço pra maior que nega,não importa como seja ou com quem seja Janice nunca se rende.

- É por sua mãe ser extremamente religiosa-, Janice errou feio dizendo que já sabe sobre a vida da menor.

- Pesquisou minha vida ?-, uma pergunta como uma resposta óbvia pela expressão de Janice.

- São os protocolos de....-, Ana a interrompe.

- Se deseja saber da minha vida me pergunte é errado pesquisar a vida das pessoas principalmente a minha-, Não está errada em ficar chateada porém é realmente o protocolo.

- Sua irmã...-, Ana se contei a empurrar Janice.

- Isso é invasão de privacidade, já não basta achar que sou uma sonsa por querer ser simpática agora prefere saber da minha vida por meio de investigação como se eu fosse uma criminosa -, de todas as palavras ou simples lacrimejar de olhos foi as últimas palavras de Ana que a machucaram- achei que fôssemos amigas-, está na minha mente o real motivo pela qual Janice não quis contar sobre a investigação * amiga* é isso que a maior considera Ana...tão importante quanto a Torre de Paris.

- Minha dama te dou uma carona -, sugiro uma vez também sou culpado por querer saber da investigação.

- Não me toca-, ela desvia caminhando a passos rápidos pra fora da igreja.

Liguei diversas vezes pra Ana só garantindo que chegou bem porém sua irmã atendeu e disse em claras palavras * ela esta bem então não a perturbe * deveria ter sido menos grossa,entre sim e o não preferi deixar um segurança de prontidão,entro em meu escritório pensando nos assuntos que tenho que resolver....como se fosse possível.

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