Capítulo 18

...Giovanna...

Estou deitada em meu quarto, quando Ayla entra feito foguete.

– Que foi mulher? – Pergunto já que minha irmã entrou eufórica.

– Você não sabe, o Enrico pai da Laurinha, por pouca ele não me beija, ele estava tão perto Gio, mas aí o papai entrou e acabou o clima né.

– Poxa, mas se ele tentou uma vez, isso significa que ele tá afim de você.

– Aí Gio, seria um sonho sendo realizado.

– Imagina ele pedindo pra namorar com você ou sei lá futuramente vocês casando.

– Aí credo Gio, vira essa boca pra lá. Meu negócio é abusar muito daquele corpinho, depois acabou. Cada um pro seu lado.

– Você sendo verdadeira com ele, isso é o que importa.

– Claro né Gio, mas ele vai topar tenho certeza.

– Mas mudando de assunto vamos assistir um filme juntinhas como antigamente? – Pergunto e ela assente pegando o controle de TV.

– Vou estourar a pipoca. – Ayla diz se levantando da cama. Ao mesmo tempo que o Lucas abre a porta do quarto.

– O que você quer Lucas? Já não magoou ela suficiente não? – Ayla Dispara a falar apontando o dedo na cara do nosso irmão.

– Ayla meu assunto é com a Gio não com você, então abaixa esse dedo. – Lucas Fala e abaixa o dedo da nossa irmã. Ayla olha pra mim e diz:

– Giovanna, vou estar lá na cozinha fazendo pipoca pra gente, se ele te magoar mais uma vez, me fala. Eu o amo muito, mas macho escroto e estúpido comigo não tem vez. – Ela sai pela porta, fechando enquanto Lucas senta na minha cama do meu lado.

– Olha só o que te trouxe. – Lucas me entrega uma caixa de bombom do meu chocolate preferido.

–Obrigada.

– Giovanna tenho que te pedir desculpas, eu não devia me intrometer na sua vida, e nem falar aquelas coisas pra você. Fui um idiota sem noção, deixando meu ciúmes falar mais alto. Você me perdoa? – Lucas pede fazendo cara de cachorro que caiu na mudança.

– Não sei...– Viro meu rosto,olhando pra parede – Talvez se você ficasse aqui com a gente pra assistir filme, eu te perdoaria –falo olhando agora em sua direção.

– É pra já. – Lucas se joga do meu lado,.me abraçando, esse menino é muito grande,quase me sufoca. – Que filme vamos assistir? – Ele pergunta e nossa irmã aparece no quarto com um balde de pipoca.

– O clássico" A espera de um milagre" – Ayla responde pegando um punhado de pipoca e enfiando na boca.

– Mano, vou desidratar de tanto chorar. – Lucas diz e eu concordo. É um filme lindo e muito triste.

Ayla da o play no controle e o filme começa sentamos nós três juntos em minha cama para assistir.

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...Rodrigo...

Pego meu estetoscópio e guardo dentro da minha maleta, acabou meu plantão. Graças a Deus.

Quero ir pra casa e tomar um banho, estou fechando a porta do meu consultório, quando sinto alguém atrás de mim. Olho pra trás e vejo Diego.

– Meu Deus Diego você é enorme, não pode chegar por trás assim das pessoas. você assusta. – Falo arrancando uma risada dele.

– Desculpa, você vai estar ocupado hoje? – Diego pergunta.

– Não, Estava pensando em ir pra casa.

– Você quer esticar a noite lá em casa? – Diego pergunta com uma intensidade no olhar.

– Nossa, mas estou afim de ficar sossegado, relaxar. Não tô afim de estrepolias.

– Calma ai Rodrigo, você está achando que estou te convidando pra fazer o que? Eu não nego ser afim de você, ter um desejo enorme de provar sua boca. Contudo eu sei que ainda não está pronto. Queria apenas te chamar pra comer uma pizza, jogar conversa fora, assistir alguma coisa. Só isso.

– Então se for assim. Eu topo. – Falo andando junto com ele.

– Não se preocupa que quando eu estiver com a intenção de te chamar em casa pra outra coisa, faço questão de deixar bem claro. – eu assinto sem graça.

Cada um vai no seu veículo, eu de carro e ele com a sua moto da Hornet, eu sigo ele tentando não o perder de vista.

Em menos de dez minutos chegamos na sua residência, estaciono o carro enquanto ele desce da moto.

Ele me convida pra entrar na casa, todo o ambiente tem a cara de um homem, cores cinza e branco. Nada colorido.

– Posso tomar um banho, se não for pedir muito, é que não consigo relaxar sem tomar um banho antes.

– Claro, vem vou te mostrar o banheiro. – Ele me conduz até o cômodo. – As toalhas ficam aqui no armário. Fica a vontade.

– Obrigado Diego. – Agradeço e ele sai fechando a porta.

Tomo meu banho, tentando não pensar em nada a não ser relaxar. Ele disse que ia me respeitar então acredito.

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...Diego...

Quando convidei Rodrigo para casa, foi mas melhores intenções, tenho poucos amigos, e todos estão ocupados hoje. Não querendo passar a noite sozinho convidei o Rodrigo, pra jogarmos conversa fora e talvez um truco. Porém estar perto dele desperta desejos em meu corpo e tenho que controlar ao máximo para não o agarrar.

Rodrigo sai do banho, e se senta comigo no sofá.

– Quer beber alguma coisa? – Pergunto – Tenho cerveja, refrigerante, suco e água.

– Um refrigerante tá bom, não vou tomar bebida alcoólica porque estou dirigindo.

– Beleza. – Me levanto e vou até a cozinha pegar duas latinhas de refri. Dou uma pra ele e abro a minha.

– Então me conta, o que tu gosta de fazer nas horas que não está se matando no consultório? – Pergunto na inocência, porém sinto que não devia ter perguntado. Rodrigo dispara a chorar.

– Meu Deus Rodrigo, desculpa a minha pergunta. – Peço depois de saber que nas horas que não está trabalhando, procura por seu filho desaparecido

– Tudo bem, você não sabia. Mas eu sinto tanta saudades deles, eu estou o procurando. Miguel está vivo. Eu sei disso. – Sabia que Rodrigo tinha um filho desaparecido, por isso ele se desligava no trabalho. Mas não fazia ideia que ele ainda o procurava.

Abraço ele e para o meu espanto ele permite ser abraçado, quando suas emoções se acalma, trocamos de assunto e falamos sobre outras coisas, estou amando conhecer mais da vida do Rodrigo. Ele me parece ser uma pessoa incrível.

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