Capítulo 17

...Lucas...

Não queria ir na casa dos meus pais hoje porém eu magoei a Gio e tenho que pedir desculpas pra ela se não, não conseguirei ter uma boa noite de sono.

Quando estou saindo de casa, Alicia chega.

– Oi pequena.

– Oi, vai sair? – Ela pergunta analisando meu corpo de cima a baixo.

– Sim, vou lá nos meus pais. Preciso me desculpar com a Giovanna.

– Porque o que você fez?

– Fui um estúpido com ela, além de um sem noção.–Falo indo me sentar no sofá.

– Estava com ciúmes né? – Essa menina me conhece bem demais.

– Você não imagina o quanto, você acredita que ela saiu com o Juiz de um caso meu! – Falei indignado.

– E daí? Ela é maior de idade.

– Eu sei pô, mas ela e a Ayla são minhas princesinhas. E se aquele maluco magoar ela? Ela não é igual a Ayla, que não tá nem aí e já arruma outro um dia depois.

– Lucas você tem que deixar suas irmãs fazerem as próprias escolhas.

– Tá eu sei disso. Por isso estou indo lá pra casa.

– Ah eu vou com você. Tô com saudades dos meus tios e das meninas. – Alicia se levanta me puxando pela mão. E eu puxo ela de volta fazendo a cair no meu colo. Aspiro o aroma do seu perfume.

– Pequena, você tá linda.– Alicia tinha se desenvolvido muito, apesar de baixinha, ela tinha um corpo de dar inveja nas mulheres de sua idade, seus longos cabelos pretos tinha um cheiro familiar de morango, o cheiro de seu shampoo nunca mudou.

Lembro perfeitamente quando a vi pela primeira vez na casa do tio André. Ela usava um vestido roxo e estava toda tímida. Diferente do que eu achava das meninas antigamente, nunca achei Alicia chata, gostei dela logo de cara

Fonte: Pixabay

Alicia se aproxima seus lábios dos meus, olhando diretamente para os meus olhos, olho para seus olhos verdes porém mais claros que os meus.

Ela toca seus lábios nos meus, inciando um beijo, Não! isso é errado ela é minha melhor amiga, interrompo o beijo antes que ela aprofundasse. E tiro ela do meu colo.

– Alicia não podemos pequena.

–Porque não Lucas? Eu sou feia pra você?

– Claro que não pequena, você é linda.

– Então qual o problema Lucas? – Ela pergunta dando as costas pra mim com a mão na cintura.

– Pequena, somos amigos, nunca ia dar certo. Eu gosto de curtir, não sou um cara pra você pequena.

– Isso eu que tenho que saber.

– Pequena, você merece coisa muito melhor do que eu. – Passo as mãos em seus ombros mas ela se afasta do meu toque. – Por favor vamos mudar de assunto, vamos lá na casa do meu pai.

– Não quero mais ir, vou para casa dos meus pais. – Ela fala.

– Por favor pequena, você tem que me entender.

– Não quero mais falar disso Lucas, entendi já, você não me quer, pra uma boa entendedora meia palavra basta.

– Meu Deus Alicia, você não está me ouvindo.

– E nem quero, tchau Lucas. Até amanhã ou até eu resgatar minha dignidade depois de ser chutada por você.

– Alicia..– Não consigo terminar de falar pois ela sai pela porta me deixando sozinho na sala.

Não me resta nada a não ser pegar minhas chaves e carteira e ir pra casa dos meus pais.

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...Alicia...

Sabia que não ia dar certo, tentar ficar com o Lucas? Sério Alicia? O que você achou que ele faria? Que te responderia e pedisse você em namoro? Fala sério

Entro em meu carro e sigo para a casa dos meus pais.

Assim que abro a porta o cheiro delicioso de bolo de chocolate atinge meu olfato.

– Filha você aqui? Aconteceu alguma coisa? – Meu pai Fábio fala me abraçando.

– Oi papai, não está acontecendo nada. Apenas sentia a saudades de vocês.

– vamos lá pra cozinha, seu pai vai ficar feliz por ver você. – Papai segura minha mão e me leva até a cozinha, eles moram na mesma casa desde os meus 4 anos, e tudo aqui é uma lembrança para mim, seja boa ou ruim.

– Oi filhota do papai. – Papai fala jogando a calda de chocolate por cima do bolo como cobertura

– Oi papai, você está bem

– Sim filhota, apenas fazendo um bolinho para tomarmos café.

– Bom, vou subir para o meu quarto.– Meus pais ainda mantém meu quarto antigo aqui, eles falam que sempre quando vier visitá-los tenho meu próprio cantinho.

Papai André olha pra mim, ele não deixa passar nada, e sei que já percebeu meu estado.

– Sobe lá, toma um banho, e depois irei conversar com você viu mocinha. Isso de estou bem não está me convencendo.

– Tá bom pai. Amo você. – Falo e vejo sua bochecha.

Subo para o meu quarto, que ainda continua do mesmo jeito, meu computador de tubo, meu walkman entre outras coisas. Pego meu diário e começo a ler, tem muitos anos que escrevi meu primeiro diário, leio até pegar no sono.

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