Capítulo 16

...Ayla...

Chego no hospital, passo na emergência e dou um abraço no Diego, esse cara é enorme, maior que o Lucas, e ele facilmente me levanta do chão.

– Você de novo aqui Ayla? Não me diga que mudou de curso?

– Deus me livre, não suporto ver sangue. Estou aqui porque uma certa garotinha de olhos azuis esta querendo me ver, e claro que de brinde tenho privilégio de olhar aquele deus grego do pai dela.

– Ah sua safada, não perde uma oportunidade. – Ele me empurra de leve.

– Jamais meu amigo. Cadê papai com o Rodrigo?

– Rodrigo está com um paciente, e o Seu pai está no escritório dele.

– Depois falo com eles então.– Dou um beijo nele. e Vou pro quarto da garotinha, a porta tá levemente aberta, penso em abrir mas um certo loiro está sem camisa, deus sei que errado espiar, mas que peito, tanquinho na medida certa, um perfeito V se formando para o caminho da alegria, ele vira pra pegar a camiseta e contemplo suas costas largas com uma tatuagem perfeitamente desenhado.

– Ayla a baba ta escorrendo querida. – Tomo um susto e coloco a mão no peito na tentativa de me acalmar.

– Que susto Diego. – falo baixinho pra ele– O que você tá fazendo aqui?

– Tá na hora da medicação da garota. – Ele fala e abre a porta, e o gato já está com a camiseta vestida.

–Oi! – Falo entrando no quarto.

– Tia Linda! Você veio. – Laura fica eufórica quando me vê.

– Eu falei que iria vim. Como você está minha gatinha?

–Bem papai cuida bem de mim. Quer que ele cuida de você também? – Eu que tinha pegado uma água pra tomar acabo me engasgando. Eu começo a tossir, Diego aquela peste só sabe rir, e o Enrico fica preocupado, dando leves batidas em minhas costas.

– Filha isso não são coisas que se diz. – Enrico repreende a garotinha depois de ver que eu estava bem.

– Não tem problema Enrico de verdade só fui pego desprevenida.

– Aí gente credo, eu só perguntei se ela queria que o senhor cuidasse bem dela. Fazendo carinho no cabelo, dando comidinha na boca. Só isso, adulto é muito estranho. – Ela fala e eu imagino recebendo cuidados do Enrico, mas outros tipos de cuidado.

– Bom garotinha o papo tá divertido mas tá na hora do seu remédio. – Diego fala.

Diego administra o remédio pra ela e sai do quarto, sento na cama ao lado da Laurinha e faço um carinho em seus cabelos lisos, e ela vai fechando os olhinhos até adormecer. Fico um tempo admirando essa criança, tão linda não quero imaginar o que ela passou nas mãos daqueles sem coração, mas tenho certeza que meu tio vai encontrar quem pegou ela.

– Laura gosta muito de você, são poucas as pessoas que conseguem a atenção dela.– Enrico fala me pegando de surpresa.

– Eu também gosto dela, foi paixão a primeira vista.– Falo me levantando.

– Fico muito feliz com isso, se é importante para minha filha, pode ter certeza que é importante para mim Ayla. – Enrico fala próximo a mim, tão próximo que sinto seu hálito quente e delicioso, ele dá um passo a frente.

– Ayla não tive tempo de elogia-la, está muito linda.– Seus olhos azuis se direciona para minha boca, e automaticamente levo meus olhos para seus lábios, grossos e bem desenhados.

– Obrigada Enrico. – sussurro, estamos tão próximos que podia tocar meus lábios com os seus, o tesão entre nós estava forte.

– Ayla eu..– Ele começa a falar mas somos interrompidos por meu pai que entra no quarto e nos afastamos rapidamente.

– Senhor Enrico, eu não sabia que estava ocupado. – Meu pai fala me olhando.

– Ah claro que não, pode falar. – Enrico se afasta de mim ficando frente a frente com meu pai.

– Vim pegar Laurinha pra fazer os exames, meu filho ele está ocupado no momento e não poderá acompanhar então estarei indo no lugar dele.

– Claro, só terei que acorda-la, dormiu a poucos minutos.

– Então deixe-a dormindo, assim que ela acordar. Me chame OK?

– Claro. Obrigado – Meu pai balança a cabeça, olhando em minha direção e fecha a porta.

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...Enrico...

Ver Ayla tão próxima da minha filha despertou em mim algo que a muito tempo não sinto. Me despertou a vontade de ter uma família. Depois que a mãe da Laura foi embora, não me envolvi com mais ninguém. Prometi dedicar minha vida para minha filha.

Mas Ayla, me desperta esse lado adormecido.

Não posso negar que ela é linda, uma morena de cabelos compridos e lisos que nada se parece com o pai, seu corpo também é uma tentação, nem gorda e nem magra, curvas perfeitamente desenhadas o famoso violão.

Se o pai dela não tivesse entrado aqui teria com certeza beijado essa delícia e provado o sabor de seus lábios carnudos.

– Acho que eu vou embora.– Ayla me desperta para a conversa.

–Que isso fica mais um pouquinho, saiba que só poderá ir embora se ela tiver acordada, porque se você for com ela dormindo em minutos ela vai pedir pra você voltar aqui. Acredita a pequena é manipuladora.

– Sei bem como ela é, ela consegue nos vencer pelo cansaço.

– Exatamente– Rimos juntos.

Começamos a conversar e ela começa a contar de uma professora que é uma cobra, eu dou risada do jeito dela.

Minha filha acorda então Ayla chama seu pai e eu acompanho minha filha enquanto Ayla se despede dela com um beijo no rosto prometendo ligar mais tarde.

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