Capítulo 14

...Giovanna...

Ver Hiago em ação, foi muito excitante. Quase meu coração saiu pela boca quando ele me convidou para um café, seria esse um encontro? Ou ele apenas me chamou pois quer uma companhia? De qualquer jeito fiquei muito feliz. Um homem daquele porte me convidar, é muito pra esse coração idiota e apaixonavel.

Ele nos leva até uma cafeteria e doceria, o lugar é chique, não que eu nunca tenha vindo em um lugar assim. Mas não podia deixar de mencionar como o lugar é sofisticado.

Como todos cavalheiro ele puxa a cadeira pra mim sentar, Sentando logo após. Tony que me perdoe mas esse homem exala testosterona.

– Diga me senhorita além da faculdade de direito o que faz nas horas vagas?

– Bom quando me sobra tempo curto tirar fotos e postar nas minhas redes sociais, curto ler, sou mais caseira né.

– Impressionante! Geralmente mulheres da sua idade, gosta de baladas, boates. – Hiago diz e nesse momento ele faz o nosso pedido,2 croissant de presunto e queijo e 2 muffin, 1 café expresso pra ele e pra mim um chocolate quente com chantilly.

– Aliás me desculpa perguntar qual a sua idade?

– Eu tenho 20 anos. – Respondo – E a sua?

– Assim você me faz me sentir um coroa, eu tenho 32 anos.

– Se todos coroas fossem assim. – Dou uma risadinha.

Conversa vai e conversa vem, tomamos nosso café que aliás estava maravilhoso, recebo uma mensagem do meu irmão dizendo que ele precisa de mim e que passaria aqui pra me buscar

– Desculpa, mas meu irmão acabou de mandar mensagem, dizendo que precisa de mim.

– Você veio de carro? – Ele pergunta.

– Não, quer dizer vim. Mas meu irmão deu carona, então ele passará aqui para me buscar.

– Pede pra ele não se incomodar, eu mesmo levo você Giovanna, é o mínimo que posso fazer depois de tê-la raptada essa manhã. – Como meu nome sai de sua boca é capaz de fazer minha imaginação ir longe, se é que me entendem.

Saímos da cafeteria e seguimos até o fórum que é perto. Vamos conversando mais um pouco até eu estar em seu carro.Meu irmão vai falar na minha cabeça até amanhã.

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...Ayla...

Que homem era aquele? Deus lindo grego. Ayla você acalma o seu fogo, você precisa se concentrar nessa matéria que o professor te passou.

Eu tento, mas aqueles olhos azuis de um certo loiro não sai dos meus pensamentos. Aliás não sei como era a mãe de Laurinha mas com certeza os olhos é do pai. Por falar em Laurinha como será que ela tá? Ontem ela me deu um susto, nunca passei tanto nervoso na minha vida. Vê-la tão fragilizada e não poder fazer nada, cortou meu coração.

– Ayla que bom que você está divagando em seus pensamentos, aposto que já modelou o manequim que te pedi, se bem que ele está pelado, é alguma.nova tendência? – Meu professor pergunta pra mim.

– É sim! Gostou? Se chama Adão antes do fruto proibido. – Brinco, e ele me olha com cara séria.

– Que bom que acha engraçado, vou rir quando for dar a nota também.

– Desculpa professor, vou fazer o que pediu. – Paro de pensar nas duas criaturas de olhos azuis e me concentro no manequim.

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...Enrico...

Vejo minha menina dormindo, tão em paz. Não sou capaz de imaginar o que ela passou, dois anos que luto e busco por minha filha, enfim a encontrei, juro que se eu souber quem foi. Irá se ver comigo. As pessoas não sabem do que um pai de família é capaz de fazer quando mexem com os seus.

Prometi a minha Laurinha que cuidaria dela até que Deus resolvesse me tirar da terra.

Sua mãe a abandonou quando ela tinha apenas 2 meses de vida,ela disse que ficar trocando fraldas e suportando choros de bebê não é a vida que ela sonhou. Então simplesmente sumiu. Desde então eu cuido da Laurinha sozinho, sem ninguém. No começo não nego foi difícil, conciliar o trabalho com ser pai, foi uma batalha, eu pagava uma babá para ficar com ela enquanto eu estava no trabalho, mas vi que estava me afastando da vida da Laurinha então larguei meu trabalho e passei apenas a cuidar da minha filha.

Como minha poupança é gorda e eu tenho investimentos em ações. Posso viver uma vida tranquila sem precisar trabalhar. Porém eu sinto saudades da correria da emergência, ter o sorriso de uma criança quando você consegue trazer o alívio que elas precisam.

Assim que estiver com tudo tranquilo, irei colocar Laurinha na escola e voltar para o mercado de trabalho, mas dessa vez nada de plantões malucos, apenas uma escala de 12 horas.

– Papai..– Laurinha me chama e eu abro meus olhos que nem percebi que havia fechado.

– Oi princesinha.

– Quero falar com a tia linda.

– Tia linda? Quem é essa meu amor?.– pergunto confuso.

– É a tia Ayla que estava aqui quando você chegou papai. – Ela fala com sua voz doce e infantil.

– Oh filha papai não tem como ligar pra ela, desculpa – Me desculpo com ela.

– Mas ela é filha do Tio Pedro e irmã do tio Rodrigo. Você pode pedir pra eles o número dela.

– Ah não Laurinha, não vou perturbar os dois no trabalho para pedir o número de uma desconhecida.– Falo e ela me lança aquele olhar pidão e olhinhos triste. Como eu vou falar não?

– Ok, eu pego sua pequena manipuladora, mas não se acostuma. – Não me lembrava como ela conseguia tudo de mim.

Vou até o consultório do Rodrigo e bato na porta,ele está com uma família.

– Desculpa, eu volto outra hora. – Falo fechando a porta novamente.

– Não, a gente já acabou aqui. Não esquece de fazer certinho.– Ele fala pra mãe e os dois saem do consultório. – Entoa o que você queria falar? É algo com a Laurinha?

– Sim, quer dizer não. É que Laura quer conversar com a tia linda dela, pois é foi um espanto pra mim também, acontece que tia linda é a Ayla sua irmã e bom, eu prometi a ela que pegaria o número com você.

– Ah claro, eu dou sim. – Ele me passa o número da Ayla. – É um perfeito horário pra ligar, ela acabou de sair da faculdade. – Rodrigo fala e pega ficha de outro paciente.

Eu volto para o quarto da minha filha.

– Aqui eu consegui pra você. – Ela se joga em meus braços e me dá um beijo na bochecha.

– Te amo papai é o melhor pai de todo o mundo.

– Sei..– Ligo para a tal Ayla.

– Alô – Ela atende no primeiro toque e cacete não lembrava da voz dela ser tão sensual.

– Alô quer dizer aqui é o Enrico pai da Laurinha não sei se lembra de mim.

– Ah sim, claro.

– Bom minha filha quer falar com você.– Dou o celular correndo nas mãos de Laura como se o celular pegasse fogo, que sentimento foi esse.

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