Capítulo 12

❌❌❌ ***Atenção esse livro aborda temas LGBTQIAP+ se você não curte isso ou é contra seria bom pular esse livro. Dado essa informação simbora pra história ❌❌❌

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...Rodrigo...

O pai de Laurinha apareceu e eu fiquei encarregado de dar o prognóstico da menina. Mas como vou fazer isso? Esse caso mexe demais comigo, se ele conseguiu encontrar a filha depois de dois anos, porque eu não posso encontrar o meu filho? Ainda há esperança.

Diego me observa ele percebe como eu estou nervoso, Diego ele me conhece, sabe tudo que se passa comigo. Ele é um homem muito aperfeiçoado, grande, alto, apesar do seu tamanho,.sabe muito bem lidar com as crianças, o problema é que devido ao seu porte físico isso acaba assustando elas a princípio.

Fonte: Pinterest

Diego vem até a mim, e da um sorriso. Eu sei que ele pensa em ficar comigo não sou nenhum idiota, mas com tudo que está acontecendo em minha vida, não consigo pensar em mais nada.

– Rodrigo quer que eu vá com você?

– Seria ótimo, caso minhas emoções saem fora do controle, me dá um tapa para me despertar.– Falo e ele ri me acompanhando pelo corredor.

Paro em frente ao quarto e bato, o pai autoriza minha entrada. Laurinha está sentada no colo do seu pai, enquanto ele faz um carinho em sua cabecinha.

– Bom dia, me chamo Rodrigo Lopes e sou o pediatra responsável pela sua filha e esse é o enfermeiro Diego.

– Bom dia! Eu sou Enrico Ávila. Por favor sem enrolação, sou pediatra e estou acostumado a dar notícias para os familiares.

– Bom senhor Enrico nos exames que fizemos ontem não foi encontrado nada, porém deixamos escapar alguma coisa, ontem ela teve febre e sua saturação caiu. Então iremos fazer novos exames pra descobrir o que deixamos passar.

– Certo! Notei ela um pouco pálida, ela está anêmica?

– Sim, mas já estamos tratando dessa anemia e da desidratação. – Respondo suas outras dúvidas. Um médico muito observador pelo que vi.

Deixo eles a sós e volto para o consultório e começo atender os pacientes. Entre uma consulta e outra, percebo os olhares de Diego para mim, e isso me deixa acanhado, o olhar dele é quente me deixa desconcertado. Dou um sorriso para ele, e volto minha atenção na ficha na minha frente.

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...Diego...

Acho engraçado como um simples olhar meu, deixa aquele ruivo desconcertado. Nunca me preocupei com o homem que esquentaria minha cama, pois sempre tive o homem que quisesse. Mas no momento que pus meus olhos nesse ruivo, sabia que estava arruinado para os outros homens.

Tenho 30 anos e já aproveitei demais nessa vida, orgias, baladas, viagens, mas de um tempos pra cá a vontade de sossegar veio forte.

Quando soube que ele não era assim, mas se tornou pois perdeu sua família, entendi porque ele era fechado, mas nunca foi um homem mal educado, porém ele não saia distribuindo sorrisos por aí.

Ele tinha as pessoas certas pra isso, só queria uma brechinha pra poder mostrar pra ele, como a vida ainda é colorida. Contudo ele breca todas as minhas investidas, Ayla sabe como eu gosto do seu irmão e disse pra ter paciência, isso é o que mais tenho.

Sou tirado dos meus pensamentos, quando ele coloca a prancheta no balcão, com seu semblante cansado.

– Diego, se alguém chegar passa o paciente para o próximo médico. Meu pai está querendo falar comigo. Espero que não seja nenhuma outra reclamação, porque dessa vez estou me esforçando muito e dando o melhor de mim. – Pego em sua mão.

– Tenho certeza que sim e ele também sabe disso. Deve ser outra coisa não se preocupa. – Falo próximo a ele e vejo ele engolindo em seco,seu pomo de Adão subir e descer.

Retiro minha mão suavemente da dele, esse simples gesto deu vontade de atacar sua boca com a minha, tenho que ir com calma, apesar de Ayla dizer que seu irmão é bissexual, ele ficou muito tempo casado com mulher. Um homem ainda mais do meu porte pode assusta-lo.Digamos que sou intenso demais.

– Estou indo lá.– Diz sem graça colocando a mão no bolso de sua calça jeans, ele vira e sai corredor a fora e eu volto para os meus afazeres inspirando o cheiro de seu perfume.

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...Giovanna...

Chego no escritório do meu irmão e coloco minha bolsa em cima da mesa que ele separou para mim. Lucas ainda não chegou e estou sem nada para fazer, decido então dar uma olhada em meu e-mail.

Noto alguns convites para modelar, mas não dou nem trabalho de ler, modelo não é uma coisa que eu queira é apenas um passatempo, gosto de publicar o que faço e consumo e por algum motivo, isso atrai o público, mas o que eu quero realmente é ser uma advogada como o meu irmão, ele me inspira demais, ele é todo brincalhão ele sendo apenas o Lucas, mas quando ele veste a cara de Dr.Lucas, ele se torna um homem frio e calculista. Sabe blefar quando quer, e nada passa despercebido do seus olhos de águia.

Meu celular começa a tocar e atendo sem olhar o visor, mas sabendo que pode ser a minha irmã só ela pra me ligar essa hora, ela sabe que detesto conversar de manhã.

– O que você quer sua peste? Sabe que detesto conversar pela manhã ainda mais no telefone. – Reviro meus olhos.

– Olha, não sou uma peste embora me achem durão... – Minha voz sumiu quando ouço a voz do outro lado da linha. – Anotado não te ligarei mais pela manhã Giovanna.

– Ah Doutor, quer dizer excelência. Desculpa achei que fosse minha irmã. – Respondo sem graça passando a mão na testa. Que tapada, ele deve achar que sou educação.

– Estou ligando para informar que hoje terá uma audiência criminal, se quiser acompanhar será duas horas da tarde.

– Nossa muito obrigada excelência, estarei aí no fórum.

– Está bem Giovanna te vejo mais tarde.– Ele desliga o telefone e eu sento na cadeira suspirando.

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