Rainha Itainã Renquis

A rainha vai para o quarto de sua filha com duas servas para fazerem as malas, ela nota que sua filha está fingindo dormir, mas não quis questionar.

Depois das servas arrumarem as malas e descerem a rainha se sentou ao lado de sua filha.

-Eu sei que você não está dormindo mocinha.

A princesa se senta ao lado de sua mãe com um sorriso travesso.

-Já vamos embora mamãe?

Com um leve toque em seu rosto a rainha explica que o rei tem compromissos e precisam retornar para casa.

-Entendi, posso dar uma volta antes de irmos?

-Claro querida, vamos assim que você voltar. Aproveite.

-Sim mãe.

A princesa se troca e vai atrás do duque. Ele está no jardim escrendo em alguns pergaminhos.

-Posso te interromper?

De sobressalto o duque acaba caindo com o susto que a princesa lhe deu.

-Você nunca me atrapalha querida.

Ele se levanta e a guia para um banco embaixo de uma árvore.

-Você está melhor?

-Estou sim.

-Soube que vocês retornam hoje.

-Hum, papai tem compromissos inadiáveis.

-Entendo, façam uma boa viajem e não demorem para nos visitar

-Mais é claro, e vocês também nos visitem.

-Querida...posso te abraçar?

Com um sinal leve a princesa da permissão ao duque que a abraça com muita força, como se ele não quisesse soltá-la, retribuindo o abraço a princesa acaricia de leve a cabeça do duque.

Interrompendo o abraço a princesa da um beijo na bochecha do duque e anuncia que precisa ir, e promete que vai escrever para ele.

Ele se levanta e segura a sua mão.

-Vou lhe mandar flores, sempre que possível vou lhe visitar e quando nos casarmos vou te fazer a mulher mais feliz do mundo.

-Oh, ainda é muito cedo para falarmos de casamento, nós só temos catorze anos.

-Eu sei querida, mas daqui a dois anos vamos estar praticamente casados e você vai ver o quão feliz eu vou te fazer.

Alexandria lhe lança um sorriso antes de se soltar.

-Acredito, mas daqui a dois anos as coisas podem ser muito diferentes, eu nem sei o que vai acontecer daqui para o castelo.

-Não pense nisso agora, apenas vamos continuar nos conhecendo e depois vamos nos casar. Está bem?

-Está bem. Tenho que ir, vamos voltar?

-Vamos, primeiro as damas.

-Obrigada.

Os dois retornam a grande casa de mãos dadas e todos nota o sorriso em seus rostos.

-Já estou pronta papai.

Anuncia a princesa parada na porta da carroagem.

O rei coloca a cabeça para fora e dá um beijo na testa de sua filha.

-Já se despediu dos grã-duques? Ou só do filho deles?

-Tuchê. Vou falar com eles.

-Eles estão na entrada da casa.

-Nao demoro.

-Tudo bem.

A princesa se despede dos grã-duques com sua mãe e depois vão para a carroagem.

-Podemos ir cocheiro.

Sem demora o cocheiro sai das terras do grã-duques e vai para o caminho do castelo.

Dentro da carroagem a princesa está com a cabeça escostada no ombro de seu pai, pela demora da viagem ela acaba pegando no sono.

A rainha acaricia o rosto da filha e se encosta no rei.

-Estou tão cansada.

O rei da um beijo na rainha antes de segurar firme na sua mão.

-Descance um pouco querida, quando chegarmos eu lhe acordo.

-Eu não quero dormir.

-Então me conte uma história.

-Você quer ouvir uma história?

-Sim.

-Mas as minhas histórias são chatas.

O rei planta um beijo na mão da rainha antes de continuar a dizer.

-Nada em você é chato meu amor.

A rainha se aninha ainda mais no rei antes de começar a contar.

-A muito tempo atrás no reino de Renquis havia uma rainha poderosa chamada Itainã Renquis, ela era incrível, sabia fazer várias coisas, amava ler, era completamente apaixonada pela lua e era a mulher mais bela.

Um dia enquanto ela estava colhendo algumas maçãs ela avistou um lobo que estava ferido, sem pensar duas vezes ela foi ajudar o pobre animalzinho.

Depois de semanas o lobo já estava curado, e então ele partiu a deixando sozinha.

Tempos depois a rainha Itainã Renquis foi na floresta colher algumas flores para o festival da lua quando se deparou com outro lobo, porém esse parecia faminto, ele foi para cima dela, mas antes dele conseguir mordê-la o lobo que ela havia salvo apareceu e brigou com o outro lobo.

Ela saiu dali o mais rápido que pôde. Depois de alguns instantes ela escutou uma batida na porta, ao abrir ela viu a sua cesta de flores que nem lembrava que havia deixado cair quando aquele lobo veio para cima dela.

Também havia um cartão escrito "Obrigada por ter me ajudado quando estava ferido".

Ela saiu para procurar quem havia deixado aquela cesta, quando viu um homem alto e muito bonito do lado da sua casa.

-Está me procurando?

Ela fica sem acreditar que aquele belo homem era o lobo que ela havia resgatado e cuidado a tempos atrás.

Ele vai ao seu encontro e lhe abraça.

Eles passaram uns meses se conhecem e no outro ano se casaram e vivem feliz até hoje."

-Eu amo essa história.

-Eu também, é a minha história favorita.

-Mas sabe de uma coisa.

-O quê?

-Eu amo muito mais você.

Eles se beijam até o cocheiro anunciar que eles chegaram no castelo.