O início

No caminho de volta para o castelo o silêncio reinava, Alexandria não perguntou absolutamente nada para o homem que estava indo um pouco atrás dela, como se fosse um dos guardas reais quando ela sai para algum lugar.

Antes de chegar no portão do castelo a princesa se vira para falar com o homem, porém ele já não estava mais lá. Charlotte vai correndo ao seu encontro assim que a vê.

-Majestade o que houve com a senhorita?!

A princesa se olha e percebe que seu vestido está sujo e seu joelho está enfaixado.

-Estou bem Charlotte.

Mesmo assim Charlotte acompanha a princesa até seu aposento real e lhe prepara um belo banho.

Alexandria se deita em sua cama após o banho e diz que não vai almoçar. Preocupada Charlotte pergunta o que havia acontecido para Alexandria chegar naquelas condições.

A princesa entendia o quão preocupada Charlotte estava, afinal ela conciderava Alexandria uma neta.

-Eu estava dando uma volta no vilarejo antes do almoço, e acabei tropeçando, um desconhecido me ajudou e me trouxe até aqui.

-Mas a senhorita estava sozinha quando cheguei.

-Ele é tímido. Não conte aos meus pais Charlotte, eles vão se preocupar atoa.

-Tudo bem, se a senhorita prometer que vai comer alguma coisa.

-Está bem eu vou comer, mas depois de dormir um pouco está bem?

-Tudo bem, vou deixá-la sozinha. Com licença majestade.

Charlotte se retira do quarto deixando Alexandria perdida em pensamentos, o sono logo a derruba e a princesa adormece.

"-Majestade o que vamos fazer? Precisamos sair, mas para onde iremos? Onde está Onde está o rei Hergues majestade?

Um homem está de frente com Alexandria fazendo várias perguntas.

-Eles estão invadindo o castelo, o que será de nós majestade?

Uma mulher de meia idade se aproxima gritando. É sua mãe, mas porque a chama de majestade?

-Vamos pela passagem secreta majestade.

O homem que parece um arcebispo conduz Alexandria para uma passagem atrás de um quadro que ela já havia visto na sala de quadros do castelo.

A mulher de meia idade olha para a princesa enquanto ela passa pela passagem e fecha a porte atrás delas.

Eles começam a correr dentro da sala e saem do castelo.

Era um lugar completamente diferente de tudo que ela havia visto,as pessoas pareciam as mesmas,mas não exatamente as mesmas.

O barulho de cascos de cavalo vindos em suas direções anunciam que eles haviam sido descobertos, podeira ser uma armadilha para eles saírem do castelo? E se foi, o que aconteceria dali pra frente?

Alexandria liderou o homem e a mulher de meia ideia para um vale não muito distante de onde eles estavam, contudo eles não se atreveram a fazer nenhuma pergunta.

Infelizmente o homem que estava no cavalo se aproximando cada vez mais.

O lugar por onde eles estavam indo parecia ser sem saída, e preocupou a todos.

-O que faremos majestade?

O homem pergunta quase sem fôlego e parando para se encostar numa árvore.

-Vocês não sabem andar nesse vale?

Os dois se entreolham antes da mulher responder.

-Majestade, a senhora proibiu qualquer um a adentrar esse vale, não se lembra?

Eu?Mas eu nunca estive aqui antes.

-Vamos nos esconder antes de sermos mortos.

Atrás de um arbusto os três ficam praticamente imóveis e quase sem respirar.

O homem montado no cavalo começa a se aproximar e Alexandria não acredita no vê, não é ninguém menos que Robson, porém ele parece mais velho e está com a mesma túnica que o homem misterioso usava na noite que eles dividiram um bolo no castelo.

Ele desmonta do cavalo e começa a gritar com uma árvore. Não muito tempo depois outro homem chega em um cavalo. Dessa vez é seu pai.

O que estava acontecendo?"

Alexandria estava suada e vermelha de tanta febre.

Charlotte continua insistindo batendo na porta para a princesa abrir, mas não tem nenhuma resposta. Preocupada Charlotte vai correndo falar com a rainha e o rei sobre o que estava acontecendo.

Na porta o rei bate algumas vezes antes de arrombar. Seu coração parece parar quando vê sua amada filha se tremendo sobre a cama e tão suada a ponto de molhar a colcha e os travesseiros.

Imediatamente ele a pega com cuidado e a leva para o banheiro para colocá-la na banheira. A rainha manda Charlotte chamar o curandeiro real.

Alexandria parece tão fraca e desfalecida dentro da banheira que faz sua mãe começar a chorar.

Do outro lado da porta o rei tentar consolar a rainha.

-Ela vai ficar bem querida. É só uma febre.

-Ela é tão nova, não queria que ela passasse por isso.

-Uma iria acontecer, nós dois sabíamos disso.

-Ela precisa acordar.

-Vou pedir para eles nos ajudarem.

-Sabe que eles não faram isso.

-Mas eu preciso tentar. Ela é minha filha.

O rei sai do quarto e vai para a grande biblioteca atrás de livros antigos para saber a localização dos amigos ainda não conhecidos.

Após um tempo o rei sai da biblioteca e volta até sua esposa.

-Eu encontrei a localização deles. Me espere está bem?

-Cuidado por favor.

-Eu voltarei para vocês. Eu preciso ouvir ela dizendo que me ama.

-Eu te amo.

-Eu também te amo. Me espere.

O rei sai sai do castelo com uma armadura, arco e flecha e entra no vale proibido.

A rainha está com Alexandria deitada na cama com uma túnica branca, porém ela ainda está em chamas. O curandeiro chega e pede para trazerem uma corda, imediatamente Charlotte vai providenciar, antes de sair do quarto a rainha pede para ela não dizer nada do que estava acontecendo.

A sós com a rainha o curandeiro diz.

-Eu já estava a caminho majestade.

-O senhor sabia o que estava acontecendo?

-O homem de capuz e cavalo negro como a noite me contou.

-Ele contou?

-Sim, pediu para mim vir acordar a princesa.

-Quando vocês se falaram?

Então o curandeiro conta que viu a princesa saindo do vale e o que havia acontecido com Robson.

-Ela vai acordar?

-Eu espero majestade. Afinal esse é apenas o início de tudo outra vez.

A rainha se senta próxima a sua filha enquanto o curandeiro faz seu trabalho.

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