Retorno e Mudança

Retorno e mudança!

Passou duas semanas e eu não consegui voltar pra casa nem voltar para o restaurante... ainda bem que eu tenho a Cristine..., mas sei que logo ela vai para Milão e me pego a pensar como vai ser... O que fazer.... os meus dias aqui são ir para escola e Cristine me manter ocupada com encomendas de perfumes exclusivos que ela faz questão de vender enquanto eu me mantenho ocupada fazendo vários perfumes,

Cristine: oiii Bela vamos tomar café? Fala entrando no quarto!

Bela: sim, vamos! Já estou pronta. Levanto saindo com ela do quarto.

Cristine: ah me esqueci de te falar, mas temos mais 4 perfumes para você fazer! Conta toda empolgada e dou risada do jeito maluco da minha amiga!

Bela: vemos isso mais tarde... faço uma pausa buscando as palavras certas. Quero ir ao restaurante e resolver algumas coisas!

Cristine: quer que eu vou com você?

Bela: sim, falo abraçando a cintura dela que me abraça de volta!

vamos pra aula, e depois seguimos até o restaurante.

Preciso conversar  com a Joana e a Cata pra decidir o que fazer... O ano letivo termina essa semana também e preciso ver o que vou fazer daqui pra frente...

Chego na frente do restaurante mas minhas pernas parecem reviver aquele dia... seguro a maçaneta da porta e entro.... olho em direção ao balcão.... e uma lágrima cai... como eu queria ela ali nem que fosse só pra ouvir ela gritar e me xingar.

Joana, Cata, Pedro e Carol já me esperam no restaurante, Joana tomou conta de tudo enquanto eu não conseguia voltar.

Joana: Bela oi minha menina Fala me abraçando.

Bela: Jo , sussurro chorosa já sentindo uma lágrima.

Todos me abraçam dando forças.

Converso com todos é subo para o apartamento em cima do restaurante com a Cristine, entro devagar e tudo dela ainda está ali... acabando com meu emocional, nem que eu quisesse conseguiria viver aqui de novo. Penso e como se sentisse o meu desespero Cris me abraça com força sem falar nada.

Joana sobe logo, e conversamos

Joana: como você está minha menina?

Bela: aceitando... só não sei o que fazer ainda...

Joana: leve seu tempo... a dor vai passar... não vai ser pra sempre... Fala pausado como se tentasse não me machucar.

Bela: sabe Jo... paro suspirando fundo ... ela nunca me deu carinho... sempre me cobrou muito... mas não queria perder ela... e foi minha culpa....

Joana:não Bela , não foi sua culpa, não se culpe minha menina... ela sempre foi assim fria e de uns 2 anos pra cá ela tem bebido muito e piorou muito.

Bela: ela falou umas coisas sem sentido quando estava partindo... ela para e tenta lembrar, mas não faz sentido.... e agora a única coisa que sinto é dor...

Joana: você tem que seguir talvez ir pra faculdade, buscar seus sonhos, ficar longe dessas lembranças ruins possam te ajudar.

Bela: não sei Jo.... e tudo aqui... O restaurante as coisas a casa... sei que dói mais ainda olhar para essas paredes e pro restaurantes. Mas sei lá ela não queria que eu fosse embora. Para pensando sobre tudo.

Bela: não posso vender o restaurante nem o apartamento... não sei o que fazer! Cristine segura a minha mão, mas não fala nada parece que ela me passa segurança toda a vez que olho para ela.

Joana: com o restaurante não se preocupe vamos achar mais alguém pra ajudar e nós tocamos pra você! A casa você pode alugar, e as coisas dela, quando você estiver melhor podemos separar o que você não quiser e fazer uma doação do restante!

Bela: vou pensar numa solução e te comunico ... obrigado Jo por tudo... por sempre estar aqui para me ajudar... não sei o que seria de mim sem vocês todos.

Cristine: Vamos sempre lhe apoiar, independente do que escolher fazer! Me dando um beijo na testa e sorrindo.

Joana se despede e volta para o restaurante. Enquanto eu fico ali absorvendo tudo meio que entorpecida!

Levanto chamando Cristine

Bela: Cris, vamos comigo no meu quarto, preciso pegar uns documentos, e o cartão do banco! E algumas roupas.

Cristine: sim! Ela segura na minha mão e saímos da sala e vamos para o quarto.

Ando com passos lentos como se as minhas pernas fossem feitas de chumbo, passo pela porta do quarto que era da minha mãe e paro a levantar a mão até a maçaneta! Respiro fundo, mas solto não conseguindo abrir.

Cristine: tá tudo bem, vamos pegar o que precisa no seu quarto! Não precisa passar por isso hoje! Fala-me levando para meu quarto e vendo o meu semblante escurecer de tanta tristeza.

Pego tudo que preciso com a ajuda da Cris e saímos dali.

Passamos pelo restaurante e nos despedimos da Joana e dos outros.

Joana: leve o tempo que precisar e não se preocupe, o seu José já está nos ajudando com as contas e mais duas pessoas para vir nos ajudar! Vai ficar tudo bem!

Bela: obrigado Jo! beijo sua bochecha retribuindo o abraço, e voltamos para casa de Cristine.Eu olho para trás e sinto no meu coração que já sei o que devo fazer...

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