Capítulo: 17

Gael Narrando

acordei com o sol batendo em meus olhos, virei para o lado e Davi já estava acordado, dei um beijo nele, e sorri

- eu tenho que ir para a cozinha junto com os meninos - falou ele sorrindo

- não\, hoje você vai ficar em casa\, eu vou fazer o seu trabalho e descobri como que essas pessoas te tratam. Se a Lídia aparecer\, diz que você está se sentindo mal\, na verdade eu vou ir falar com ela - falei levantando da cama

Davi nada falou, ele apenas me abraçou e me deu um beijo de língua

- obrigado por estar cuidando de mim

- sempre vou cuidar - falei saindo do quarto\, deixando Davi com Doug que dormia nos pês da cama

desci as escadas e segui para a cozinha, todos estavam lá

- bom dia pessoal

- bom dia - falou Bruno

os outros também responderam, aquela cozinha estava um clima muito estranho, mas isso seria conversa para outro momento

- vamos\, eu vou junto com vocês para a cozinha- falei encarando Bruno\, Isaac e Edu

- mas o que aconteceu com o Davi ?- perguntou Bruno franzindo o cenho

- ele está bem\, apenas vou ver como as pessoas tratam ele. Vocês vão indo para a cozinha\, e eu vou encontrar com a Lídia\, vou falar para ela que o Davi está se sentindo mal  - falei saindo da cozinha

sai da casa e quando estava passando em frente a casa de nossos vizinhos, escutei uns gritos, pela minha curiosidade ser muito grande, resolvi parar para escutar

- bate nessa porra Pedro\, assim\, come esse cuzinho - falou a pessoa que eu imaginava ser o Jackson ou o Clóvis

continuei descendo a rua, mais a frente encontro Lídia gritando com dois meninos

- Lídia\, posso falar com você ?- perguntei cutucando ela

- o que você quer ?-perguntou ela grosseiramente

- o Davi\, não está se sentindo bem hoje\, portanto\, eu vou ficar no lugar dele na cozinha

- faça como quiser\, desde que o trabalho seja feito - falou ela seguindo outro caminho

não sabia onde ficava a cozinha, por sorte havia uma menina passando ali

- garota\, onde que fica a cozinha ?- perguntei sorrindo

- oi namorado do Davi\, eu me chamo Sarah\, nos conhecemos antes de você chegar\, e uma perguntinha\, não seria ele que deveria estar na cozinha - falou ela me encarando

- Sim\, mas hoje eu vou trabalhar no lugar dele\, sabe\, para mim saber como as pessoas o tratam por ele ser um zumbi - falei fazendo aspas com os dedos

- ah que fofo\, queria que o Bernardo fosse desse jeito\, pois bem\, a cozinha. Desça essa rua inteira\, quase perto do portão principal onde vocês entraram\, você vai ver meio que uma cabana\, a cozinha e ali - falou ela sorrindo

apenas agradeci e segui pelo caminho que ela indicou, depois de andar um pouco cheguei na cozinha, abri a porta e estava repleto de zumbis trabalhando lá, me aproximei de Bruno que estava descascando umas batatas

- o que tem para mim fazer ?- perguntei sorrindo

- ali naquele armário\, você vai encontrar um avental branco\, pegue vista e venha me ajudar com essas batatas

caminhei até o armário e peguei um dos aventais que havia ali, peguei uma faca dentro da gaveta, e me sentei ao lado de Bruno

- o que aconteceu com a bomba nuclear que iriam explodir ? - perguntei puxando assunto

- o Edu\, ele veio da Alana Corpus\, a mulher conseguiu criar meio que um antidoto\, e esse antidoto vai ser espalhado pelo ar\, deixando todos os zumbis iguais a nós - falou ele sorrindo

o resto da manhã se baseou em cortar legumes e fazer o almoço, depois que todos almoçaram. Bruno disse que eu teria que recolher as roupas sujas do pessoal, já que era o Davi que fazia isso. Sai pela porta e comecei a andar pelo acampamento, logo uma mulher me chama

- ei garoto\, você está passando para recolher as roupas sujas\, venha cá tenho algumas - falou ela me chamando com a mão

entrei na casa da mulher e acompanhei ela até o local onde ficavam as roupas sujas, logo escuto passos pela casa

- mãe\, aquele zumbi nojento não veio buscar as roupas sujas - falou ele aparecendo onde estávamos

- se você estava com tanta pressa\, então por que não foi lavar ?- perguntei confrontando o garoto

- Fabio\, peça desculpas ao garoto - falou a mulher quase gritando

- não\, ele sabe que o namorado dele e um zumbi nojento

rapidamente puxei o garoto pela blusa, e o empurrei contra a parede, dava para ver na cara dele que estava morrendo de medo

- se você continuar falando dele assim\, vou te dar como comida para ele. E acho que você não vai gostar muito da sensação - falei apertando ele contra a parede

- por favor garoto\, ele não falou por mal - falou a mulher atrás de mim- peça desculpas agora Fabio- falou ela gritando

- ta\, me desculpe\, isso não vai mais acontecer - falou ele levantando as mãos

- bom mesmo

peguei as roupas e segui em direção a porta de saída, mas antes escutei a mulher falar

- você está louco\, não viu o tamanho dos braços daquele garoto\, ele podia te esmagar como um inseto

apenas dei uma leve risada e sai da casa, na verdade eu não era muito malhado, tinha um pouco de musculo nos braços, mas nada muito exagerado. continuei seguindo o caminho e mais uma mulher me chama, segui ela até o local onde ficava as roupas sujas, e dessa vez uma garota entrou falando

- aff\, esses zumbis fedidos sempre andam por aqui....- falou a menina se espantando quando me viu

- você está na minha lista negra- falei passando por ela

quando estava saindo pela porta, escuto a mulher falar com a menina

- acho que você perdeu o medo de morrer\, não conhecemos esse garoto\, não sabemos do que ele e capaz para proteger o namorado\, acorda para a vida Ludmila

sai da casa, e segui para outra pois fui chamado por um homem, ele me mostrou onde ficava as roupas sujas

- como você tem coragem de namorar um zumbi feio e asqueroso como seu namorado ?- perguntou o homem me encarando

- tenho a mesma coragem que todas as mulheres tem de ficar com você - falei me retirando

sai da casa e voltei para a cozinha, estava um pouco estressado, mas conseguia controlar, segui para os fundo e tinha dois homens conversando, parei em uma pilaça e fiquei ouvindo a conversa

- você viu aqueles dois\, um mais ridículo que o outro - falou um dos homens

- Sim\, aff\, tudo que o acampamento menos precisava era de mais dois viadinhos\, já não basta os que já tem - falou o outro

sai de trás da pilaça e coloquei as roupas dentro do tanque, os homens haviam parado de conversar quando me viram

- podem continuar o papo\, parecia estar tão bom quando eu cheguei - falei rangendo os dentes

- não que isso parça\, estávamos falando apenas do tempo - falou um dos homens

empurrei o homem que caiu no chão

- o próximo que eu ouvir falando de mim\, ou do meu namorado eu fazer engolir os dentes\, e eu não gosto de brincadeiras- falei entrando na cozinha novamente\, me sentei em um caixote que tinha ali

- o que está acontecendo ?- perguntou Isaac se sentando ao meu lado

- aqui nesse acampamento e um pior do que o outro\, não vai demorar para mim quebrar a cara de alguém por aqui

- fica calmo\, quando nós começamos isso aqui\, todos já sabíamos o tipo de tratamento que iriamos receber - falou Isaac passando a mão em meu ombro

apenas abaixei a cabeça, precisava pensar um pouco.

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