capítulo 3

Acorda patricinha! minha casa não é hotel e enquanto estiver aqui vai seguir minhas regras! diz Hell ao entrar pela porta, caminha até cama onde durmo e joga sobre mim uma camiseta e uma box preta ainda na etiqueta.

__ Eu não vou vestir suas roupas! Eu quero minhas coisas. Grito e ele me olha revirando os olhos.

__ Vou pedir um vapor pra buscar na sua casa mais enquanto isso vai fazer o que eu to mandando. me deito de volta dando as costas para ele que resmunga, sinto meu corpo ser puxado e o ogro me colocar sobre seus ombros como um saco de batatas, grito que me ponha no chão e ele ignora, abre o box e aínda de roupas me põe debaixo d'água.

__ o que está fazendo?grito e ele para me olhando enquanto a água cai sobre meu corpo.

__ Tire a roupa! ele diz sério e eu rio de nervoso. seu olhar vazio se transforma em ódio, da cintura ele tira arma e aponta pra mim, meu coração estava disparado e eu mau conseguia me mexer, __ Tire a roupa, eu já falei. Começo a chorar enquanto retiro o pequeno baby doll de Seda, está grudado em minha pele devido a água, fico somente de calcinha e sutiã enquanto tento cobrir meu corpo com os braços e ele parado me observa.__ Tire tudo! diz apontando para as finas peças de renda, eu imploro e ele ri. tiro ficando nua e ele me olha por algum tempo, depois abaixa a cabeça e ao sair me apressa.__ Tome seu banho e desça para o café, sua amiga tá no quarto da frente já deve estar terminando, passe lá e chama ela. sai me deixando sozinha, naquele momento eu tive medo! achei que o tal Hell me estupraria,na vida eu tive apenas um namorado e mesmo com toda insistência para que transassemos eu não o fiz, me arrependo de não ter feito! pelo menos minha primeira vez seria com um cara que me respeitava e que me amava, não arrancada de mim por um traficante violento e cruel. saio do banho e me seco com a toalha deixada na cama Junto com as roupas que trouxe, visto a box que pra mim ficou como um shorts curto e apertado e a camiseta que o cobriu quase por inteiro, corro para o quarto da frente batendo com força na porta e Maya abre está vestida como eu só que com cores diferentes, me abraça com força.

__ Te fizeram mal? olha pra mim. digo e ela sorri.

__ Não! o Vitor foi bem legal comigo.

__ Quem é Vitor, Maya?

__ o Guerro! ela diz seria e depois sorri.

__ Não seja maluca tá! esses caras não são nossos amigos, eles são ruins pessoas ruins , Você tem que dá um jeito de fugir daqui! estou presa a esse homem pela vida do meu irmão...mais você Maya pode lutar por sua liberdade.

__ Que liberdade Arya? uma vida com um pai alcoólatra que me espanca e abusava de mim quando ainda era menina?uma madrasta que me inferniza desde que chegou na minha casa... acho que não! Você é a única família que tenho, é minha melhor amiga, minha irmã. e não vou a lugar algum sem você. Diz me puxando pelas mãos enquanto descermos as escadas.

__ Enfim as dondocas acordaram! diz Guerro sentado enquanto toma café, seu sorriso dá pra vê até de costas.__ fiquem a vontade! estou indo pra boca, beija o topo da cabeça de Maya e sai, Hell já o espera parado na porta, nos olha e vai sem dizer nada.

__ Porque ele te beijou? pergunto confusa e ela sorri se sentando a mesa.

__ Já te falei que ele é legal...a gente conversou bastante desde que cheguei ontem a noite, bem a gente nem dormiu conversou a madrugada inteira.olho sem intender nada,Maya já fez amizade com o traficante ou é impressão minha.

__ Maya, eles não são confiáveis.digo e ela me olha.

__ Só confio em você Best, nele eu estou apostando algumas fichas, pessoas sempre me decepcionaram se ele for mais uma dessas pessoas eu não vou ligar... estou acostumada. diz tomando um gole do suco e uma tristeza profunda tomou conta de mim, Maya perdeu a mãe muito cedo, foi criada pelo pai que sempre foi louco por ela ... não com o significado bom da palavra, quando criança ele a torturava e por algumas vezes chegou a abusar dela, tudo mudou quando Sandra chegou em sua vida, ele deixou de usar a filha mais trouxe mais alguém para maltrata-la, sempre tive ódio daquele homem, tentei denuncia-lo a polícia mais de uma vez mais sempre que chegavam até Maya ela negava, sei que é difícil pra ela, em seu coração o monstro escroto ainda tinha jeito, ele iria mudar e um dia ia ser o pai que ela sonhou, é fácil jugar quando não está na pele, minha amiga é a melhor pessoa que já conheci na vida, delicada e sensível... que esse tal Guerro não esteja se aproveitando disso para fazer mal a Maya, ele realmente não precisa de mais sofrimento pra vida dela.

Maya narrando

Assim que a porta se abre sou guiada até a cama por um rapaz coberto por tatuagens, choro quietinha encolhida a cabeceira e ele se aproxima se sentando ao meu lado, leva a mão ao meu rosto e eu me afasto, ele a para no ar como se pedisse permissão depois tenta de novo, coloca meus cabelos atrás da minha orelha e seca as lágrimas com as pontas dos dedos.

__ Quer ir pra casa? ele pergunta me olhando firme.

__ Arya pode vir comigo?

__ Sinto muito! a sua amiga vai ficar, meu irmão está obcecado por ela nesse momento, ninguém fica devendo ao Hell e se ela está aqui pra pagar a dívida do irmão ele vai tirar dela até a alma pra quitar.diz me encarando.

__ Então não irei a lugar algum. esbravejo e ele se surpreende com minha resposta.

__Maluquinha você! tô te dando a oportunidade de dar o fora e você quer ficar?

__ Não sabe a vida que tenho lá fora! nada que fizerem comigo nessa casa vai ser pior do que passei nas mãos do meu pai. O rapaz me olha por um tempo depois sai voltando com roupas dele e um copo de leite!

__ Toma são pra você! as roupas são novas e o leite é pra se ficar com fome...o dia já vai amanhecer.Eu sou Vítor, todos me chamam de Guerro.

__ Eu sou Maya,Vitor.Digo apertando sua mão e ele se senta na cama, me sento ao seu lado e conversamos por muito tempo, Guerro é o irmão caçula do tal Heel ,vivem juntos nessa casa desde que o pai foi preso na pacificação do morro a cinco anos atrás...vai morrer na cadeia! palavras dele. Me deito e ele se levanta me deixando sozinha!

__ Até mais tarde maluquinha! diz saindo pela porta. Dos males o menor esse não parece ruim como o irmão.

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