Camila — E então Rori, conseguiu? — Me pergunta ansiosa, assim que abro a porta.
Vou até o sofá e desabo sobre ele jogando a pilha de jornais sobre a mesinha de centro.
Aurora — Aqui o que eu consegui! — Aponto para os jornais e ela me olha confusa.
Camila — Amiga, você bebeu? Ou está passando mal? — Diz se aproximando e tocando na minha fronte pra ver se tenho febre. — Bom, pelo menos febre você não tem... Diz aliviada por um momento, e logo em seguida sua voz se eleva me fazendo uma enxurrada de perguntas .
— Quer me dizer finalmente como foi lá com o Sr. Pontes? Ele vai estender o prazo? -Amiga, já roí todas as minhas unhas, não me põe mais nervosa do que já estou. E que p***a de tantos jornais são esses?
Aurora - Esses jornais como falei anteriormente foi tudo o que consegui, infelizmente ele não pode estender o prazo e eu o compreendo, ele precisa cuidar da neta que está doente e esse dinheiro do aluguel é o que complementa os gastos. — Digo rendida
-Mas ele me deu a ideia de procurar nos classificados, quem sabe eu não encontre alguma vaga de emprego que aceite que eu leve a pequena comigo. - Levanto os olhos e a encaro, e ela me olha mordendo o lábio inferior e se afasta pondo a Alice que voltara a dormir, no bebê conforto. Senta ao meu lado no sofá e me questiona hesitante:
Camilla - Rori, você não acha que deveria ir tentar se reconciliar com seu pai? — Ela me olha nos olhos e antes que eu a responda ela continua.
— Eu sei, eu sei tudo o que aquela bruaca da Márcia fez pra afastar seu pai de você, e até imagino que ela não vai querer que ele as receba na casa deles, mas você poderia falar com ele e pedir uma ajuda de custo, ao menos pra se manter nesse primeiro momento.
...💭 Flashback 💭...
Aurora — Pai, por favor acredite em mim. — Digo com lágrimas nos olhos.
Márcia — Querido, ela nunca me aceitou. A verdade é essa. Eu sempre te disse que ela não aceitava o nosso relacionamento. Eu sempre a quis como a uma filha e é isso que recebo em troca... Além de me acusar de adultério, me jogar escada a baixo sabendo que estou carregando um filho seu. — A bruaca fala simulando choro, enquanto solta o seu veneno, e percebo que meu pai acredita nela ao ver seu olhar de decepção ao me encarar.
Roberto — Aurora, desta vez você passou de todos os limites! O que deu em você pra agir assim com a Márcia?
Aurora -Pai o senhor precisa acreditar em mim, ela NÃO está grávida! É tudo mentira dela. Eu ouvi enquanto ela falava com a amiga dela, a que ela o faz acreditar ser a obstetra que a atende...
— Elas estavam ao telefone e eu ouvi tudo! Eu juro pai, estou dizendo a verdade, ela pretendia simular um aborto e quando abri a porta para a confrontar , ela saiu correndo e se jogou da escada pra dizer que eu a havia empurrado.
Roberto — JÁ CHEGA AURORA! - Meu pai grita.
Márcia — Certamente ela não quer ninguém com quem vá ter que dividir a herança um dia amor, por isso está inventando todas essas intrigas...-Fala toda chorosa -Ai, ai, ai, está doendo muito amor. — Ela diz, colocando as mãos na barriga…
Roberto -Eu não quero ouvir mais nenhuma palavra que saía de sua boca Aurora. Levarei a Márcia para o quarto agora mesmo, enquanto a médica chega para examiná-la e ore para nada ter acontecido ao bebê, caso o contrário pode considerar-me morto pra você!
Aurora - Mas pai... — Tento argumentar, mas ele não me dá a oportunidade.
Roberto -É melhor que não esteja aqui quando eu descer .
Se vira pegando a Márcia nos braços e a leva escada a cima, e eu vejo por cima dos ombros dele o sorriso zombador daquela cobra...
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Balanço a cabeça em negativa afastando as lembranças enquanto ela fala, e depois de um curto silêncio eu a respondo.
Aurora — Nem pensar! Eu tenho o meu orgulho! Não vou me rebaixar, nem dar a ela mais motivos para ter o que falar de mim. Meu pai escolheu acreditar nela ao invés de mim... Digo com pesar
— Bom, tenho muitos classificados para olhar e separar os que possam me servir, me ajuda? -Digo mudando de assunto
Milla — Fazer o quê? — Diz, dando de ombros e meneando a cabeça . -Passa pra cá metade, e mãos à obra.
E ficamos ali separando os enunciados até que um em particular chama a minha atenção...
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Atualizado até capítulo 53
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